L - Harry Styles.

31.

L.

        Harry/L.

- Por que isso agora? Eu achei que estava tudo bem. - Disse virando-me para encará-la melhor e Rayna abaixou a cabeça.

- Eu sinto que não deveria ficar com você.

- Por quê? Pelo seu tio?

- Por que não me contou que foi ele? Ele matou a sua família Harry, por que continuou aqui, por que continuou comigo? - Perguntou e me abaixei a sua frente segurando em suas mãos.

- Rayna, se foi o seu tio eu não deveria te culpar pelas ações dele.

- A minha família continua acobertando ele, protegendo ele, eu inconscientemente fiz isso. Eu não posso esperar sentada até que você o mate e também não posso apoia-lo ou encará-lo sem demonstrar a minha raiva e decepção, o que eu deveria fazer Harry? Eu não posso ficar de nenhum lado.

- Apenas fique comigo e continue fora disso. Mesmo que o que nós temos ainda não tenha um nome certo, eu quero continuar ao seu lado, quero continuar te abraçando, conversando com você, saindo com você, beijando você, dormindo com você. Eu já perdi muita coisa Rayna, não me deixe perder você também. - Pedi e a mesma me encarou.

- Ele matou pessoas e eu concordo que ele deva ser punido, mas eu sei que você não conseguirá fazer isso enquanto estiver comigo. Seremos a sobrinha do cara que matou a minha família e o cara que matou o meu tio, esse não parece um casal certo.

- Eu não vou ficar longe de você. - Afirmei e Rayna assentiu levemente.

- Você pode continuar ao meu lado, mas vamos permanecer assim até resolver os nossos problemas. - Pediu levantando-se e fiz o mesmo. - W está chegando com outro carro, você pode levar esse.

- Rayna...

- Eu estou te dando à liberdade de fazer o que acha que deve ser feito, vingue a sua família Harry e deixe que eu permaneça sem saber de nada. - Disse entregando-me a sacola. - Eu estarei aqui quando você terminar.

- Você vai me aceitar mesmo que eu acabe matando o seu tio ou deixando a sua família em uma situação complicada?

- Eu irei aceitá-lo em qualquer circunstancia. - Afirmou e seguiu para fora da ponte deixando-me para trás. Suspirei observando-a enquanto se afastava e meu celular vibrou.

"Loren - David veio falar com o primeiro-ministro hoje. O que você fez Harry? Você está na mira agora."

  Eu estou te dando à liberdade de fazer o que acha que deve ser feito, vingue a sua família Harry e deixe que eu permaneça sem saber de nada.  

"Harry - Tudo bem, eu darei o próximo passo agora."

       Rayna.

W parou em frente à mansão e retirei o cinto olhando para ele.

- Eu fiz como a senhorita mandou. - Afirmou entregando-me a pasta. - A primeira-dama recebeu uma cópia do vídeo hoje ao cair da tarde.

- Não conte nada ao L. - Pedi. - Ele está com outro trabalho agora e não deve ter outras coisas em mente.

- J, U e Y se comprometeram a ajudá-la, mas a senhorita tem certeza do que está fazendo?

- Eu estou enfrentando o monstro que me oprimiu por anos, é isso que estou fazendo.

- Ela fez mal a família dela, o que acha que ela poderia fazer com a senhorita?

- Me matar, essa é a única coisa que ela ainda não conseguiu fazer comigo. - Afirmei saindo do carro e ouvi a porta de W bater em seguida. A mansão estava movimentada, Loren havia dobrado a segurança e todos podiam ouvir seus gritos com o chefe Kim, ela estava instável agora, alguém enfim tinha algo que a comprometeria.

Subi para o quarto fechando a porta e me sentei na cama respirando fundo antes pegar o celular.

"Harry - Você já pensou em ir à Itália novamente?"

"Rayna - Sempre pensei nisso, eu sinto falta de morar lá."

"Harry - Quando tudo isso acabar, seja como for, você aceita morar lá comigo?" - Sorri engolindo o nó que se formava em minha garganta e li novamente a mensagem.

"Rayna - Sim, eu aceitaria."

"Harry - Eu vou voltar seguro para que isso possa acontecer, nós não terminamos então."

"Rayna - Estamos resolvendo as últimas pendencias?"

"Harry - Exatamente, você não vai se livrar de mim tão cedo." - Ouvi duas batidas na porta e suspirei travando e guardando o celular.

- O que está acontecendo? - Perguntei quando meu pai entrou no quarto.

- Ligue a TV. - Mandou e assim fiz colocando no noticiário.

"Hoje pela manhã recebemos um vídeo comprometedor e incriminador envolvendo a primeira-dama do Canadá, durante o vídeo que será transmitido a seguir podemos claramente ver a primeira-dama coagindo, ameaçando e perseguindo alguém que se identifica como sua irmã, a fonte que trouxe esse vídeo até nós preferiu não se identificar, mas esse claramente é um caso de polícia que deve ser investigado com extrema atenção. Quem é a nossa primeira-dama afinal?"

- Você sabe o que está acontecendo agora? - Perguntou e balancei a cabeça. - Tudo está desmoronando Rayna e como parte dessa família você deve nos ajudar a mantê-lo de pé.

- O que Loren vai fazer? - Perguntei enquanto meu pai desligava a TV que passava o vídeo que J havia entregado para a emissora.

- Não foi ela, ela me garantiu isso. - Afirmou.

- Pai, isso é um vídeo.

- Isso é algo montado, manipulado por alguém sem escrúpulos. - Gritou e o encarei.

- E se não for? Se Loren tiver matado essa mulher pai, o que pretende fazer? - Perguntei novamente e meu pai se aproximou levantando-me pelo braço.

- Não foi ela Rayna, eu sei que não foi. - Abaixei a cabeça olhando para a sua mão que apertava com força meu braço e engoli em seco. - Lia fará um pronunciamento amanhã, ressaltando as qualidades da mãe e os motivos para as pessoas não acreditarem nessa atrocidade, você fará um no dia seguinte.

- Eu não farei. - Afirmei.

- O quê?

- Eu não farei o pronunciamento.

        Harry/L.

Desliguei a TV do escritório ainda um pouco surpreso com as recentes notícias e peguei meu celular tentando ligar para Rayna e caiu na caixa postal. Suspirei inquieto levantando-me do sofá e Rubi apareceu na porta.

- Rayna não voltará hoje? Eu soube que ela ainda está na mansão.

- Tem alguém com ela?

- W e U. - Avisou e assenti.

- Eu não sei, parece que as coisas estão um pouco complicadas agora a BPS entrará sob investigação assim como a primeira-dama.

- Eu não sei quem fez isso, mas acertou a família em cheio. - Comentou.

- Acho que eu tenho uma ideia de quem fez isso. - Murmurei olhando novamente para o meu celular.

David queria me encontrar amanhã pela manhã, mas se tudo isso tem alguma ligação com a Rayna Loren logo descobrirá e eu não posso deixá-la desprotegida.

"Você sabe não é L? Como o mundo dos negócios e da política pode ser perigoso. Quando a cabeça de um poderoso está a prêmio, ela acaba sendo entregue em uma bandeja de ouro."

"Se os peões são aqueles que morreram pelos seus reis, vencerá o lado que tiver os peões mais fortes e não o que tiver mais."

- Parece que o xeque-mate está mais próximo do que imaginei.

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Espero que gostem, até o próximo capítulo. Beijinhos :)