XXCVIII

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O fogo subia pela corda que nem um furacão, porque a corda tinha caido na lava.

Eu estava sem ar, sem fôlego e sem nada, e o fogo continuava a subir, minha mão ia escorregando e eu já estava aflita.

Mas o receio, o medo, a apreensão, tomaram conta de mim, e eu ganhei forças que sinceramente não sei de onde vieram, apenas sei que eu comecei a trepar da minha maneira aquela corda, que nem um macaco, quando vê uma banana lindinha e gostosa lá no topo da bananeira.

Não sei como e nem em que instante eu consegui chegar a ponte degradada e me atirei ali exausta.

- ufff...- suspiro. Eu já não me aguento.- ai..ai ai ai...- suspiro, e sem mais um segundo sequer para poder recuperar o fôlego o fogo consome a corda de uma forma magnífica, e ao entrar em contacto com a ponte degradada, provocou uma espécie de explosão fazendo o chão começar a rachar-se.

- Aiii, santo Deus...- murmuro quase chorando, e me levanto, correndo que nem uma louca, fugindo do chão que pouco a pouco ia caindo pra a lava e ia sendo engolida, de certeza que eu não quero estar no lugar desse chão.

Vou correndo, e do nada quando estou quase chegando ao fim, quando estou quase chegando lá, lá no ponto. O local todo decide tremer, o chão começa a tremer, e eu fico barralhada ao correr, porque pedrinhas iam caindo, o chão se rachava ainda mais, eu estava sem fôlego sem absolutamente nada, com um forte tremor, eu caiu, eu estava a ponto de chorar, do nada, do nada mesmo, uma pedra enorme, e quando eu digo enorme, eu digo enorme mesmo, cai bem na minha frente quase esmagando os meus dedos, e destrói o meio da ponte, uma boa parte caiu naquela maldita lava. E o chão a restante a minha trás já estava se destruindo e não faltava nem 1 minuto pra cair.

Arrumo forças e me levanto destroçada, fora de mim, e vejo que não existe outra maneira a não ser saltar, pra tentar chegar a outra parte restante, ou esperar morrer aqui cozida, frita e assada.

Bem acho melhor a primeira opção. Arranjo forças dos céus, porque garanto que de mim não vieram e salto o mais alto e rápido que posso.

Infelizmente não consigo chegar a ponte, e quase caiu pra a lava, se não fosse a mão que continuou estendida no ar ao saltar e consegui segurar uma parte da ponte.

Meu coração bate mais rápido, faço um pequeno esforço com o corpo e consigo encaixar a outra mão em cima da ponte mas logo escorrega quando uma parte do chão se degrada. A esse ponto eu estava desesperada pois estava sem nenhuma força,  estava exausta, calorenta, estava completamente fora de mim, estava sem ar e desesperada, a minha mão começa a escorregar, mas...mas eu não posso me deixar ir assim, tenho muita coisa por fazer, e se for pra morrer não assim...não assim.

O desespero impulsionou as minhas forças,  o que me fez colocar a outra mão outra vez encima da ponte degradada, impulsiono muitíssimo o meu corpo mas felizmente, consegui me atirar para cima da ponte.

- uff..- solto um suspiro de meio alívio, mas logo sinto meu pé querendo escorregar, e vejo que o chão já vai se degradar, sem mas demora e com muito esforço, corro e corro, até chegar a uma espécie de túnel, mas quando eu ia passar por lá, um monte de pedras tapam a única saída que tem ali.

- Meu Deus me ajuda!-  peço desesperada.

O chão tremia, a saída fechada, do nada toda a ponte desaba e cai na lava, e não sei que efeito causou isso, mas a lava começou a subir.

Em meu humilde desespero nem sequer pensei duas vezes, apenas fui puxando as pedras da saída com a força que me restava, quando consegui abrir um pequeno caminho me apresso a passar por lá,  e me atiro no chão...

Exausta, é como eu me sinto agora, estou sem forças e sem nada, nem sei se consigo controlar meu corpo, se o primeiro desafio é assim, imaginem os outros. Acho melhor eu começar a preparar meu discurso para a despedida.

Ouço um estrondo por detrás da entrada, fazendo todo chão tremer.

Apenas agradeço a Deus por ter me feito conseguir superar isto daqui.

Bem se eu continuar deitada aqui, sou capaz de dormir aqui mesmo, mas tenho que ir procurar aquele maldito espirito só pra lhe mostrar, quem ainda esta vivissíma da silva.

Me levanto com dificuldade, e vou andando pelo corredor sombrio, com pouca iluminação, apenas com poucas tochas acesas durante o percurso do corredor.

Do nada entro numa câmara, bem gótica por acaso. Mas até nem me assusto depois do que eu acabei de passar a minutos atrás.

Nessa câmara, no centro têm apenas um pedra enorme com escritas em grego, e bem lá no fundo um tipo de gargola em estátua enorme, mas nada.

Isso é estranho...

Olho ao redor, e não vejo nada e nem ninguém. Estou com medo.

- Eiii- minha voz fraca ecoa- está alguém aí- continua ecoando, do nada vejo olhos vermelhos assustadores e sombrios me encarando, me fazendo peranbular para trás de susto.

- Olha se não é ela mesmo.- ele diz num tom de ironia, e eu reviro os olhos.

- Em corpo e alma- digo num tom agressivo.

- Igual a mãe.- ele diz e um arranhão se abriu em meu peito.

- Você conheceu a minha mãe?- pergunto.

- Claro- ele diz num tom óbvio- como achas que ela recebeu o pleno poder dela?- ele diz.

- Por outro espírito e não por um tão insensível como você.- respondo.

- Como se você fosse diferente.- ele diz flutuando para lá e pra cá, e eu reviro os olhos.

- Porquê você demorou para aparecer?- pergunto irritada.

- Estava descansando pr'a pensar em quem eu vou assombrar- diz e eu reviro os olhos- na verdade eu pensei mesmo, que você já estava morta.- ele diz e eu sorriu em forma de deboche.

- Sim, me querido, mas pra a sua infelicidade eu estou vivissíma da silva.- digo e ele sorri.

- Já esperava isso de uma Vandunne- ele diz me surpreendendo..literalmente.

- ...- antes de eu falar ele me interrompe enquanto se direcciona para a pedra.

- Bem, querida Ashley Vandunne, não sei se passará as outras provas, mas como a minha obrigação de espírito guardião, eu tenho que conceder uma boa parte de seu pleno poder, por ter concretizado aquela prova com sucesso.- ele diz- para tal, você terá que ler a escritura da pedra.- ele diz...hehuein parece que baixou a bola dele.

- Se é assim que deve ser....- digo me aproximando da pedra, mas ele fala:

- Ashley- fala e eu o encaro- uma vampira não pode se entregar totalmente aos sentimentos, por vezes você terá de parar de sentir pra não sofrer, por isso continue sendo quem você é....insensível.- diz, eee não é que a bola dele baixou mesmo, eu apenas assinto o estranhando, hehuein, espírito bipolar.

Olho para a escritura da pedra e sem pensar muito, falo:

- Chaķra mänþą ćöřobaba ßącra...- falo com os olhos fechados, mas assim que acabo abro os olhos, mas vejo que tudo está escuro e eu não vejo nada, do nada um raio de luz forte aparece do nada, parecia até que andava, a luz foi aumentando, que quase encadeava os meus olhos, mas assim que me cobre por completo, uma estranha vibração percorre por todo o meu corpo que ne formigueiro, foi como se algo em mim estivesse aumentando, aumentando e aumentando, meu corpo ardia hipoteticamente, eu estava fora de mim, apenas sentindo fortes sensações se apoderando do meu corpo, como se eu já não tivesse domínio sobre ele, e de repente tudo se apaga.

Prometida de um Vampiro. - REVISÃO.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora