Um Amor Inesperado

Capítulo 08

Um Amor Inesperado -
Capítulo 08 -

Marina sorrir emocionada, e sem conter a alegria que seu coração sente, ela vai em direção a Magdalena e a abraça. Magdalena reage de forma fria, porém confusa. Suas emoções estão misturadas e ela não sabe como agir, mas acaba correspondendo ao abraço da irmã.
Marina: Não sabe o quanto estou feliz em te encontrar. - se afasta e a olha - Desde que soube que tinha uma irmã, meu maior desejo era te encontrar e te abraçar. - diz a abraçando novamente
Magdalena nada faz e apenas olha a irmã e a todos.
Marina: Essas são minha tia Rebeca e minha mãe Beatriz.
Rebeca e Beatriz: Muito prazer, Magdalena.
Ela olha e meio que sorrindo, cumprimenta a ambas.
Magdalena: Sorte sua, você teve uma mãe. - diz ironicamente
Marina: Eu sei que é difícil de compreender, mais você um dia irá entender.
Magdalena: Você fala por que teve amor e carinho, eu não, eu não tive nada disso.
Marina: Isso pode até influenciar, mais depende de nossa vontade mudar ou não. Você está confusa, tudo está muito recente, mas, depois você entende.
Magdalena: Você ficou assim quando descobriu?
Marina: Acho que fiquei pior. - confessa
Magdalena: Por quê?
Marina: Por que eu tive amor e carinho de uma pessoa que não era a minha mãe. Cresci longe da minha mãe biológica e descobrir tudo depois de anos foi uma queda muito feia. Mais já você, você sabia que tinha uma mãe, e pensou que ela havia te abandonado no mundo por que não te queria, também pensei isso, mais o motivo de nossa mãe foi para me proteger, coisa que não conseguiu fazer com você.
Magdalena: Tanta gente no mundo tinha que ser logo eu?
Marina: Às coisas acontecem por um motivo, Magdalena, e a mamãe não tem culpa do que você quer acusa-la.
Magdalena: Ela poderia ter evitado. Qual mãe deixa a filha ser levada?
Marina: A mãe que foi segurada por dos homens do dobro do tamanho dela enquanto o asqueroso de outro homem pegava uma de suas filhas. Ela sozinha não pôde evitar. Estávamos apenas nós três contra três, sendo que duas eram bebê, ela não podia sozinha.
Magdalena: Não da pra compreender assim. - diz irritada e andando de um lado a outro - Falar é muito fácil quando se teve de tudo, amor, carinho, uma vida, coisa que eu não tive.
Marina: Julgar a nossa mãe não vai mudar nosso passado.
Magdalena: Perdoando também não. - diz fria
Marina: De nenhuma forma muda o passado, mais o futuro só pertence a nós mesmo, nós escolhemos o que queremos. É da nossa escolha no presente que o futuro pode ser diferente. Se você escolhe perdoar, você está escolhendo ser feliz, se escolhe viver com rancor e ódio, você só colherá isso.
Magdalena: Eu disse a senhora Mercedes e digo a todos os presentes aqui, eu preciso de um tempo, preciso entender. Eu escolhi ser uma nova Magdalena, e tentarei seguir enfrente.
Marina: E vamos te ajudar. Todos juntos, só basta você nos permitir estar próximos de você.
Magdalena: Nesse momento eu quero distância de todos, inclusive dessa mulher que se diz minha mãe, e diz que me ama.
Mercedes: Eu te amo, meu amor.
Magdalena: Não consigo acreditar. - diz fria e a olhando erguida - Com licença! - diz saindo
Mercedes a observa subir enquanto seus olhos marejam.
Mercedes: É tanta frieza que chega a me assustar.
Marina: Não é fácil descobrir a verdade mamãe, a senhora bem sabe.
Mercedes: Mais eu pensei que seria diferente com ela, você teve amor, carinho, ela não.
Marina: Mais é difícil para ela. Ela não teve nada e de uma hora para outra uma mulher aparece e se diz mãe dela, não é fácil, principalmente depois da vida que ela teve. Vamos ter paciência, e fazê-la sentir o quanto a queremos, com o tempo ela aceita e te perdoa, assim como um dia eu fiz.
Mercedes olha para Marina e ambas se abraçam.
Beatriz: Vai dá tudo certo, Mercedes, o pior já passou. Agora a temos conosco. O desespero de talvez não acha-la já não existe.
Mercedes: Vocês têm razão. - sorrir levemente - Agora é dá tempo ao tempo e fazê-la sentir o quanto lhe amamos e o quanto a desejávamos aqui.
José: Isso aí. - sorrir a olhando
Mercedes entende seu olhar de apoio e sorrir o olhando.

