O Professor (Livro 1)

38°

Abri os olhos devagar vi que não estava em meu quarto. Ok. Olhei para debaixo dos lençóis e estava nua. Merda.

Respirei fundo.

Isso realmente aconteceu?

Corri até o banheiro tentando dar um jeito em meu rosto.

Vesti o vestido e a calcinha fiz um coque no cabelo e fui saindo, já numa tentativa falha de me preparar para o que viria em seguida.

--Indo?-Ele apareceu de repente, com o susto derrubei meus sapatos e a bolsa.

--Bom...é que eu só...-Ele sorriu se aproximando.

--Você?-Suspirei. Ele andou mais alguns centímetros.

Céus ele é sexy até falando!

--O que estamos fazendo?- Sussurrei, ele estava me confundindo apesar de eu já saber de tudo.

--Você eu não sei, mais eu vou te beijar agora...

Fechei meus olhos apenas sentindo todo sentimento, que exalava de nós.

--Eu amo você...- Seu sussurro me fez tremer inteira.

--Vou acabar enlouquecendo!-Exclamei recebendo vários beijinhos.

--Contanto que seja louca por mim, não me importo!

[...]

--Você lembra onde deixei?-Perguntei sai da da cozinha, indo atrás do meu celular.

--Deve está no quarto?

Fui no quarto, ele tocou novamente e percebi que ele estava embaixo,-ou quase embaixo-, da cama.

Abaixei para pegá-lo paralisando assim que vi;

Era a calcinha mais extravagante que já vi!

Ele não fez isso!

Tive a sensação de ter recebido um tapa daqueles bem dados no rosto, e só então permiti que as lágrimas caíssem.

Deixei a calcinha em cima da cama, peguei meu celular e corri para a saída. Porém, não antes de tropeçar em meus próprios sapatos e cair com tudo no chão.

Aí meu pé!

Observei estática ele vir correndo em minha direção preocupado, mas assim que lhe olhei senti nojo e raiva.

--Você tá bem?-Ao sentir seu toque, me esquivei.

--Só preciso ir embora...-Limpei as lágrimas em meu rosto fazendo força para levantar, porém meu pé começou a doer e coloquei as mãos no rosto desesperada.

Que droga!

--Machucou?-Tocou meu pé e gemi de dor.

Balancei a cabeça confirmando, me pegou no colo em seguida me colocando no sofá.

--Vou enfaixar pra você.-Falou e foi para o quarto.

Me abracei chorando ainda mais, ele veria. Olhei para o pé que estava vermelho e chorei ainda mais.

Essas coisas só acontecem comigo, Jesus!

Ele voltou para a sala com o necessário para enfaixar meu pé, sentando no chão fez o necessário sem em momento algum me olhar.

Eu já me sentia destruída novamente, chorando como uma criancinha.

--Nós tínhamos terminado...- Céus.-Sou homem tenho desejos.-Suspirou e continuou.-Lembra aquele dia no cafeteria?-Fiz que sim com a cabeça.-Convidei ela para vi aqui, não foi algo planejado...falei para ela que tinha terminado um relacionamento e que estava recente.-Fechei os olhos com força. Eu não queria ouvir aquilo.-Ela se ofereceu para me ajudar a superar...-Dessa vez meu choro foi mais audível. Ele tentou me tocar novamente mas lhe empurrei.-Não era para você ter visto aquilo...nem eu sabia que isso estava lá!

Olhou rapidamente em meus olhos, baixando a cabeça em arrependimento.

Eu não sabia o que falar nem o que fazer em relação a isso.

Eu não fazia ideia de nada.

Fiz um esforço pegando o celular no chão, evitei ao máximo olhar para ele.

Liguei para o serviço de carros.

- Chego em dez minutos...

- Não demora...por favor!

- Não se preocupe moça, estou a caminho!

Limpei as lágrimas que ainda caíam e tentei levantar, ele me segurou.

--Liz...-Soou mais como uma súplica.-Vo...você tava namorando com aquele idiota, vocês transaram eu sei, ouvi os meninos falarem.-Lhe empurrei.

--Vêmos que não é só ele, idiota não é mesmo?-Consegui me levantar, ele fez o mesmo e lhe empurrei mais uma vez.-Sim eu tentei, Nic...sendo que cada vez que ele me tocava eu só... eu só pensava em você.-Peguei meu tênis e fui indo para a porta com dificuldade.

--Linda desculpe-me...-Lhe ignorei.

Abrir a porta prestes a sair;

--Estávamos separados...-Falou alto.

--E vamos continuar assim, se depender de mim!

--Espera por favor...

--Vá pro inferno!

[...]

RETA FINAL