Tenho olhos para poder observar, estudar, admirar; boca para poder cantar, celebrar, declamar. Tenho um corpo para dançar, viver, mexer, aproveitar. Afinal, o que tenho eu de diferente de um homem? Absolutamente nada, ambos usamos aquilo que temos em comum para as mesmas coisas. A diferença é que as minhas curvas já não são retratadas na pintura com amor ou escritas na poesia com admiração. Fui sexualizada, materializada. Não posso olhar demais, falar de mais, mexer o corpo demais porque isso, na sociedade, significa falta de respeito. E tudo o que tenho, tem o homem também. Porque o Criador é justo mas a criação não.
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FEMME AIN'T FRAIL
PoetryDedicado às mulheres, as que lutaram por nós, as que ainda lutam, todas nós. (©)HELPCOBAIN 2017