Capítulo 7

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— O que? — Olhei para todas aquelas pessoas do outro lado do jardim e logo voltei a olhar Elizabeth. — Por que disto? De qualquer forma, eu terei que sair. Só eu faço as compras, lembra?

Ela afirma com a cabeça e olha também em direção àquela multidão.

— Você é jovem. Daria a impressão de que namoraria um deles. E não de uma empregada doméstica igual a mim. — Disse baixo, mas ainda fui capaz de escutá-la.

Arqueei as sobrancelhas. Olhei quase sem reação para ela. O que ela estava querendo dizer?

— Namorada de um deles? Como assim, Elizabeth? — Cruzei meus braços e me escorei no balcão com a lateral do meu corpo. — Há algo que eu não sei?

— Você não faz a mínima ideia de quem são, não é? — Um riso baixo se ouve de Elizabeth.

— Não... — Respondo mantendo o meu olhar fixo nela. — Apenas fiquei sabendo que o filho do Sr. Tuan chegaria da Coreia. — Expliquei brevemente. — E quando o mesmo chegou, logo trouxe os amigos dele. Que por sinal... São uns grandes bagunceiros.

Elizabeth coçou sua testa, soltando um suspiro logo depois. Voltou a ficar ereta de frente ao balcão enquanto permanecia sem olhar para mim.

— Eu estou com medo.

Disse ela repentinamente. Engoli em seco e a observei compassadamente.

— O que? Por quê? Elizabeth! O que está acontecendo?

Eu já estava ficando aflita sem Elizabeth me explicar o que estava acontecendo.

— Eles...

Ela é interrompida por alguém que entra na cozinha. O garoto de antes, que havia me ajudado com as malas, aparece na entrada, caminhando até nós.

— Com licença... Onde fica os... Jeotgarak? Mark disse que tinha alguns aqui.

— Que diabos são... — Aperto os olhos, parando de falar ao sentir Elizabeth empurrar-me, cortando a minha fala.

— Oh. Sim. Por aqui. Venha!

Elizabeth o levou até a outra parte da cozinha. Passando para o outro lado do balcão, ela abre uma das gavetas e mostra a ele uns pauzinhos.

— Bom! Há muitos! — Disse ele pegando um par daquilo. Ele olhou para mim e sorriu. Atravessou a cozinha e saiu, voltando a deixar Elizabeth e eu sozinhas.

— Pauzinhos? — Voltei a olhar-la um pouco confusa. Ela afirma com a cabeça e eu solto um suspiro. — Eu preciso sair daqui. Isso tudo está virando uma loucura!

— Não pense em sair! — Segurou o meu braço por cima do balcão.

Olhei para a sua mão segurando fortemente o meu braço e arqueei as sobrancelhas, olhando aquele ato com deboche.

— Eu não vou ficar 24h presa aqui!

— Você precisa seguir as ordens do Sr. Tuan!

— Por que diabos ele me proibiria de sair?

— Eu já disse! Tem a ver com os meninos!

— Os meninos? Eles? — Solto um riso ironizando a situação. — Este é o pior argumento que eu já ouvi Elizabeth. Se você está apreensiva sobre eu beber novamente, tudo bem. — Solto sua mão de meu braço. — Não se preocupe! Eu já aprendi a lição e não beberei mais. Mas... Não minta, é feio.

Digo minhas últimas palavras antes de caminhar para fora da cozinha.

— Alissa!

Escutei ela chamar por meu nome, mas a ignorei completamente, prosseguindo meus passos até a saída da casa. Respirei profundamente, distanciando da residência do Sr. Tuan cada vez mais. Eu não tinha um rumo certo para onde ir, eu só precisava me livrar daquelas situações que estavam sendo novas para mim.

Oops... » Mark Tuan Where stories live. Discover now