Capitulo 39

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" Mais uma vez! "Serafina gritava toda vez que eu errava algo ou era lançada para longe, por conta da maldita " Repulsão " que, basicamente exigia que meu corpo ficasse frio se o do indivíduo que devo curar estiver quente e visse e versa. -" Pense nisso como a lei da física, atração e repulsão." - Serafina disse.Acontece que odeio física. De qualquer forma, havia errado ao dizer que magia de cura era tão simples, pelo contrario, era mais difícil do que esperava e ter que sentir ela circular pelo meu corpo- o que em si já era uma sensação estranha- e ainda faze-la sair em forma de calor ou frio, dependendo da gravidade do ferimento, era complicado.
Descobri também que Serafina não era uma boa professora. Gritava demais, assim como exigia também. Estava quase surda e com as costas e bundas doloridas, sem contar o suor, quando consegui sentir meu sangue borbulhar por dentro e " escorrer " para a palma das minhas mãos, que estava posicionadas em cima de um passarinho com as assas machucadas. Senti minhas mãos quentes e algo emanava delas. Não era como se eu pudesse ver. Era algo invisível, que sentia fluir de dentro para fora.
Foi fantástico quando o pássaro se curou e alçou voou.
Se bem que, eu meio que era obrigada a fazer isso, já que não havia com o que treinarmos e Serafina quebrou a asa do pobre pássaro, então isso não era mais que o correto a se fazer.

__ Você ira cura-lo depois, então não vejo problema.

Foi o que ela disse como justificativa.

Agora a meta era conseguir curar algo maior, e Serafina olhava ao seu redor na floresta, em busca de algum animal ou criatura.
Ouvi ela murmurar um " " sei e fiquei esperta para o que ela ia fazer.
Serafina tirou um pentinho dourado do cabelo, e pós em cima de uma pedra, me mandando me esconder com ela logo em seguida.

__ Cade você sua miniatura de demônio...- ela resmungava enquanto ficávamos atrás de uma moita a espera não sei do que.

Um, dois barulhos de galhos e folhas secas sendo amassadas. Fiquei em alerta. A florestas também tinham coisas perigosas.
Os olhos de Serafina estavam fixos no pentinho dourado em cima da pedra, e ela aguardava como uma caçadora preste a abater a presa.

__ O que estamos fazendo mesmo? - Perguntei agachada.

__ Shiii! - Serafina pediu silencio. - Vamos curar um anãozinho ladrão que quebrou o braço. - ela me informou sussurrando.

Demorei breves minutos para lembrar de que já havia sido roubada por maldito anãozinho, mas não cheguei a vê-lo de verdade.

__ Como você sabe que ele está com o braço quebrado?

Serafina esboçou um sorriso maldoso de lado antes de falar.

__ Sei que ele vai estar.. - ela sorriu maldosa e estranha o que me assustou.

__ Serafina, isso é errado!- Disse.

__ Eu sei, eu sei. Mais é preciso!- ela sussurrou revirando os olhos.- com o que você ira treinar? Temos pouco tempo e poucas opções.

Suspirei. Ela tinha razão.

Em segundos ouvimos um barulho e em um salto uma pequena criatura saio de onde estava escondida.
Queria rir, mas Serafina me mataria caso eu fizesse isso e espantasse o pequeno anãozinho, como os que ficam Nós jardins de enfeites, só que esse era mais...rústico, por assim dizer. Parecia selvagem com os cabelos grandes e pretos e olhos arregalados, fixos no pentinho posto em cima da pedra.

__ Essas criaturas são fascinadas por prata, ouro e metais que consideram valiosos..resumindo, roubam quase tudo que brilha.- ela informou se ajeitando cuidadosamente na moita, e passando a mão direita por seu braço esquerdo, a procura de algo.

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