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Passávamos as horas lendo poesias, conversando, rindo uma da outra com nossas ideias de moças tolas. A vida tinha outro sabor ao lado de Anne e aos poucos, eu comecei a compreender que não poderíamos viver uma sem a outra. Entretanto, nossos futuros já estavam traçados, nos levariam a dor da separação, mas não falávamos nisso. Como um escudo contra a verdade que não queríamos enxergar.

Numa tarde, estranhamente quente, eu e Anne estávamos no salão fazendo a cesta. Eu a encarei com um amor profundo e ela sorriu:

- O que foi? – ela perguntou jogando-se no sofá e deitando-se.

- Você é tão linda, Anne. Tão perfeita...

- São seus olhos apaixonados que me enxergam assim – ela sorriu também.

Eu me aproximei dela. Hipnotizada por sua beleza e soltei seus cabelosi:

- Eu a enxergo tal como é – confessei.

Ela tocou meu rosto com a ponta de seus dedos finos e me virei para beijá-los. Nem sempre tínhamos intimidades, ou nos tocávamos, havia sempre empregados pela casa, mas naquela tarde não parecíamos nos importar com o risco. Além disso, Anne não estava pré-disposta a avançar mais em caricias, ela se esquivava sempre, sem dizer uma palavra e me deixando cada vez mais frustrada. Entretanto, eu jamais a forçaria a nada.

Eu me abaixei para beijá-la, seus lábios convidativos, que me excitavam apenas por respirar. Sentei-me na ponta do sofá e aprofundei o beijo, enfiando minha língua em sua boca, arrancando gemidos de prazer. Abri os primeiros botões de seu vestido e toquei o seio com a ponta dos dedos. Então, ela sentou-se depressa:

- Não podemos, Elise...

Eu sabia que não, mas eu não suportava mais. Meu corpo se acendia de paixão, eu estava arrebatada, precisava dar-lhe prazer e sentir o seu.

- Eu sei – eu sussurrei e voltei a beijá-la. Agora com mais paixão.

Eu não podia pensar ou desistiria, ou ela se afastaria. Beijei a curva de seu pescoço e enfiei a mão novamente em seu vestido, acariciando com o polegar o bico de seu seio. Ela se agarrou a mim e eu substituí os dedos com meus lábios, e os mordisquei, e os chupei. Ela segurou meus cabelos, enfiando os dedos em meus cachos castanhos até que eles se soltassem.

- Não é certo! – ela insistiu com os olhos nublados de desejo.

Ela queria tanto quanto eu, e estava apenas tentando acalmar sua consciência. Voltei a tomar a pele delicada de seu pescoço e fui deixando um rastro de luxuria em cada ponto de sua pele. Abria cada botão do vestido e acariciava, fazendo-a se entregar para mim.

- Elise – ela me encarou insegura – Eu não sei o que fazer.

Eu também não sabia ao certo, mas meu instinto me guiava: eu era livre para experimentar o corpo de Anne. Desci meus lábios por sua barriga, por seus pelos e lambi sua virilha. Ela gemeu, estava febril, louca por mais. Ajoelhei-me no meio de suas pernas, beijei suas coxas bem devagar, saboreando o banquete que me era oferecido. Eu lambi seus grandes lábios, ela estava encharcada e seu sabor me fez ficar cega de desejo. Eu seria a primeira a tocá-la a dar-lhe prazer e isso não tinha preço. Então me concentrei em seu botão, no clitóris que implorava para ser tocado. O lambi e ela ofegou.

Comecei a traçar um rastro com minha língua, para cima e para baixo.

Para cima e para baixo.

A principio fui delicada, mas quando ela puxou meus cabelos, foi o sinal que eu precisava para dar-lhe mais. Eu a chupei com força, movimentando cada vez mais rápido, enquanto ela arquejava seus quadris contra mim, tentando me sufocar. Então ela gozou, eu estava louca de desejo, quando a ouvi choramingar, submetendo ao prazer que eu lhe dei. Ela soltou meus cabelos e me encarou confusa:

- Elise...

Eu a beijei nos lábios e peguei seus dedos para guiá-la até mim, para baixo de meu vestido. Ela olhou-me surpresa, tentou tirar sua mão, mas a segurei com firmeza e a fiz me acariciar. Sentei-me em seu colo e comecei a mover meus quadris sobre seus dedos. Abri o decote de meu vestido e a obriguei a chupar meus seios.

Elise perdeu-se em mim. De própria vontade, ela começou a movimentar os dedos, imitando minhas ações e chupava-me deixando meus seios duros. Não demorou muito para que eu gozasse e murmurasse seu nome ao terminar.

Beijamos e ela riu. Então eu disse:

- Quero mais de você, Anne. Sinto que nunca estarei satisfeita...

-Sou sua, Elise... Para sempre...


Sublime - Conto Erótico e LésbicoWhere stories live. Discover now