Capítulo 28

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Sms: Esta confirmado o show hoje? Ass: Anderson.
Sms: Sim :) estarei lá as 18:20.

Hoje é o show na praça e estou ansiosa. Pinto minhas unhas, arrumo meu cabelo e faço limpeza de pele.
Meu pai não está muito bem comigo, por que parece que não quer que eu vá, isso é chato por que eu raramente saio de casa e acho que ele prefere que fico em casa ou saia com eles. 

Quando são 17 horas já começo a me arrumar, tomo banho; visto uma saia cinza desfiada; uma camiseta de manga longa branca com uma coruja estampada na frente; meia calça preta; e coturno. Passo uma maquiagem leve e um batom vermelho matte. Estou precisando me divertir para sair dessa tensão de ''paixão'', acho que uma das coisas mais horríveis que já senti. 

Minha mãe bate na porta e me chama para irmos, pego minha bolsa, desço as escadas e entro carro. 

[...]

Meus pais me deixam em frente a praça, me despeço deles e vou procurar o pessoal. Por enquanto ainda não vejo ninguém, começo a ficar apreensiva e me misturo no meio da multidão quando alguém me puxa pelo braço me fazendo levar um baita susto!

- Oi gata, está procurando o Anderson? Um dos amigos dele diz.
- Sim, poderia me levar até ele? 
- Claro, venha. Ele diz me puxando pela mão.  
   Quando me aproximo de onde Anderson está bebendo com os amigos dele, ele vem até mim e me dá um abraço. 
- Achei que voce não viria, mas bom que está aqui. Aceita uma bebida? 
- O que estão bebendo?   
- Vodka.
- Ah obrigada, eu não bebo bebidas alcoólicas.
 Estou um pouco desconfortável no meio deles, estão estranhos, parece que estão bêbados e isso é ruim.
- Vamos para frente galera. Eles dizem e os sigo.
Ficamos perto do palco curtindo a música quando um deles me chama para ir com ele comprar refrigerante, e eu o acompanho. Quando estamos um pouco afastados do show ele me puxa pelo braço e tenta me beijar.
- Ei! Me solta!  Digo totalmente irritada com a ousadia dele.
- Qual é gatinha? você acha mesmo que eu te chamei para comprarmos refrigerante?
- Sim, eu achei. Mas vi que não era essa sua intenção, agora me da licença!
Tento me soltar dele, e ele me prende pelos braços com muita força. Quando consigo me soltar dele saio correndo rápido até onde está o restante dos meninos. Consigo chegar até o show novamente e começo a procurar o pessoal, acho apenas alguns dos meninos em que estava com Anderson mas ele não acho.
- Ei algum de vocês viram o Anderson por ai?  Digo a eles totalmente ofegante.
- Ele foi te procurar, disse que você tinha ido ficar com o Edson.
- Ah que droga.
Percebo que estou muito nervosa e já nem quero ficar por aqui mais, só queria ir embora. O problema é que deixei meu celular em casa, tinha marcado de meus pais me buscarem as 20:50 e agora ainda são 19:10. Começo a ficar desesperada e saio andando no meio da multidão de pessoas a procura de Anderson, pelo menos sei que ele é meu amigo e vai me ajudar. Quando finalmente o acho ele está perto de uma garota beijando - a. Aff só o que me faltava!
Já cansada me sento em um banco sem saber o que fazer, fico um tempo ali até que Anderson vem até mim.
- Oi, onde você tava? Te procurei por todo o lado.
- Eu estava com aquele amigo seu, ele me agarrou, eu não sabia que ele iria fazer isso. Fiquei muito assustada e vim correndo para cá.
- E pra que você foi até la com ele?
- Ele disse que ia comprar refrigerante e me chamou, como eu poderia imaginar que ele queria me beijar?
- Você também é muito sonsa hein! O cara está bêbado, te chamou para sair e você foi na maior inocência .
- Me desculpa, mas eu realmente não tenho maldade na cabeça, coisa que vocês tem até demais. Agora eu quero ir embora daqui!
- Ah garota se vira!  Ele diz irritado e saindo de perto de mim.
Eu estou com tanta raiva que não queria ver nenhum deles agora, mas tenho que ficar aqui esperando até a hora de ir embora. Estou com frio, fome e nervosa, tenho medo de sair para tentar achar algum telefone público e aquele cara me achar de novo. Mas é a unica coisa que posso fazer agora. Saio andando apressadamente saindo de perto da praça, estou andando tão rápido que minhas pernas doem; quando vou atravessar a rua um carro quase me atropela e começa a buzinar para mim, agora é que estou com medo mesmo. Quando olho vejo alguém saindo do carro e vindo até mim, minhas pernas estremecem e não consigo nem sair do lugar. Olho com atenção tentando enxergar e Pedro esta vindo até mim, eu sinto um alivio imenso e vou correndo até ele o abraçando.
- Nossa que bom que te encontrei, eu estava desesperada para ir embora daqui!
- Meu Deus você está tremendo! Ele diz tirando seu casaco e colocando em mim.
- Venha, entre no carro. 

Eu MesmaWhere stories live. Discover now