L.
Harry/L.
A manhã estava fria e a neve fina da noite havia deixado às calçadas escorregadias. Rayna ainda não havia aparecido e nesse momento aguardava do lado de fora da casa o carro que se aproximava.
- Trouxe tudo? - Perguntei a J pegando as bolsas de sua mão.
- Sim, a sua mala é essa e essas duas são da senhorita Rayna.
- Ótimo, como estão às coisas por lá? - J suspirou encostando-se ao batente da porta e balançou levemente a cabeça.
- Eu não acho que a senhorita poderá voltar tão cedo, a ameaça foi neutralizada, mas a senhora está convencendo o primeiro-ministro de que seria melhor mantê-la por aqui. A cozinheira deve chegar logo e a equipe de reforço já está no quarto de vigilância montando o equipamento. - Avisou e assenti levemente deixando que o mesmo saísse para a casa de vigilância que ficava ao lado.
Rayna não tinha um bom relacionamento com a senhora e a senhorita Lia, eu já imaginava que elas iriam propor algo assim.
- Nós vamos para casa? - Rayna perguntou descendo as escadas.
- Por enquanto não. - Sorri mostrando suas malas. - Eu vou colocá-las no quarto para que você possa trocar de roupa.
- Ah, tudo bem. - Sorriu afastando-se um pouco e passei por ela subindo as escadas para o seu quarto. Coloquei as malas no chão ao lado da cama e sai.
- Eu ficarei no quarto de vigilância agora, é esse cômodo menor ao lado. Basta sair e passar o quintal se precisar ir até lá.
- Eu ficarei sozinha nessa casa? - Perguntou olhando em volta.
- A cozinheira a faxineira e uma das seguranças ficaram aqui nos quartos. - Expliquei. - Assim todos terão privacidade e conforto.
- Parece que vamos ficar um bom tempo por aqui. - Suspirou.
- Eu vou para o meu posto agora, tenha um bom dia senhorita.
- L! - Chamou e me virei para olhá-la.
- Você está logo ao lado, não é?
- Sim senhorita. - Assenti. - Com licença.
Coloquei a bolsa em cima de uma das duas camas de solteiro que havia no quarto e olhei para o equipamento de vigilância.
- Tudo já foi estalado e as câmeras estão ativas. - J avisou e assenti levemente. J era uma das cinco seguranças femininas que havia na unidade, todas eram muito boas e competentes.
- O seu quarto será na casa principal, você pode levar as suas coisas para o segundo quarto a direita no corredor, fica ao lado do da cozinheira.
- E o da senhorita?
- Fica no segundo andar.
- Ela está bem? Eu ainda não tive nenhum tipo de contato com ela, então não sei como ela é.
- Ela é quieta, não é como a Lia. Você não terá muito trabalho. - Afirmei começando a esvaziar a minha bolsa.
- Mesmo assim estamos presos aqui por conta dela, às vezes isso é cansativo.
- Se isso é cansativo imagina ser ameaçada de morte pelo menos uma vez a cada dia. Imagina como deve ser sofrer um atentado sempre que sai de casa... Isso com certeza deve ser ainda mais cansativo.
- Você passou vinte e quatro horas com ela e já está assim? O que ela te fez? Lembro que você demorou quase dois meses para aprender a suportar Lia. - Sorriu sentando-se na cadeira em frente ao monitor que mostrava as câmeras.
- Eu vou tomar um banho, vá arrumar as suas coisas. - Mandei pegando a toalha e entrei no banheiro fechando a porta.
Rayna.
Meus olhos estavam vidrados na televisão enquanto a reportagem da coletiva de empresa passava.
"Meu coração está sempre apertado e triste com esses constantes ataques contra as pessoas que são mais preciosas para mim. A filha que tanto amo agora chora com medo e eu espero com toda a minha preocupação, como pai, que esse louco seja preso o mais rápido possível."
- Com toda a sua preocupação como pai? Droga... Eu vou ficar aqui até morrer de velhice então. - Murmurei desligando a TV e me joguei para trás.
- Senhorita! - Olhei para a empregada que corria em meu auxílio enquanto tentava levantar do chão.
- Eu esqueci que não estava no sofá grande. - Sorri envergonhada e L apareceu. Seus cabelos estavam levemente úmidos e agora usava um conjunto de três peças sem gravata com o primeiro botão da sua camisa social preta aberto. Ele era muito bonito.
- Está tudo bem? - Perguntou se aproximando e segurei a mão da empregada que me ajudou a levantar rapidamente.
- Oh sim... Eu estava apenas...
- Se exercitando. - Rubi respondeu.
- Isso, me exercitando. - Sorri agitada e L franziu a testa.
- Eu vou terminar de fazer o almoço, com licença. - Pediu Rubi voltando para a cozinha e esperei a senhora desaparecer.
- Eu vou até a casa principal por algumas horas, J e U estarão aqui para cuidar de você. J é a garota que estará no quarto do corredor e U e o segurança em frente à porta.
- Você vai até a casa principal? - Perguntei confusa.
- Solicitaram a minha segurança para a mulher do primeiro-ministro, devo retornar assim que o evento acabar. - Avisou colocando o ponto no ouvido e tirou uma gravata preta do bolso. - Qualquer coisa que precisar você pode pedir a qualquer um deles.
- Tudo bem. - Disse passando a mão pela testa retirando alguns fios bagunçados. - Até mais tarde então.
- Até logo senhorita.
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L - Harry Styles.
FanfictionNo mundo do poder, política e dinheiro, ninguém é puro... Ninguém é inocente. Rayna, única filha do primeiro-ministro do Canadá, sempre viveu escondida no anonimato como um segredo de ouro que nunca deveria ser revelado, mas um atentado a ti...