CAPÍTULO 20

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CLÉO

As lágrimas nublavam a minha visão.

Como eu pude ser tão idiota? Eu sabia que tinha que contar para o João Augusto antes que ele descobrisse, e eu achei que ele poderia me perdoar, já que eu sentia que ele estava apaixonado por mim também.

Mas eu estava enganada, tremendamente enganada.

- Oh minha filha, não fica assim. – Dizia Dona Lúcia enquanto me abraçava.

Me afastei um pouco dela e enxuguei o rosto cheio de lágrimas.

- Ele não vai me perdoar, eu sei que não vai. – Eu suspirei. – Ele disse que precisava pensar, mas já sumiu tem horas e se...

Meu celular toca e eu corro para pegar, já acreditando que podia ser o João Augusto, entretanto, quando eu vejo, é algo horrível, pior do que eu podia imaginar.

Eram fotos. Fotos do meu João Augusto e a vadia da Vitória.

Eu não queria acreditar, queria crer que era uma montagem ou algo do tipo.

Aquilo só podia ser photoshop não é mesmo?

Mas tinha um vídeo também, um dela sorrindo diretamente para a câmera, vitoriosa e dizendo: 'perdeu vadia".

Talvez eu tenha perdido mesmo.

Risca o talvez, eu realmente perdi dessa vez.

Eu era uma idiota das idiotas.

Esse era o fundo do poço, e eu não via como poderia sair dali.

*

JOÃO AUGUSTO

Assim que eu consegui gritar o suficiente com a Vitória por estragar a minha vida de novo, e a idiota tentar me convencer com suas lágrimas de crocodilo, eu corri daquele quarto do inferno e fui para casa.

Eu precisava da Cléo.

Conversar com ela, saber se ela esta bem e pedir perdão.

Eu era o idiota supremo de todos os idiotas.

Como ela poderia me perdoar? Como?

Eu a tratei mal e ainda a trai com a pessoa que ela odeia!

Eu iria me rastejar se fosse preciso.

Minha cabeça ainda latejava quando eu cheguei em casa, mas piorou quando eu não vi a caminhonete antiga do meu pai na garagem.

Um pressentimento horrível me atingiu, mas eu resolvi colocar para escanteio enquanto eu ia em direção a porta, mas antes que eu pudesse entrar, minha mãe com um ar indignado saiu.

- Não foi assim que eu te criei, João Augusto Neto.

- Mãe, eu juro que depois conversamos, mas eu preciso conversar com a Cléo e... – Ela me corta.

- Ela foi embora.

Eu estaquei na hora, e me virei para ela.

- Ela foi embora? Como assim? Por que você deixou?

- Como assim, eu deixei? Você acha que eu ia deixar uma menina completamente desiludida e triste esperando o meu filho idiota? – Ela disse enquanto me batia com uma colher de pau.

- Para mãe, eu posso explicar.

- Então, explica. – Ela parou de me bater e cruzou os braços me encarando.

Eu contei tudo o que aconteceu, até a parte em que eu acordei com a louca da Vitória do lado, o que me rendeu mais pancadas na cabeça.

- Você ficou louco? Você é um idiota mesmo, por isso eu tive que criar a conta e tentar arrumar alguém pra você e mesmo quando esse anjo cai do céu, você consegue fazer o impossível e estragar tudo.

- Você acha que eu não sei que estraguei tudo, mãe? Você acha que eu estou aqui para que? Eu vou rastejar se preciso, mas eu vou ter ela de volta.

- Vai mesmo? Vai trazer ela de volta?

- Sim, mãe. Eu prometo.

- Ok então, eu vou contar onde ela está.

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Eu sei que ta curto esse capítulo de hoje, mas é porque segunda tem mais e é grande, hahaha.

Estamos no fim meninas e eu não sei  por onde começar a agradecer a todas vocês pelo carinho e os comentários no último capítulo.

Tem história nova vindo por ai, se preparem...

Um abraço,
Dands.

AMARRANDO O COWBOY (COWBOYS #1)Onde histórias criam vida. Descubra agora