Capítulo 7

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(Ítalo)

Ando em direção à casa com pisadas duras, sem prestar muita atenção nas coisas ou pessoas ao meu redor. Passo pela porta do quarto e vou direto em direção à minha bolsa, pegando uma camisa qualquer e também uma toalha.

— EI ÍTALO! — Franzo minhas sobrancelhas e me afasto ao ouvir Jota gritando. — O que foi com você?! — Ele também está com as sobrancelhas franzidas.

— Vou banhar. — Falo e continuo caminhando em direção ao banheiro.

— Ei?! — Ele para ao puxar meu ombro. — É sério, o que aconteceu? Por que você está desse jeito?

— Desse jeito como?

— Comecei a conversar com você no quarto e pareceu que você não estava nem me ouvindo.

— Você falou comigo? — Pergunto.

Ele arregala os olhos e levanta uma sobrancelha. — Viu?! O que você tem? Até umas horas atrás estava normal e agora... Cara, parece que você nem está aqui!

— Depois a gente conversa. — Falo e dou as costas para ele, agradecendo mentalmente o fato de que não veio atrás de mim fazendo mais umas quatrocentas perguntas.

Tomo banho e me arrumo com minha mente vagando por algum lugar, pensando automaticamente em qualquer coisa só para me fazer existir. Devo estar no modo aleatório. Eu simplesmente não acredito que todo o meu plano de pedir a garota que eu mais gosto nesse mundo em namoro foi por água abaixo por causa do meu próprio irmão!

Respiro fundo e me recomponho. Eu. Não. Vou. Desistir.

Me visto sem falar com ninguém e ando em direção à cantina para pegar meu jantar. Estou tão desatento que é como se o mundo ao meu redor estivesse pausado, ou melhor, como se eu estivesse pausado, desligado dos fatos reais.

Se eu realmente não gostasse da Safira iria simplesmente esquecer essa história e me afastar dos dois, mas eu não vou deixar que o Leo roube de mim a minha melhor amiga! E sei exatamente o que fazer para isso.

Assim que pego meu prato com o jantar ando em direção ao salão e encosto-me em uma das colunas, esperando que logo veja Safira, mas ela acaba demorando mais do que imaginei.

— Aí Ítalo, está esperando o quê? — Viro-me e olho para o Jota novamente. Ele é um grande amigo, mas às vezes exagera em suas preocupações. — Falei que você estava estranho! Ou melhor, ainda está!

— Só estou um pouco estressado, mas vai passar.

— Não quer conversar?

— Não precisa. Valeu!

— Tem certeza? Qualquer coisa estou aqui, parceiro.

— Relaxa, está tudo bem. — Falo dando umas batidas em seu ombro e logo ele sai.

De volta ao AcampamentoDär berättelser lever. Upptäck nu