Capítulo 96

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"O DIA" havia finalmente chegado. Sofia estava completando seus 5 aninhos e sua festa estava sendo preparada. Seu coraçãozinho era só alegria. Além de ter ganhado uma festa linda, conheceria pela primeira vez seu papai.

Mas William achava que seria tudo diferente, que assim que saísse, ia em direção ao pavão-pavãozinho recuperar tudo o que era seu.

- Mamãe, como ele é? - perguntava animada, enquanto Maite penteava seu cabelo para ir para festa.

- Seu pai? Ahhhh - suspirou animada. - Ele é o homem mais lindo.

- Disso eu sei, eu vi a foto dele. To falando no jeito,mãe.

- Ah bom, seu pai... o jeito dele é muito extrovertido, sabe? Você vai amar, ele é muito brincalhão, muito romântico...

- Então ele é igual a você.

- É... mais ou menos... ai nem acredito que hoje, verei o homem da minha vida!

- E ae? Já terminou de me pentear? - ela perguntou.

- Sim, olhe.

- Uaaal, adorei! - disse ao se olhar no espelho

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- Uaaal, adorei! - disse ao se olhar no espelho.

- Minha garotinha. - disse emocionada ao ver o quanto Sofia tinha crescido.

- Tô bonita?

- Está linda, sem dúvidas a coisa mais linda da minha vida. Dá um abraço na mamãe? - Maite abriu os braços e Sofia correu para seu colo, formando um abraço apertado e demorado entre as duas.

William finalmente podia sentir o gosto da liberdade. Talvez a mesma que seu amigo Caio tinha sentido uns dias antes. Dando adeus aquele presídio, se surpreendeu ao entrar na sala de visitas e ver sua mãe, toda arrumada, de pé sorrindo para ele.

- Mãe! - seus olhos brilharam e ele correu para abraça-la.

- Meu filho... - disse num suspiro, aliviada,matando a saudade.

- Que saudades da senhora Mãe...

- Eu também estou sentindo muito. Cada dia longe de você foi uma tortura, mas finalmente, você está solto.

- Graças a Deus, não aguentava mais ficar aqui.

- Eu vim te buscar... - Renata dizia. - Espero que não se importe.

- Bom, na verdade eu não me importo, mãe... Mas vamos seguir caminhos diferentes. Eu vou voltar pro...

- Não, você não vai! - ordenou séria.

- Como? - disse espantado.

- Bom, pelo menos, hoje não. A decisão você toma amanhã.Você já é um adulto e sabe muito bem onde está pisando.

- Pois é... mas não entendo.

- Você entenderá. Só me faça um ultimo favor. Vista isso, iremos a um lugar. - disse dando uma bolsa com roupas dentro.

- O que ? Pra que?

- Só faça o que eu estou te pedindo, filho... me encontre no carro. Lá fora. - Renata deu um beijo no filho e saiu, o deixando sozinho.

Ele não entendeu muito bem, mas saiu dali e foi vestir a tal roupa.

Sem se auto questionar, vestiu a roupa e em seguida saiu do presídio, sorrindo, podendo finalmente sentir o cheiro da rua e das pessoas que passava

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Sem se auto questionar, vestiu a roupa e em seguida saiu do presídio, sorrindo, podendo finalmente sentir o cheiro da rua e das pessoas que passava. O cheiro da liberdade.

Entrou no carro e olhou para a mãe.

- E para onde vamos?

- Para nossa casa.

- Que?? Me fez vestir uma roupa pra ir pra casa?

Renata sorriu, porém continou calada. Não precisava e nem queria dizer nada. William veria com seus próprios olhos a grande surpresa.

No caminho para casa de Renata, passaram pela casa de Silvana, onde Maite morava. William suspirou ao lembrar dela, e de tudo o que havia acontecido. Era a hora de aceitar, seguir em frente. Deixar aquela dor no passado. Maite havia ensinado ele a amar, e ele seria eternamente grato por isso.

Ao chegarem, William estranhou. Ouviu vozes de crianças correndo e música infantil.

 Ouviu vozes de crianças correndo e música infantil

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- Que isso, mãe?

- Entre, é uma festa de criança.

Ele deu de ombros e entrou, olhou ao redor e ficou curioso com aquela situação.
Seus pais nunca haviam alugado o salão para festas nem algo do tipo, era realmente muito estranho. Notou que era uma festa de criança, de menina...

 Notou que era uma festa de criança, de menina

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- Hummm, festa bonita, admito. Posso entrar, descansar?

- Não! Fique, essa festa também é um pouco sua.

- Como assim mãe? - se virou, cansado e irritado com todo aquele suspense.

Na porta dos fundos, um pouco longe de onde estava, viu uma mulher que lhe intrigou. Ela estava de costas, conversando com algumas crianças,mas ele já havia visto ela. Aquele corpo, aquela altura, aqueles cabelos. Não, não podia ser. Mas era.

Era Maite!

Amor Blindado Where stories live. Discover now