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Vamos a uma pequena maratona okay?

Espero que gostem! 

ENJOY! 

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O feriado de Ação de Graças estava quase acabando, Camila e Karla convenceram a morena de ir para a casa da mãe dela, pois se a mudança que ela estava desejando para a vida dela estimulasse o afastamento de sua família, não seria saudável. Então elas duas ficaram no Hospital se divertindo e comemorando como podiam esperando Karla receber alta. Lauren teve um pouco de dificuldade para encontrar um vôo para ir até Seattle, na casa de sua mãe, pois havia esquecido que a passagem era Karla quem iria reservar no dia em que ela sofreu o acidente, mas ainda assim ela conseguiu chegar lá fazendo sua mãe sorrir de orelha a orelha ao ver a filha depois de quase um ano.

- x -

- Minha querida, escute com atenção o que eu vou lhe dizer agora. (Clara, a mãe de Lauren, estava sentada ao lado da filha olhando para o horizonte distante.) - Eu conheço você desde que você nasceu. (Lauren solta uma risada baixa.) - E sei que você gosta de sempre saber de tudo e controlar tudo ao seu redor para que nada saia errado. Mas, minha filha, nem sempre as coisas são como a gente quer que seja.

- Eu sei mãe. (Laurem apressou-se em dizer.) - Mas eu não sei o que realmente eu devo mudar. Entende? (A mãe dela balança a cabeça positivamente.) - Minha cabeça está tão confusa. (Passa as mãos nos cabelos.)

- Quer uma dica por onde deve começar? (A morena olha para ela esperando.) - Comece tentando se desprender de algumas preocupações desnecessárias. Pois só assim você terá como pensar em si mesma. (A morena mais nova abriu a boca para falar, mas foi impedida pelo dedo indicador de sua mãe levantado.) - Não venha me dizer que eu estou exagerando e blá,blá... Não! (Apontou para a filha.) - Para tomarmos decisões importantes temos de ter tempo para refletir. Mas se você está esperando uma resposta objetiva chegar até você, então você vai ficar esperando para sempre. (Lauren volta a olhar para o horizonte.) - Corra atrás da resposta, tente, arrisque fazer ou dizer. Seja lá o que for, minha filha. Eu estarei com você. (Lauren fecha os olhos e suspira.) - Está confuso entender o que é, mas se você não quer dizer do que se trata, respeitarei. Você é jovem, mas é adulta há um bom tempo. E sabe muito bem o que faz. (Passou a mão no braço da filha e lhe beijou topo da cabeça ao levantar-se para recolher os pratos e copos do lanche que elas estavam fazendo anteriormente.)

Lauren sabia que essa mudança era algo que teria de mexer com seus sentimentos, aqueles sentimentos que ela guardou a sete chaves por muito tempo. Viver sozinha, literalmente sozinha, estava lhe fazendo mal e ela sabia disso, mas como mudar isso assim tão de repente?

Mas esse não era o grande problema. Não era mesmo. Ela ainda teria que lhe dar com o fato de sua duvidosa sexualidade estar martelando o tempo inteiro em sua cabeça. Ela sabia que se suas leves (ou não tão leves) suspeitas de que era realmente atraída por mulheres, iriam vir à tona a qualquer hora. E quando isso acontecesse? O que ela faria? E sua mãe? Como reagiria? O resto de sua família? Principalmente aquela que é bem religiosa? Iriam julgá-la de algum modo.

E isso lhe causava arrepios na espinha.

- Mãe? (Chamou. Sua mãe estava a alguns metros de distância.)

- Sim? (Respondeu no mesmo tom.)

- E se eu decepcionar de algum modo com essas minhas escolhas? (Perguntou receosamente.)

- Decepcionar a quem? (Clara estava atrás da cadeira da filha enquanto observava ela olhar o nada. Na verdade, elas não precisavam se olhar para se entenderem.)

The Twin SisterWhere stories live. Discover now