Uma loba que estava destinada a morrer, sobrevive, e poderá ter a chance de mudar sua vida de exilada, mas enquanto isso não acontece, ela deve continuar lutando por sua sobrevivência.
Plágio é crime!
{Esse livro contém alguns erros ortográficos}
Finalmente esse capítulo chegou, demorou um "pouquinho", mas chegou... Espero que ainda estejam gostando da estória, obrigada por estarem acompanhando 😙😙😙
Depois que as cinco chuvas da primavera passaram e eu e Tikani termos sobrevivido a mais uma estação, finalmente estamos chegando na alcatéia. Está tão perto. Posso sentir. Sinto que estou conectada à aquele lugar, mesmo sem nunca ter colocado as patas lá. Depois da morte do lobo cego e amarronzado, tivemos poucos problemas com outros lobos, parece que decidiram manter distância. Passamos por tantos lugares diferentes, de rios sinuosos à montanhas gigantescas e vastas planícies cobertas por uma bela relva. Caçamos até um alce branco, uma coisa rara de se achar. Tudo isso para chegar à um lugar que chamaremos de lar.
Tikani parece estar nervoso, tem medo de que não o aceitem. Já tentei acalma-lo diversas vezes, mas nenhuma delas funcionou. Isso me faz pensar em algo. Ele fez tudo aquilo por mim... e acho que... Não, não, não, definitivamente não é uma boa hora para pensar sobre isso. Quem sabe outra hora... Sim, coisa insuportável, outra hora pensamos sobre isso.
Suindara plana no céu, assim como o corvo, ambos usam as correntes de ar para "flutuar" sobre nós. O clima está ameno, apesar do Sol estar brilhando intensamente. Estamos no norte, aqui faz mais frio que o sul... Ignoro a voz imaginária da minha consciência e olho para o chão. A grama dessa campina está verde e viçosa. Mais a frente de nós há uma densa floresta com várias árvores altas. - Estamos perto! - Suindara diz animada, enquanto o Corvo murmura algo. - A entrada para a alcatéia fica naquela floresta! Tikani olha para mim. - Finalmente chegamos. - ele fala tentando deixar sua voz animada. - O que acha de correr até lá? - o pergunto. - Acho melhor não... Ele mexe as orelhas, não quer ir correndo para um lugar desconhecido onde corre risco de não ser aceito. - Tudo bem. - falo calmamente. Andamos num silêncio estranho até a densa floresta. O Corvo voa baixo para não prender a asa em nenhum galho. Já Suindara prefere pousar nas minhas costas. Ela está alegre. Sua respiração é rápida e desenfreada sobre os meus pelos. Observo Tikani ficar mais alerta a cada passo que damos para adentrar a floresta. O vento passa por entre as folhas, produzindo um som agradável, ele também nos traz cheiros de lobos. Pela primeira vez na minha vida, não penso que o cheiro de vários lobos sejam uma ameaça. Olho para cima e vejo um pássaro branco. É um corvo! Um corvo branco!
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Não consigo acreditar, olho novamente para cima, o corvo branco não está mais lá. - Corvo! - grito para o pássaro com penas escuras como a noite. - Você viu aquilo?! Tinha um corvo branco ali! Ele não me responde. - É o filho dele. - Suindara sussurra para mim, Tikani também a escuta e me olha com uma cara de "Será que é mesmo?" - Mas... Por que ela não lhe disse isso antes?! Me calo, não consigo terminar a frase. Tropeço em algo, escuto Tikani soltar um risinho. Mantenho meu equilíbrio com a outra pata. - Cuidado com as raízes. - ele diz. Olho para o chão e percebo que está coberto por raízes gigantescas que se agarram ao solo como veias e artérias de um coração. Elas sustentam as grande árvores que estão ao nosso redor. Seu sorriso de divertimento desaparece. Ouço passos, ele também, coloca-se em posição de ataque. - Tikani... não... não precisa atacar... - digo tentando parecer calma. Ele me encara com aqueles olhos azuis hipnotizantes, que, no momento, estão com ar sombrio. - Ela está certa, provavelmente é apenas um lobo da alcatéia, não tem com que se preocupar. - Suindara rapidamente sai das minhas costas e vai para o chão, suas garras levantam as minúsculas partículas de poeira do solo. - O alfa deve ter mandado alguém para nos esperar.