O Ultimato

6.2K 330 137
                                    

Boa noite amores... 

Faltam 2 dias pra eu ver os amores da minha vida *-*

Espero que gostem do PENÚLTIMO capítulo. Eu passei o dia inteiro no hospital, cheguei em casa quase 18hr e comecei a ditar, parei pra assistir o show e depois voltei a editar. Então me perdoem os erros ;) 

ENJOY! 

***************************************************

Pouco mais de uma semana passou depois da derradeira conversa com Camila em seu escritório e, durante esse período de tempo, nenhum contato foi mantido. Óbvio. Camila, na última vez que foi vista pela morena, passou a imagem de estar magoada e Lauren estava... Pode-se dizer que um tanto quanto envergonhada. Bastante arrependida também. Mas seu orgulho não a deixara na mão e estava sempre ali para lhe impedir de fazer algo que o ferisse. A moeda havia sido lançada para cima no momento que o arrependimento estapeou o rosto alvo e alongado daquela mulher. O objeto arredondado ainda gira no ar esperando a decisão da dona de sua gravidade decidir seu destino de cair com a cara ou a coroa exposta.

Cara: Ela enfrenta o que há de contraproducente dentro de si, pede perdão e corre o risco de se machucar recebendo a mesma resposta que deu dias atrás.

Coroa: Continua sem mover um músculo para reverter essa situação e seu orgulho continua intacto.

Iria esperar a moeda cair por si só? Mas... Quanto tempo levaria? Seu destino seria resolvido na sorte? A sorte realmente existe?

Muitas perguntas. Nenhuma resposta.

Negar-se a um relacionamento com outra pessoa seria um tipo de regressão às suas conquistas pessoais? Claro que não! Porém privar-se de viver por medo do imprevisível, sim!

Finalmente alguma resposta.

- X -

Em seu apartamento, sentada no chão da sala, abajur ao lado direito em cima da mesa de centro, caderno, caneta, rabiscos nas bordas das folhas, palavras, frases, textos, pensamentos... As ideias de Lauren iam alinhando-se aos poucos. Ao que parece o conselho de Allan a fez muito bem. Sua mente estava se expandindo cada vez mais no quesito "Camila" e uma grande questão foi posta em evidência: Ela nunca havia se colocado no lugar da latina.

Sempre via o seu lado da história e nunca se interessava pelo lado alheio, nunca parou para perguntar ou estabelecer regras de perímetros que não poderiam ser ultrapassados. Sua mente martelava. "Por que eu nunca percebi que era sempre ela quem vinha até mim?" "Por que eu nunca percebi que, apesar de muito ocupada, sempre atravessava meia dúzia de Estados para estar em Chicago em tão curtos períodos de tempo?" "Por que eu nunca percebi que sempre que vinha até aqui só queria a mim?" "Por que eu nunca percebi que ela sempre se importou tanto com meu bem-estar psicológico?" "Por que eu nunca percebi que ela passava com facilidade de amiga para amante e amante para amiga em nossas conversas de beira de cama?" "Por que eu nunca percebi que ela quis me proteger da ameaça do Rogers?" "Por que eu nunca percebi que ela sempre confiou muito em mim mais do que eu nela?"

"PORQUE EU NUNCA PERCEBI NADA!?"

Estava escrito em caixa alta no meio da folha do caderno em que a morena escrevia naquele momento.

- Porque eu sou uma estúpida egoísta. (Deu um sorriso forçado para seu caderno como se o mesmo entendesse seu tom de escárnio. Jogou a caneta em cima da mesa de centro no meio de sua sala e levantou.) - Como você conseguiu a façanha de confiar muito em uma mulher, tê-la como amiga, mas transar com a irmã gêmea dela a qual você não confia? (Anda até a cozinha com seu copo vazio na mão. Sua outra mão está com o dedo indicador levantado questionando-se.) - Ela podia ter exposto para todo mundo o quão puta você é quando está trepando com ela. (Põe o copo no balcão da pia e congela na posição que está com as mãos em cima da placa prateada.) - Depois de tudo o que aconteceu qual o motivo de você ainda não acredita nela? (Seus olhos fitavam o vazio que havia entre o copo e ela. Seu coração quase pula do peito quando o interfone toca. Ela franze o cenho e espera a respiração voltar ao normal enquanto empurra a palma da mão entre seus seios. Dá alguns passos até o aparelho que soa desesperado.) - Sim?! (Atende um pouco confusa, não esperava ligação de ninguém. Muito menos da portaria.)

The Twin SisterWhere stories live. Discover now