Capítulo 42

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Algumas coisas começam a se complicar em nossa vida e pensamos que nada irá voltar a ser como era antes... Mas isso não é verdade, em alguns casos a situação volta ou normal ou até melhor! E eu estou me sentindo bem mais leve depois que sai do hospital, um bem estar enorme que não consigo explicar, mas as pessoas que estão a minha volta podem ver o quão estou feliz por ter voltado para casa e tudo estar indo melhorando.
Eu sempre fui uma pessoa muito pessimista e sempre pensei que nada na minha vida daria certo, eu buscava o pior lado das coisas, o que deixa tudo mais complicado. Mas sabe eu acho que me dou demais para as pessoas e espero muito de quem não pode me dar nem sequer carinho, e por isso eu sempre me decepcionei facilmente e agora me dá um certo medo de que as pessoas se aproximem de mim.
Nessa situação eu só quero que tudo termine bem e sinto que com esse pensamento já estou melhorando por que há algum tempo atrás eu pensava que nada fosse melhorar para mim e que tudo sempre fosse ficar na pior. Eu fico feliz por isso, estar acontecendo mudanças em minha mente que me fazem enxergar o mundo e as pessoas de maneira diferente, foi o que eu sempre quis para minha vida; ter um pouco mais de alegria dentro de mim e poder se orgulhar de mim mesma.
***
Estou na sorveteira com a Ana e estamos tomando um sorvete de frutas vermelhas que por sinal está muito bom. Conversando sobre vários assuntos, conto a ela como foi minha experiência no hospital e tudo o que passei por lá.
- É realmente muito complicado, mas acho que agora já falei muito sobre mim, me conte algo mais sobre você.

Digo entusisasmada.

- Bem, relativamente isso não é algo "interessante" sobre mim mas tem algo que me deixa triste hoje.
- E o que seria isso?
- Sabe eu fico chateada com a maneira em que a sua amiga Sofia me trata. Acho que ela não gosta muito de mim, por que ela não quis vir com a gente hoje?

Ana diz desanimada

- Ahh... É ela não pode vir por que tem que estudar para um trabalho de escola. Mas tira isso da sua cabeça, Sofia não tem nada contra você, é somente o jeito dela.

Digo meio que sem jeito.

- Eu me sinto muito sozinha as vezes e queria tanto poder ser amiga de vocês duas, acho a amizade de vocês muito bonita.
- Obrigada.

Confesso que fico constrangida pela que Ana disse; Sofia realmente não gosta dela mas eu jamais teria coragem de dizer isso a ela e magoar a garota. As vezes acho a Sofia uma pessoa muito fria, ela parece que não consegue gostar das pessoas tão facilmente, anda sempre desconfiada demais... O que é ruim por que ela não dá espaço para que as pessoas entrem na vida dela.
Já eu sou ao contrário, sempre sou muito amigável e simpática; deixo com que as pessoas entrem em minha vida e me mostrem ser uma boa pessoa ou não.
[...]
Eu até estou gostando bastante do meu namorado Pedro, ele se mostra ser um doce comigo, sempre tão carinhoso e dedicado comigo nesse momento em que estou passando.
- Como você se sente?
Pedro me pergunta com interesse

- Eu sinto que estou melhorando.
- Isso é bom. Já vai começar a ir na aula essa semana?
- Eu creio que sim, estou querendo ir logo, quero que as pessoas que ficaram falando de mim veja que eu estou muito bem.
- É isso ai! Você é demais minha linda.
- Obrigada.
- Agora me diz, o que você fez ontem?
- Ah eu saí para tomar um sorvete com a Ana. Sabe quem é?
- Huum acho que sim, isso não é bom.
Ele diz com uma expressão preocupada.

- O que não é bom?
- Eu não gosto muito da ideia de você estar assim próxima da Ana...
- Mas qual é o problema de vocês hein? Você e a Sofia fizeram um complô contra a Ana? Eu não vejo razão de tanta implicância.

Expresso minha irritação.

- Meu bem me desculpe mas é que já ouvi dizer que ela não é uma pessoa de tanta confiança assim. Eu não estou fazendo complô contra ninguém, apenas me preocupo com o que pode acontecer com você. Não quero que se decepcione.
- Obrigada pela preocupação mas pode deixar que eu sei o que estou fazendo ok?

Digo tirando meus braços dele.

Sim! Eu fiquei irritada por que parece que eles querem cuidar demais da minha vida, e querem ficar escolhendo com quem eu devo ou não conversar; isso é uma droga! Até por que eu já sou responsável pelas minhas atitudes e não sou um bebê que precisa de monitoramento.

Depois do jantar eu assisto um filme com o Pedro e depois ele vai para sua casa, e eu arrumo minhas coisas e já adormeço.

Meu segundo dia em casa depois que sai do hospital foi tranquilo mas não foi bem como eu esperava. Mas eu já estou ansiosa para voltar a escola e tudo será como era antes.

Eu MesmaWhere stories live. Discover now