Capítulo 89

649 54 7
                                    

O parto havia sido um sucesso. Maite estava bem, e Sofia melhor ainda. Elas foram fortes durante todo momento. Maite chegou a achar que não aguentaria, mas no fim, acabou conseguindo.

May dormia no quarto do hospital, quando foi acordada por sua mãe:

- Filha, desculpe te acordar...

- Hum? - perguntou sonolenta. - Aconteceu algo com a Sofia, mãe?

- Não me amor... que isso. Ela está ótima, só te acordei para avisar que doutora está vindo para cá com ela...

- Mesmo? - sorriu radiante.

- É verdade... - disse animada.

Maite não tirava o sorriso do rosto. Seria aquele o dia mais emocionante de sua vida, o dia em que ela poderia segurar pela primeira vez, a filha dela e de William. A primeira de muitas vezes.

Ao se ajeitar na cama, escutou a porta abrir. Era a doutora, vindo com um pequeno "embrulho" em suas mãos. Sua filhinha. Seus olhos brilharam, quando a doutora se aproximou e colocou sua filha em seus braços. Era uma sensação única, que ela não conseguia achar palavras para descrever. Silvana olhava para elas, emocionada, por ser avó.

- Mãe... - dizia com uma voz emocionada. - Olha, como ela é linda.

 - Olha, como ela é linda

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

- Ain, to apaixonada.

- Não quer dar de mamar? - sugeriu Silvana.

- Será que eu sei?

- Ninguém nasce sabendo, eu estou aqui para isso, e futuramente, você estará para ajudar ela.

Maite sorriu:

- Obrigada. - suspirou. - Então, é só por na boca dela?

Silvana riu, abaixou a parte de cima do vestido da filha, e tirou seu sutiã. Maite com cuidado, levou a filha até seu seio, e Sofia, encaixou a boquinha e começou a mamar.

- É uma sensação... ahm...diferente. - sorria, como uma mãe babona.

- É única, essa sensação.

Do outro lado da cidade, no presídio, William que até umas semanas atrás estava sempre tão calado, sentiu algo mágico acontecer dentro dele. Uma sensação que era difícil de explicar, mais difícil ainda, era saber o motivo dela. Estava com um sorriso bobo no rosto e olhava para o céu.

Caio notou e se aproximou, estranhando a mudança.

- Viu um passarinho azul, é?

- Que? Como assim, Caio? - perguntou, ainda sem tirar o sorriso do rosto.

- Como assim? Bom, você tá triste desde o dia que fomos presos, e agora, do nada, sabe se lá por que, tá com esse sorrisão ai...

- Tô, é? - riu, sem notar.

- Sim, está.

- Sei lá cara... - suspirou. - Me deu uma imensa vontade de sorrir, rir. Como se algo tivesse acontecendo, sabe?

- Eu hein... não é seu aniversário?

- Não não... meu aniversário é pro meio do ano.

- Vish... esse aí arranjou maconha e não me deu.

- Que mané maconha. É como se hoje fosse a data de algo muito especial.

- Dia dos loucos que ficam viajando no pátio da prisão? - Caio riu.

- Aff, Caio! Esquece!!! - deu-lhe um leve empurrão e os dois riram.

Amor Blindado Where stories live. Discover now