Capítulo 55

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Mark? Mordi meu lábio inferior, receosa em atender a ligação. Seria uma boa ideia atendê-lo? Respirei fundo. Seja lá o que for... É melhor que seja dito logo.

Pude ouvir a sua respiração lenta através da ligação. Por quê ele não dizia nada? O seu silêncio estava me deixando desconfortável.

― Você... Você está aí?

Perguntei. Continuei ouvindo apenas o seu pequeno som, mas para a minha tranquilidade e felicidade, ele me respondera.

Sim.

Sua voz soara baixa, suave e um tanto lenta. A sua ação, embora não estivesse visível aos meus olhos, acabou por me arrancar um pequeno sorriso. Um desejo irredutível de abraçá-lo, surgiu em mim. Eu queria poder sentir o calor de seus braços. O doce cheiro de sua pele e as suas carícias por meu corpo, tocando cada parte dele, cada região. Eu estava com saudades de você, Mark Tuan?

Eu queria ouvir a sua voz. ― Disse.

Eu também...

Não sei quando poderei encontrá-la mais uma vez...

Você encontrou. Apenas não viu. Suspirei.

Alissa... Aconteça o que acontecer, mas nunca me abandone. Mesmo que um dia, não tenhamos exatamente mais nada um com o outro...

Por que ele fazia aquilo comigo? Por quê gostava de me impor uma situação em que sabia que eu poderia fraquejar? Onde poderia aparecer mil e um motivos, mas os mil, me fariam desistir, enquanto apenas um... Tentaria me manter de pé.

― Sim. ― Respirei fundo. ― Contanto que você não seja o primeiro a me abandonar novamente.

Alissa eu te... ― A ligação é encerrada.

O que aconteceu? Olhei para a tela do celular. A chamada já não estava mais ativa. A ligação foi inesperadamente interrompida. O que aconteceu? O que ele tinha a me dizer? Como? Por quê? Tantas perguntas sem respostas... Isso me deixava apreensiva, com medo e... Capaz de imaginar vários finais diferentes em minha cabeça, até quase imagináveis para outras pessoas.

Eu só queria entender... Por que eu, Mark Tuan. Por quê eu?

Soltei um grunhido e desci o meu olhar até a apostilha da faculdade sobre a pequena escrivaninha no quarto. Eu teria que ir no dia seguinte desfazer a minha matrícula. Argh... Eram tantas coisas para fazer, para me preocupar, e Mark parecia só brincar comigo.

(...)

No dia seguinte, Sr. Tuan me recomendou ir à um médico. Ele estava preocupado comigo igualmente ao dia em que eu causei a confusão que originou a nossa vinda para Coreia. Mas dessa vez, ele parecia um pouco mais esperançoso, mesmo que aparentasse tanta preocupação. Eu não via necessidade para ir ao hospital. O enjôo que eu sentia, já não fazia mais efeito sobre mim. Mas, para diminuir a sua preocupação, prometi a ele que iria à um médico, mas só quando voltássemos para Los Angeles.

Eu já estava a caminho da faculdade. Eu iria pagar por meu último semestre, que por sinal, eu mal havia começado o primeiro. Fazia-se alguns meses que eu estava na Coreia. Que eu estava vivendo uma imensidão de acontecimentos e que haviam ainda, várias coisas que eu não compreendia, mas a única que eu tinha certeza, era que dentro de alguns meses, muitas coisas podem mudar.

Eu troquei a minha vida de uma simples empregada, para a de namorada de um cara importante. Mas nada que me beneficiara. Ser namorada de um famoso, de alguém extremamente conhecido, não fez de minha vida mil maravilhas. Por um lado, só desastres aconteceram, mas pelo outro, conhecê-lo foi o ponto chave disso tudo. Então de todos os problemas, de todas as situações dolorosas e obsessivas, a única que aprecio e levo comigo eternamente... É Mark Tuan.

Oops... » Mark Tuan Onde as histórias ganham vida. Descobre agora