Capítulo 17

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(Ítalo)

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(Ítalo)

Abro os olhos devagar e solto um gemido preguiçoso enquanto espero minha vista normalizar. Assim que chegamos do hospital ontem — e que respondemos todas as perguntas dos interessados em saber como a Safira estava — eu fui direto para a casa dos meninos tomar um banho e dormir. Agradeci a Deus por ninguém ter ficado puxando conversa comigo quando cheguei ao dormitório. Nem mesmo o Jota, que é o meu melhor amigo. Mas acho que perceberam que eu estava totalmente cansado.

Na verdade, eu não sei bem se cansaço é a palavra ideal. Eu estou em um estado deplorável: tentando ser otimista, mas ao mesmo tempo pensando no pior. Não imagino como, em uma hora, a Safira estava em seu perfeito estado e em outra já estava naquela cama de hospital beirando um coma.

Quando me chamou ontem, seus olhos estavam vermelhos e ela estava nitidamente desesperada. Tentei fazer algo, mas em meio àquela multidão de pessoas, a única coisa que pude oferecer foi um abraço. Talvez se assim que ela tivesse se aproximado eu a tivesse levado logo para um lugar mais reservado ela nem mesmo levaria aquela maldita bolada!

Não me zanguei com o Felipe, como alguns podem estar pensando, pois sei que não foi proposital, mas no fundo estou culpando é a mim, por não ter saído logo dali com ela ou por não ter visto a bola se aproximando e tê-la tirado do caminho. Eu não sei se ela sentiu alguma dor, mas espero profundamente que não; o desmaio instantâneo já me preocupou o suficiente!

Pego meu celular para verificar as horas. 22:18. Olho para o teto e faço as contas mentalmente. 31 horas. Para ser mais específico: 1 dia e 7 horas.

Pergunto a mim mesmo se não é tempo demais, se ela não já deveria ter acordado e se essa demora pode significar algo muito ruim. Talvez o meu cansaço maior não seja por ter passado toda a madrugada anterior acordado, ou por ter chorado tanto com a Samantha, mas por me preocupar com minha amiga a cada minuto. Eu já tentei esvaziar meus pensamentos e me concentrar em outra coisa, mas sempre acabo voltando para ela, de uma forma ou outra.

Também fiquei raciocinando sobre o que a teria feito chorar a ponto de ficar com os olhos inchados, ou estar tão desesperada a ponto de aparecer na frente de todos com o rosto vermelho, e por chorar na frente deles naquela hora. Não que os outros estivessem prestando atenção em nós dois — estavam entretidos demais no jogo —, mas chorar daquele jeito em público não é algo que a Safira faria. Algo muito ruim aconteceu. E eu não faço noção do que seja.

Talvez meus instintos protetores pensem de primeira no Leonardo, mas acho que ultimamente não tenho sido tão justo conosco. Eu já sabia que ele gostava da Safira, e mesmo assim nunca procurei agir antes. Isso foi um erro, e meu irmão foi apenas o mais esperto. Talvez ele tenha a mesma chance que eu, então não posso simplesmente ignorar quem eles são agora.

Eu quero construir todo um futuro com a Safira, e talvez por amá-la tanto e querer vê-la sempre feliz, eu tenha medo que o Leo a machuque ou a faça sofrer de alguma forma. Eu digo a mim mesmo que ele já machucou outras garotas que gostaram dele, mas talvez eu saiba mais do que ninguém que o que ele sente pela Safira é nitidamente diferente do que sentia pelas anteriores.

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