do you love me?

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Afinal, por que a matemática é tão necessária assim no nosso cotidiano?
Uma aula na semana não é o suficiente, não, temos que ter praticamente todos os dias aquela droga de matéria nos infernizando.

Definitivamente a pior matéria, juntamente com todas as outras que exijam a mesma.

Eu estava estudando para a prova de matemática que teria no dia seguinte, na qual eu já tinha falhado antes mesmo de tentar. Estava quebrando a cabeça com todos aquelas equações sem sentido ou utilidade que me foram forçadas a aprender. Mas se eu tirasse nota baixa naquela prova, é provável uma recuperação instantânea.

Estava quase por entender o assunto quando minha concentração foi interrompida por um pequeno barulho na janela a minha frente.

Levanto de imediato, me pondo entre o espaço que dividia a mesa da parede abaixo da janela. Separo as cortinas e enfim abro a janela, ficando ainda mais confuso quando vejo Jimin no gramado do jardim.

- Hey, desce aqui! - Jimin suplicou. Estava com uma mochila não tão grande nas costas, segurando as duas alças da mesma com força.

Ok. O estresse foi tanto que cheguei ao ponto de imaginar coisas? De qualquer forma, vamos checar.

- Tem uma chave extra dentro do vaso de girassóis.

Antes mesmo de Jimin colocar os pés no quarto, eu pude sentir o seu habitual aroma de ômega entrando pelas brechas da minha porta.  Era como se ele tivesse gastado todo o seu frasco do perfume mais doce em sua roupa.

Em questão de minutos Jimin estava á minha porta. Jamais conseguiria descrever a minha mente ou a batida anormal do meu coração naquele momento.

- Pode entrar...

A situação era diferente quando o Jimin estava tomando uma atitude, eu já não tinha mais toda aquela firmeza e confiança de antes.

Quando Jimin finalmente passou pela porta, a fechando em seguida com uma expressão normal e relaxada, Monie, um de meus cinco gatos, se enroscou ligeiramente na perna dele, quebrando inconscientemente um pouco da tensão.

•••

Jimin estava literalmente em minha frente, sentado do outro lado da pequena mesa baixa localizada no meio do quarto, olhando o chão através do vidro da mesa com seus cotovelos apoiados na mesma e seu rosto entre suas mãos.

E o olhando dali, naquela distância mínima, conseguia ver perfeitamente os seus detalhes, traços e trejeitos. Não era como vê-lo pela tela de um notebook, era concreto e real. Sentia que se o tocasse, sua estrutura se desmancharia como uma perfeita ilusão em um deserto. O seu cheiro era suave e intenso ao mesmo tempo, quase conseguia vê-lo voando pelo cubículo chamado meu quarto, dando giros em volta de Jimin como uma aura brilhante.

Subitamente e de forma decidida, Jimin mudou sua posição, juntando suas mãos em cima da mesa e olhando fixamente para mim com um olhar desafiador. A distância era tão pouca que se caso Jimin inclinasse um pouco nossas testas se chocariam.

Retirou bruscamente uma garrafa de dentro da sua mochila, quase trincando a mesa com o impacto dos vidro quando colocou sobre a mesma.

- Mas que por... - Indaguei, mas não prossegi.

- Minha avó costumava dizer que tudo se resolve quando se está bêbado. É quando você expressa os seus sentimentos totalmente sem medo.

- E onde está sua avó agora?

- Ela morreu... Mas essa não é a questão.

Dei uma risada nervosa, mais puxada para o desespero total.

Satélite Jeon | jikookDove le storie prendono vita. Scoprilo ora