Nada mudou... ou, foi o que pensávamos

500 57 35
                                    

Luka acreditou estar sonhando quando escutou sons repetitivos de batida, o que o acordou no susto quando se tomaram fortes.

Ele se levantou em um pulo, e o arrependimento bateu na mesma hora em que a cara raivosa, sonolenta e descabelada de Alya o fitou com severidade.

— Cadê ela? -Perguntou, prendendo um bocejo.

Ele apenas deu passagem para ela, e ela entrou no quarto a passos de zumbi.

Ela se virou para ele, aguardando explicações.

— Meio que se encontraram na madrugada, e ela rejeitou ele de novo. Eu tava acordado, e consolei ela até dormir. -Explicou devagar.

Alya continuava o olhando com a mesma expressão neutra e os olhos semi cerrados. Ela estava acordada?

Marinette acordou lentamente. Se espreguiçou, coçou a nuca e olhou em volta. Até parar o olhar nos dois ao pé da cama que olhavam fixamente pra ela.

— ... Bom dia? -Fez uma careta.

Alya saiu do quarto, se arrastando.

Eles se entreolharam.

Marinette pegou o celular no impulso, arregalando levemente os olhos.

— Já são seis e quarenta e seis! -Olhou pra ele, levemente desesperada.

— Caraca! -Correndo, Lula se trancou no banheiro.

Marinette ainda perdida, correu apressada para o quarto ao lado. Mas, a porta dele ja estava trancada.

— Não! Alya, tenha dó! -Batia na porta, mas não recebia resposta.

Frustrada, ela volta ao corredor. Passeava com os olhos a quantidade de quartos, tinha que escolher um. Por Deus, um tinha que estar vazio!

—E agora, e agora, e... ah! -Ela se lembrou do banheiro em que foi na noite passada. Correu, tropeçando no tapete do corredor.

Ela abriu a porta como se sua vida dependesse disso. Vazio! Yes! Entrou no banheiro, e se trancou. Lá com certeza havia um closet de toalhas, por isso nem se preocupou com nada.

.

Kim saiu do quarto bocejando. Desceu as escadas ainda com sono, quase trocando os pés pela cabeça.

— Acorda pra cuspir! -Alix grita correndo pela escada, dando um tapa delicadíssimo (que nada) em sua nuca. Passando como um raio por ele.

— Ai, meu! Vai se internar, garota. Eu hein. -Desce o último degrau resmungando, andando até a cozinha.

— Ué... quem foi que... -Mylene murmurou, segurando o copo com água abandonado no balcão.

— E aí, galera. -Kim se espriguiça de vez, caminhando até eles. –Pra onde o vento nos leva?

— Pro carro, imbecil. -Ivan responde entediado.

Ahhh, como assim?! Não vamos dar o cano?!

— Tá doido? -Mylene ri sem acreditar. –Não, esquece. -Pressiona os lábios, se conformando com a resposta já nítida.

— Ele nasceu assim. -Seu namorado acrescenta. Se sentando no sofá. –Mas cadê o resto do povo?

Nino desce despreocupado, com a atenção fora do caminho.

— Ô Nino, quando vai você vai se interessar por alguém de verdade e largar teu fone? -Kim comenta quando o vê passar.

Ou Nino não escutou, ou fingiu muito bem. Se sentou enquanto continuava com os dedos rápidos na tela do celular.

Kim revira os olhos.

Bad AgresteWhere stories live. Discover now