Dez

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Lilian Muniz

Caminho como uma mula manca para o trabalho, sai bem mais cedo de casa então aproveito para ir sem pressa alguma, e não correndo feito louca como todos os dias, um carro longo e preto para ao meu lado e sinto minhas mãos ficarem geladas. Estou decidindo se é melhor correr ou ficar e morrer quando o vidro do passageiro se abaixa, e me deparo com Caio dentro do mesmo, no volante. De novo não, apresso meus passos, mas não adianta e o carro para novamente ao meu lado e me viro bruscamente.

- O que você quer? – Esbravejo.

- Lili, precisamos conversar, por favor. – Se inclina e abre a porta do passageiro ainda dentro do carro.

- Quem disse que quero conversar com você? – Pergunto colocando as mãos na cintura e ele ergue as sobrancelhas.

- Colabore comigo, entra. – Sua paciência começa a sumir.

- Não. – Jogo um beijinho e continuo andando quando sou puxada com força para trás. Em que momento ele desceu tão rápido do carro?

- Não testa a merda da minha paciência, Lilian. – Agarra minha mão e caminha em direção do carro.

- Eu tenho que trabalhar. – Resmungo quando sento no banco passageiro. Ele entra e começa a dirigir em silêncio, depois de um tempo para em frente a lanchonete.

-Ótimo, obrigada pela carona não aceita. Tchau. – Saio mas ele vem logo atrás. Quando entro Carlito nos olha e caminha até nós, colocando seu avental.

- Que prazer te receber aqui novamente, senhor Mkaby. – Sauda e abre um sorriso. Falso

- Bom dia! Então, vim aqui te fazer um pedido e espero que colabore. – Caio diz, me fazendo ficar curiosa.

- Claro, em que posso ajudar? – Pergunta.

- Autorize a senhorita Muniz pegar folga hoje, precisamos resolver algo importante. – Pede sorrindo me deixando ainda mais estressada.

- Não, eu...- E sou interrompida pelo meu chefe.

- Claro, pode ir, Lili. – Caio agradece e pega em minha mão novamente.

- Se eu for demitida eu juro que te mato. – Digo e ele me olha rapidamente.

- Aí poderá ir trabalhar em meu escritório. - Sorri e eu fecho a cara.

Em cerca de vinte minutos chegamos em um condomínio, Caio adentra e para em frente de um lugar com muros imensos e lotado de seguranças. Ele para o carro no que provavelmente é a entrada e me chama.

- É minha casa, Lili. – Fala como se respondesse meus pensamentos.

- Uhum. – O sigo, passamos em frente a um segurança que sorri para mim, o que faz Caio revirar os olhos.

Após adentrar mais um portão avisto uma enorme e luxuosa casa, caramba, isso dá uns quinze apartamentos meu.

Entramos e tudo é ainda mais perfeito por dentro. Nos sentamos e ele pergunta se quero algo mas recuso, ainda admirando o lugar.

- Lilian, temos que conversar. - O encaro.

- Não tenho nada para conversar com você. – Dou de ombros e olho para minhas unhas.

- Mas eu sim. – Se levanta, sentando do meu lado.

- Sou todo ouvidos. - O observo, que aparenta estar nervoso. -Aliás, seu amor sabe que está aqui comigo? – Pergunto sorrindo sem vontade.

- Está com ciúmes? – Pergunta com a expressão divertida.

- Claro que não , você mentiu pra mim. – Relembro

- Menti sobre oque? – Pergunta. canalha

- Você namorava e ainda teve a cara de pau de ter propor aquilo de amizade. Eu nunca me envolvi com uma pessoa comprometida, isso é horrível, me sinto uma...

- Eu não namorava. – Fica em pé, passando as mãos pelo cabelo.

- Então quem era aquela mulher? – Também me levanto irritada por tanta mentira. – Minha vovózinha que não era. – Termino e ele gargalha.

- Ela é uma prima. – Diz me deixando ainda mais enfurecida por continuar tentando me enganar.

- Que te chama de amor? Ah, invente isso para outra. – E vou rumo a saída mas sou impedida por seus braços.

- Me solta, me deixa ir, por favor. – Digo já em lágrimas tentando afastar suas mãos de mim.

- Ela é minha prima, pelo amor de Deus. Não sou um canalha de trair alguém. – Afirma parecendo meio angustiado.

- É uma pena toda essa confusão. Estou namorando. – Sorrio e ele me solta rápido.

- O que? Com quem? - Penso rápido e a primeira pessoa que vem em minha cabeça é Math.

- Math. – Respondo séria e ele começa a rir. – Por que está rindo, seu idiota? – Pergunto brava.

- Estranho o relacionamento de vocês. – Ri ainda mais.

- Ué, por que? – Pergunto sem entender.

- Ontem mesmo vi um cara quase engolindo esse Math. – Droga

- Não, é que....- Sou interrompida.

- Lili, chega, quero nossa amizade de volta. Esses dias tem sido péssimos sem você.- Sinto meu coração dar um salto.

- Pois eu não quero mais. – Respondo de imediato e sua expressão se fecha.

- Lilian, eu.. – O interrompo.

- Tinha que ver sua cara, mas apenas com uma condição. – Proponho.

- Qual? – Pergunta já se animando novamente.

- Nem pense em chegar perto daquela mulher. E sim, isso não é um relacionamento mas foi uma situação desconfortável. - Digo e ele ri

- Isso vai ser meio difícil, ela vai ficar aqui em casa por alguns dias. – Ahh, que raiva.

- Hum, tchauzinho. - Vou saindo.

- Mas você tem minha palavra. – Não aguento e gargalho.

- E do que adianta.....- Começo a falar mas sou calada com sua boca esmagando a minha.

- Você vai dormir aqui hoje. Meu Deus, eu senti falta disso. – Termina o beijo me dando alguns muitos selinhos.

- Que dia ela vem? – Pergunto de cara fechada e ele me aperta ainda mais em seus braços.

-Minha prima, tem que arrumar algumas coisas, então não sei ao certo.

- Podemos tentar de novo. – Saio do assunto e ele sorri.

- Preciso de você, agora. – O calor de seu corpo me toma.

Passamos o restante do dia assistindo e comendo besteira, até que Caio recebe uma chamada do trabalho e sai.

A noite chega e vou tomar um banho, visto uma camisa sua e meu estomago ronca, decido ir fazer algo para comer.

Desço as escadas e quando chego no fim dela me deparo com um homem sentado no sofá, que assim que me nota ali, me encara de uma maneira que me dá calafrios.


PLÁGIO É CRIME!!

Meu JuizHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin