The Payment |Z. M.|

Dezoito

Ele sai e após alguns minutos volta com uma garrafa de vinho e duas taças, se senta ao meu lado e me entrega uma das taças servindo um pouco.

"Eu espero que goste de vinho." O moreno diz em tom baixo largando a garrafa na mesa de centro.

"Eu gosto mas tomo pouco" sorrio.

"Eu nem lembrei que você poderia não gostar. Mas eu queria fazer algo legal pra me desculpar." Ele suspira.

"Eu já te desculpei por ontem, por mais que ainda tenha medo de você." Suspiro baixo bebendo um gole do vinho.

"Você não precisa ter medo, hoje a noite é só nossa, ninguém vai nós atrapalhar aqui."

Ele liga a tv procurando um filme, por azar era de terror e eu tenho pavor de filmes de terror mas não quis estragar com tudo. Enquanto olhavamos o filme bebiamos o vinho, estava coberta com uma manta que ele havia trazido para nós nos cobrirmos.

Seu perfume exalava ao meu lado e eu prestava mais atenção nele do que ao filme, já que eu não gostava nem fazia tanta questão.

Me estico largando a taça na mesinha de centro e sorrio me encolhendo mais, o abraçando.

"Podemos ficar aqui todos os dias?" Murmuro beijando seu pescoço.

"Não dá, amor" ele sorria.

"Ah não" faço bico o olhando.

"Vou fazer algo pra gente comer." O moreno murmura

"Você cozinha? Não acredito" rio fraco.

"Jauregui vai provar dos meus dotes culinários"

"Você não vai colocar veneno na minha comida né?" Gargalho.

"Ahh relaxa, não sou capaz disso com você." Ele diz levantando.

"Eu tava brincando​." Me levanto com ele.

"Pode ficar aí se quiser" ele vai indo para a cozinha.

"Eu quero ficar contigo, te aproveitar enquanto está assim." Suspiro indo com ele.

"Tudo bem" ele começa a pegar as coisas.

"Zayn posso te perguntar algumas coisas?" Digo baixo com receio.

"Pode mas só se eu puder negar de responder alguma que eu não queira." Ele ri.

"Claro, eu vou te entender." Sorrio.

Me sento na bancada da cozinha o observando, seus movimentos calmos, a atenção com a comida, ele era outra pessoa nessa casa.

"Psiu" rio baixo o puxando com a perna.

"Não vai me perguntar nada Jauregui?" Ele diz fitando meus olhos.

"Calma" murmuro o pondo entre minhas pernas.

"Ah garota não venha me provocar mais" ele murmura se aproximando mais.

"Você é um gostoso da porra e fica lindo cozinhando, tão cuidadoso." Sorrio de lado acariciando sua nuca.

"Você é a morena mais gostosa e fica linda todos os dias" ele murmura.

Um breve sorriso escapa de meus lábios e os dele também, estava tão bom ficar aqui.

"Eu não sei mais o que dizer." Murmuro.

"Não diz nada" ele sussura e logo seus lábios estavam de encontro ao meu.

Nossas respirações misturadas, nossos lábios roçavam um no outro e a vontade de nos beijar só aumentava, mordo seu lábio e sorrio abraçando seu pescoço. Vou acariciando sua nuca de leve e o beijo calmamente, suas mãos passavam pelo meu corpo e seus lábios entravam em perfeita sintonia com os meus, ele me puxa mais pra ele e eu entrelaço minhas pernas em sua cintura arranhando sua nuca de leve.

Hoje estava sendo tão incrível, seus toques, seu jeito, eu estava encantada em como ele pode ser o homem mais incrível do mundo e as vezes se transforma em um homem terrível.

Senti seu suspiro e logo ele tenta se afastar mas eu o seguro com minhas pernas.

"O que foi?" O olho.

"Nada, só não quero queimar a comida." Ele disfarça.

Deixo ele sair mas me levanto dá bancada indo atrás dele.

"Embora nos conhecemos pouco eu sei quando algo te incomoda e hoje eu não quero incomodar em nada." Suspiro o observando.

"Lau, não é nada, são coisas minhas relaxa."

"Tá tudo bem moreno" rio fraco o abraçando.

Após o abraço nos soltamos e o silêncio reina.

"As perguntas, eu posso?" Murmuro.

"Claro, com aquela condição" ele ri.

"Ótimo, eu quero saber por que entrou nessa vida de tráfico?" Suspiro.

"Pergunta pesada Lauren...."

"Tudo bem, desculpa." Passo a mão no rosto e saio dá cozinha.

Após alguns longos minutos sentada sozinha olhando para o fogo da lareira, o moreno se senta ao meu lado.

"Eu era um adolescente, morava em uma mansão, meu pai tinha uns 15 carros na garagem de todas as marcas mais caras do mundo, ele tinha a carteira gorda de dinheiro, minha mãe vivia cheia das jóias de melhor qualidade que ele a presenteava.. Eu cresci e cheguei em uma certa idade que meu pai foi me mostrando de onde saía tanto dinheiro e quando eu tinha 19 anos, invadiram nossa mansão, eu fugi com minhas irmãs para protege-lás e quando voltei meu pai estava morto, na sala de casa. Ele deixou uma carta escrita em seu escritório para mim e eu me lembro exatamente o que estava escrito." Ele suspira pesado limpando o rosto.

"Zayn, tá tudo bem. Calma." Murmuro o abraçando.

"Na carta ele dizia várias coisas que não quero falar agora e no final ele dizia para eu ser seu substituto, afinal ele era o dono da porra toda"

"Nossa, você foi corajoso mesmo vendo o que aconteceu com seu pai no final seguiu o mesmo caminho" murmuro me sentando em seu colo.

"Eu fui idiota" é tudo que ele diz.

Vejo uma pequena lágrima escorrer em sua bochecha e suspiro baixo a limpando.

"Shh, você é corajoso amor. Olha o que fez? Cuidou da sua família e do dinheiro, cumpriu seu dever." Selo seus lábios.

"Não totalmente." Ele murmura me abraçando fortemente.

"Sabe, eu não devia ter te perguntado nada, como fui idiota. Eu estou aqui contigo moreno e vou ficar até quando você quiser e se um dia tentarem te fazer algum mal, eu não vou deixar." murmuro acariciando seu rosto.

"Não minta pra mim, a primeira oportunidade que tiver de fugir você vai e quer saber? Eu vou deixar você ir, não quero que sofra como minha mãe sofreu quando perdeu meu pai."

"Zayn deixa disso, você acha que eu vou querer fugir mesmo? Olha você, poxa, achei que confiasse em mim. Eu vou ficar e vou te cuidar quando se machucar como naquela noite." Digo baixo e saio do seu colo.

"Eu queria muito confiar mas eu sei que eu não presto pra você."

"Mas eu gosto porra" rosno o olhando.

"Droga morena você é insistente de mais se parece comigo." Ele sorri.