Capítulo 019

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Um Amor Inesperado -
Capítulo 019 -

Dias depois -

Chega o final de semana. Magdalena e Valentín que estavam no povoado regressam à capital. Valentín deixa Magdalena na casa de Mercedes e em seguida vai embora.
Magdalena: Boa tarde. - sorrir chegando
Mercedes/Alícia /José: Boa tarde.
Magdalena: Que bom que está aqui, José. - diz - Quero te pedir algo.
José: Sim. Que coisa? - indaga a olhando
Magdalena: Eu quero pedir que, cuide muito bem da minha mãe, e que não a faça sofrer, por que se fizer você vai ter que acertar as suas contas comigo, ficou claro? - indaga séria
Mercedes a olha surpresa e José sorrir.
José: Eu jamais a faria sofrer, senhorita, eu a amo demais para vê-la sofrer, seja por quem for inclusive por mim. Eu quero apenas fazê-la feliz.
Mercedes: Magdalena, eu não acredito. - diz emocionada
Magdalena: Eu percebi mamãe, demorei mais percebi, e peço perdão aos dois. Eu estava cega de raiva, de rancor, achava que todos mereciam sofrer por que eu havia sofrido, e não me dei conta que fazia ambos sofrerem, sendo que não era a minha intenção, perdão, aos dois. - pede - Eu agora sei que o amor de vocês é sincero, e que vocês merecem ficar juntos. Perdão!
José: Eu não tenho nada para perdoar, senhorita. - diz - E fico feliz que tenha me aceitando e percebido que amo a Mercedes de verdade. Ela é a mulher da minha vida.
Magdalena: Agora eu vejo que sim. - diz sorrindo levemente
Mercedes: Eu também não tenho que te perdoar de nada, meu amor, apenas agradecer por você ter aceitado e percebido o quanto nos amamos. - diz - Eu te amo, minha princesa.
As duas se abraçam e a tarde é de pura alegria.