Duas semanas depois -

José: Como está indo?
Mercedes: A cada dia pior. - diz chorando - Ela mal fala comigo, e sempre que o faz, é para me ofender. Fala friamente e não me permite está próxima.
José: E sobre a abstinência do álcool, como ela está reagindo?
Mercedes: Às vezes ela se controla, mais chega um momento que ela não aguenta e surta.
José: Sei que é um assunto bem complexo, mais já pensou em interna-la?
Mercedes: Confesso que já, mais não queria chegar a esse extremo. Não queria vê-la internada. Eu confio no que ela me diz, de que vai conseguir sem ajuda de segundos.
José: Mais pelo que me diz, nem sempre ela consegue conter a vontade.
Mercedes: Já retirei todas as bebidas daqui de casa, e ela está vigiada, dei ordens de não deixa-la sair.
José: Faz bem.
Mercedes: Mais não quero falar sobre isso, sempre que você me visita é para falar dos meus problemas.
José: Apesar, fico feliz, pois você confia em mim e eu gosto de ser o seu apoio.
Mercedes: Beija-me! Eu amo seus beijos, amo está entre seus braços.
José: Eu te amo. - diz a olhando
José se aproxima e a beija. Mercedes corresponde de forma apaixonada e intensa.
Nesse momento, Magdalena desce as escadas e vai em direção ao escritório, onde ao chegar, ver José e Mercedes se beijando. Ela para e se esconde, ao término do beijo, José apoia Mercedes em seu peito, e Mercedes se declara.
Mercedes: Eu também te amo, e mesmo estando com nosso romance às escondidas, eu sempre te quero perto.
José: Eu já disse antes e volto a repetir, eu, com você ao meu lado, não me importa se estamos às escondidas ou não.
Mercedes: Um dia vamos gritar ao mundo o nosso amor, só precisamos esperar um pouco mais.
José: Eu espero o tempo necessário só pra ter você ao meu lado para sempre.
Mercedes sorrir e o beija mais uma vez.
Magdalena com raiva e sentindo certo ciúme sobe para seu quarto, e ao entrar, com sua irritação joga todas as almofadas no chão.
No escritório, José e Mercedes se despedem.
Mercedes: Tem certeza que não quer almoçar aqui?
José: Sim. Deixemos para outro dia.
Mercedes: Está bem.
José: Se cuida, e qualquer coisa, me liga.
Mercedes: Pode deixar meu amor.
José: Te amo minha vida.
Mercedes: E eu a você.
José a beija e em seguida vai embora.
Após a saída de José, Mercedes vai até o quarto de Magdalena.
Mercedes: Filha, vamos almoçar?
Magdalena: Não estou com fome. Quero ficar sozinha. Sai daqui!
Mercedes: Não me trata assim.
Magdalena: SAAAI. - grita
Mercedes fecha a porta e escuta Magdalena passando a chave. Em seguida ela desce até a cozinha.
Alícia: Ela a expulsou de novo? Não virá almoçar?
Mercedes: Sim, mais uma vez. Não, disse que está sem fome.
Alícia: Essa revolta, eu tenho certeza que é mais pela falta de álcool que pelo passado, pois, às vezes, eu a vejo mais calma.
Mercedes: Eu também a vejo assim, e acho que é pela abstinência, mais me dói por que ela faz um misto de sensações dentro de si e desconta tudo em mim.
Alícia: Vamos ter mais um pouco de paciência.
Mercedes: Só isso nos resta. - diz cabisbaixa
Alícia: Irá almoçar?
Mercedes: Estou sem fome, mais irei sim, não posso perder as minhas forças.
Alícia: Assim que se fala. - diz sorrindo
Mercedes: Sente-se e almoce comigo, depois levamos o almoço dela.
Alícia: Sim senhora.
Alícia serve Mercedes e em seguida a si mesma.
Elas almoçam e logo Alícia prepara uma bandeja para Magdalena. As duas sobem, e ao chegar ao quarto encontram a porta aberta e todo o quarto bagunçado.
Mercedes: Magdalena! Filha, onde você está? - a chama - Magdalena! Ela não está. - diz olhando Alícia
Alícia: Ela deve está em outro lugar, vamos procura-la. - diz colocando a bandeja sobre uma mesa
Mercedes e Alícia procuram Magdalena por toda a casa e não a encontram. Em seguida vão até o portão principal, porém ninguém a viu e não sabem como Magdalena fugiu.
Mercedes: Meu Deus, não deixe que nada aconteça com minha menina. E faça com que eu a encontre.
Alícia: Ligue para o José, senhora, acho que ele ainda não foi embora. Precisamos da ajuda dele.
Mercedes: Você tem razão. - diz pegando o celular
Mercedes liga para José e o mesmo a atende prontamente.