CAPÍTULO 8

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JOÃO AUGUSTO

Eu poderia colocar a culpa na bebida, mas eu não estava bêbado.

Longe disso.

Eu estava completamente ciente da mulher nos meus braços. Da mulher linda e gostosa nos meus braços.

Eu agia como se estivesse em transe, o que era possível, pois aquela mulher de sorriso alegre e nariz arrebitado havia me hipnotizado na cara dura.

Tudo o que eu podia fazer era ficar ali e aceitar suas ordens, acatar seus desejos e rezar para ser parte deles.

Eu pensei que só tava alimentando

Uma loucura da minha cabeça

Mas quando ouvi sua voz, respirei aliviado

Tanto amor guardado tanto tempo

A gente se prendendo à toa

Por conta de outra pessoa

Só dá pra saber se acontecer

Era amor? Não era amor. Mas já fazia um tempo que ela estava ali nos meus pais e tudo o que eu fazia era pensar nela.

Querer ela.

É, e na hora que eu te beijei

Foi melhor do que eu imaginei

Se eu soubesse tinha feito antes

No fundo sempre fomos bons amantes

Será que ela pensava o mesmo que eu? Que queria me beijar tanto quanto eu queria beijá-la?

A música continuava e ficávamos ali balançando junto com a letra, lentamente.

Arrisquei e coloquei minha mão na sua nuca, aproximando seu rosto mais perto do meu.

Cara, seu cabelo era tão macio, seu rosto tão lindo, e aquela boca...

Quando a minha boca encostou na dela, eu senti como se um choque tivesse passado pelo meu corpo. Algo tão eletrizante, que me vi atacando sua boca e quando nossas línguas se encontraram, eu enlouqueci.

Eu podia sentir o gosto da tequila, e eu queria provar mais.

Seu cheiro de morangos não ajudava nada.

Deus, se esse era o cheiro dela, imagina o gosto dela ?

Cléo me agarrou como se me quisesse tanto quanto eu a queria. Como se estivesse enlouquecendo junto, mas do nada me afastou e tudo o que eu podia era ficar olhando atordoado para aquele rosto com os lábios inchados do meu beijo.

- E-e-eu não posso, João Augusto. – Ela passa os dedos pelos lábios inchados como se não acreditasse.

Eu aperto meu controle na sua nuca e a faço me encarar.

- Não pode o que, querida?

Ela parecia tão surpresa quanto eu pelo apelido.

- Isso... – ela balançou o dedo entre nós. – Não pode voltar a acontecer. – E saiu em direção ao banheiro, e eu deixei.

Ainda chocado, mas finalmente saindo da minha nuvem de luxúria do caralho.

O que merda eu tinha acabado de fazer?

Arregalei meus olhos.

Eu estava tão ferrado.


CLÉO

Eu joguei a água no meu rosto e olhei meu reflexo no espelho.

Meu Deus, o que eu estava fazendo?

Eu estava ali para arranjar uma noiva para ele e não ficar me agarrando com ele.

Foi aquela música estúpida e a droga da tensão sexual que parece surgir sempre que eu estou muito perto daquele idiota.

Um idiota que beijava muito bem...
Fiz cara feia para o meu reflexo. Meu subconsciente não estava ajudando em nada.

Nada de ficar pensando no beijo dele!

Ou como os lábios dele eram tão gostosos de morder e...

CHEGA, CLÉO!

Ele devia estar pensando que eu estava demorando demais...
Ou talvez tenha me acovardado e pensado em fugir.

Ok, talvez eu tenha me acovardado e pensado em fugir, mas fingiria. Sairia dali como se nada tivesse ocorrido, e se ele tocar no assunto, eu peço para esquecermos e deixar para lá.

Era o melhor.

Mesmo que o melhor me desse uma pontada no coração.

Que merda.

Abri a porta pronta para enfrentar o que fosse.

Mas não estava pronta para encarar um cara provavelmente bêbado, me encarando com um olhar de malícia nos olhos.


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Esse capítulo é pequeno mesmo, mas é o que vocês mais esperavam, hahaha.

O próximo vai ser melhor ainda. Hmmmm
Cadê as torcedoras do casal?

VOTEM! COMENTEM!

ps: Me perdoem pela demora, eu estava em semana de provas e fiquei muito cansada até para pensar.

Um imenso abraço,
Dands.

AMARRANDO O COWBOY (COWBOYS #1)Where stories live. Discover now