Quatro meses depois -

Escritório de Mercedes -

Alícia: Senhora, eu trouxe um chá. - diz
Mercedes: Obrigada, Alícia. - diz sem desviar o olhar de seu notebook
Alícia: Que mal pergunte, mais o que tanto a senhora olha nesse seu notebook?
Mercedes: Estou pesquisando como são os processos de inseminação artificial. - diz
Alícia: Inseminação artificial? Para quê? - indaga confusa
Mercedes: Eu quero ter um filho com o José. - diz direta.
Alícia: O quê? - indaga perplexa
Mercedes: Isso mesmo, eu quero dá um filho ao José, e como por meio natural seria complicado por causa da minha idade, eu irei propor a ele para fazermos uma inseminação.
Alícia: A senhora ficou louca?
Mercedes: Não. - sorrir - Por quê?
Alícia: A senhora quer engravidar a essa altura da vida?
Mercedes: Eu não aproveitei nada do meu lado materno com minhas filhas, e com o José estou tendo uma segunda oportunidade, e se ele não se negar, eu irei aproveitar.
Alícia: A senhora já falou com ele? Sabe se ele quer ter um filho?
Mercedes: Todo homem quer ser pai, Alícia, o José não é diferente. Sem contar que percebo seu jeito todo bobo quando se trata do Rodrigo ou da Mercedes, ele pode negar, mas eu sei que no fundo ele quer ser pai, e se ele se apaixonou por mim, o mínimo que posso fazer para compensar, fora dá o meu amor, é tentar engravidar. - diz
Alícia: Mais ele a ama, não liga para que tenha filhos ou não.
Mercedes: Agora não, mais futuramente sim. Estou lendo artigos e relatos, e apesar de serem um pouco doloroso, para nós mulheres, eu estou disposta, e tenho chances.
Alícia: Fale com ele primeiro. - aconselha
Mercedes: O farei. E se for preciso, eu irei convencê-lo, caso ele se recuse, pois eu quero fazer por nós dois. - diz sorrindo
Alícia: E como são esses processos?
Mercedes: Temos que procurar um especialista, e lá ele dirá tudo certinho, mais de acordo com os sites que já pesquisei, é algo "simples". Terei que fazer apenas um acompanhamento de alguns dias com medicamentos.
Alícia: E o homem, o que faz?
Mercedes: Como sempre são os mais fáceis em tudo. - sorrir - Eles têm apenas que coletar os espermatozoides para que possam saber se eles estão bons, escolher os melhores, e o resto é conosco, as mulheres. - diz sorrindo - Simples, não?
Alícia: Para eles. - diz - Quanto tempo leva esse procedimento até o dia da fertilização?
Mercedes: Aqui diz que, o processo para estimular os óvulos é de dez dias. E juntando com o remédio que tem que ser tomado ou injetado 36 horas antes para amadurecer os óvulos, é onze dias e doze horas.
Alícia: Engravida de primeira?
Mercedes: Pode acontecer de sim, porém se não conseguirmos da primeira vez, são necessárias três ou mais tentativas, sem contar que pode vir mais de um bebê.
Alícia: Imagina a senhora com gêmeos de novo? - indaga eufórica
Mercedes: Seria uma loucura. - diz boba - Mais estou disposta. Por mim, e pelo José. Não importa a dor e quantos bebês viram.
Alícia: Se essa é sua decisão, eu a apoio. - diz sorrindo
Mercedes: Obrigada Alícia. - diz sorrindo
Mercedes volta a ler mais sobre o assunto, até que Magdalena chega.
Elas se cumprimentam, e após minutos, vão jantar.
Magdalena: Amanhã é o mesário da Mercedes, iremos de que horas? - indaga
Mercedes: Vamos de manhã, umas nove ou dez horas.
Magdalena: Posso levar o Valentín?
Mercedes: Claro que sim. - sorrir - Depois do jantar você liga para ele, e eu irei ligar para o José, para dizer que horas vamos.
Magdalena: Certo.
Elas jantam, e em seguida cada uma vai para lugares diferentes; Mercedes para o escritório e Magdalena para o quarto.
Após fazerem as suas ligações, ambas se encontram e conversam até que dá a hora de dormirem.
Magdalena: Até amanhã mamãe.
Mercedes: Até meu amor. - lhe dá a benção
Ao se recolherem, ambas adormecem rapidamente.
No dia seguinte, elas despertam cedo, se arrumam, arrumam as coisas, tomam café da manhã e após a chegada de Valentín, eles saem.
Ao chegarem ao local, eles entram rapidamente no helicóptero que já estava à espera e decolam.
Após minutos, eles chegam ao povoado e logo cumprimentam José, que os esperava. Em seguida, eles seguem para a cidade.
Ao chegarem, são recebidos por todos que estavam na casa de Beatriz, onde será a pequena comemoração, e que será em família.
Depois de se cumprimentarem e babarem muito nos pequeninos, os homens se sentam para conversar enquanto as mulheres organizam tudo.
Damián que cuidava de Rodrigo e Mercedes com a ajuda de Valentín e José, são os que chamam a atenção de Mercedes e Alícia.
Mercedes: Olha como o José fica todo bobo. Você acha mesmo que ele não gostaria de ter um filho?
Alícia: O vendo desta forma, não dá para acreditar que não. - sorrir
Mercedes: Está vendo? Estou indo pelo caminho certo. - sorrir eufórica
O tempo passa e chega a hora do mesário.
Já arrumados, todos se encontram na sala, onde cantam parabéns para Mercedes, que apenas com cinco meses de vida, já gostava de uma bagunça e de um barulho. Rodrigo não fica atrás e adora a bagunça, ajudando cada vez mais com gritos e palmas.
Após todos servidos, eles começam a conversar.
O restante do dia passa voando, e após jantarem e conversarem em casa mesmo, todos decidem se recolherem.
Marina vai para casa com Damián e as crianças, e José vai para a sua casa junto com Mercedes.
Na casa de Beatriz ficam apenas Magdalena e Valentín, que dormem no quarto de Marina.
No dia seguinte, Mercedes e José despertam cedo e Mercedes decide ir à empresa.
Ao chegarem, ela vai à sala da direção e olha alguns papéis.
De repente, uma pessoa bate na porta e a chama.
Ao ouvir a voz de Fulgêncio, Mercedes sente seu corpo estremecer de raiva.
Mercedes: Você de novo? O que faz aqui?
Fulgêncio: Eu preciso falar com você.
Mercedes: Não temos nada para falar. Vai embora.
Fulgêncio: Não! Por favor, me escute. - pede - Eu preciso te confessar uma coisa. - diz
Mercedes: O que você quer me confessar? - indaga irônica
Fulgêncio: Você sempre suspeitou que fosse o mandante da morte do Michel Fabré, e suas suspeitas estavam certas, fui eu.
Mercedes o olha com ódio e seus olhos enchem de lágrimas.
Mercedes: Eu sempre soube. - diz irritada - Eu nunca consegui provar, mais eu sempre soube.
Fulgêncio: Eu não podia deixa-lo te ter. Se eu não podia, ele também não, porém de nada me serviu, eu o matei e você encontrou outro, nunca me deu uma chance. - diz
Mercedes: Eu te desprezo, Fulgêncio, eu tenho nojo de você.
Fulgêncio: E eu sempre te amei. Se você tivesse me dado uma chance, eu teria te feito a mulher mais feliz do mundo. - diz
Mercedes: Você não é capaz de fazer nenhuma mulher feliz. - diz
Fulgêncio: Mais esse seu motorista é, não é? - indaga furioso
Mercedes: Claro que sim. O José é o homem que eu amo. - diz convicta
Fulgêncio: Você não ver? Ele um dia vai te trocar por uma mais jovem.
Mercedes: Não irá fazer, e se o fizer, a vida é minha e a consequência será minha. Eu aceitei e sou a pessoa mais feliz do mundo. O que me importa é o presente, o futuro chegará e ele pode me surpreender. - diz - Agora vá embora. - pede - Eu não quero mais te ver, e não temos mais nada para conversar.
Fulgêncio dá as costas para sair, e nesse momento, José chega à sala e o ver saindo. Os dois se fitam intensamente com muito ódio, e Fulgêncio vai embora.
José: O que ele queria? - indaga sério
Mercedes: Não precisa ficar com essa carinha. - diz sorrindo - Queria me confessar que ele matou o pai do Damián, o Michel Fabré.
José: Foi ele mesmo? - indaga
Mercedes: Sim. Ele acabou de me confessar. - diz triste
José: Não pense mais nisso. Acho que mesmo com a confissão, nada podemos fazer, não temos provas. - diz
Mercedes: Isso é verdade. Mais ele vai pagar por tudo, seja aqui ou no inferno. - diz o olhando
José: Isso é certo. - a abraça e lhe dá um selinho rápido

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