Capítulo 16

1.7K 147 100
                                    

[ Park Roseanne ]

+ 21:48 da noite

Após o pequeno reencontro com Alex e a breve conversa com JungKook sobre ciúmes, continuamos o passeio no parque. Aquele fim de tarde estava perfeito para tomar um sorvete, então foi isso que fomos comprar, resolvemos nos sentar num banco e ficamos por lá conversando. Quando nos demos conta, a noite já havia caído. Como não tínhamos planos, resolvermos ir jantar em algum lugar. Escolhemos um restaurante no qual nenhum dos dois havia ido antes. 

Tudo ocorreu bem tranquilo, conversamos mais ainda e escolhemos ótimos pratos para comer. Após pagarmos, saímos de lá e fomos rumo à minha casa, JungKook insistiu em me acompanhar. A noite estava linda, cheia de estrelas brilhantes no céu e fazia apenas um pouco de frio.

Ao chegarmos em frente à minha casa, nos despedimos e aconselhei ao JungKook à pegar um táxi, o mesmo disse que iria fazer isso e que esperaria pelo carro no banco que avistou logo antes de chegar em minha casa. Fico apenas o observando até que sumisse de minha vista, assim que isso aconteceu, peguei minhas chaves e abri a porta à minha frente. 

— Mas o que...? — murmurei ao dar uma olhada ao redor da sala, estava uma tremendo bagunça. 

Deixo minha bolsa no pequeno aparador que havia ao lado da porta e começo a dar uma melhor analisada naquela bagunça toda. Almofadas estavam jogadas pelo chão, pedaços de vidro perto da cozinha, alguns quadros que continham fotografias estavam no sofá, havia apenas uma a qual estava rasgada ao meio no chão. O que foi que aconteceu por aqui? 

Perto da escada haviam duas garrafas de soju jogadas. Aish, não acredito. Vou rapidamente até o andar de cima e sem hesitar vou ao quarto de meu pai, avistei o mesmo em um canto do cômodo com uma daquelas garrafas em mãos, ele parecia que estava chorando...? Não dava para saber ao certo por canta da falta de luz no local. 

— Pai? 

— Chegou tarde, Rosé. — se levantou e direcionou seu olhar para mim. 

— Desculpa, não era meu plano chegar tarde. — dou um pequeno passo para atrás assim que meu pai estava em minha frente, imediatamente foi sentido por mim o cheiro forte de álcool — Quanto você bebeu? — pergunto. 

— Isso não importa. — direcionou o olhar para baixo e riu sem humor — Nada disso importa... — murmurou. 

— O que foi que aconteceu, pai? Você está bem? — toco levemente em seu braço, mas o mesmo jogou minha mão para longe com brutalidade. 

— Está bem evidente que não. — fitou-me, graças à luz do corredor, finalmente pude enxergar com clareza o rosto de meu pai, seus olhos estavam vermelhos e levemente inchados.

— Vá tomar um banho, pai, esfrie a cabeça, vou fazer algo para você comer. — tento me aproximar, mas isso só fez com que ele se afastasse enquanto negava com a cabeça. 

— Não, não... — murmurou novamente, fez um não com o dedo indicador enquanto se afastava um pouco mais — Não quero nada mais vindo de você. 

— Como? — estreito minhas sobrancelhas — O que está dizendo, pai? — pergunto, ele apenas começou a rir. 

— Você foi um erro, Park Roseanne! — exclamou assim que cessou às risadas — Por que não deixei sua mãe concertar isso? Por que tinha que ter sido coração mole naquela maldita hora??! 

— Pai... 

— Deveria ter deixado a sua mãe fazer o aborto! — veio até mim em passos lentos. Por que ele está falando isso? É mentira, não é? Ele não sabe o que está falando, está bêbado — Nunca te contamos a história, né? 

𝑾𝒉𝒚 𝒀𝒐𝒖? / 𝒓𝒐𝒔𝒆𝒌𝒐𝒐𝒌Where stories live. Discover now