t h r e e

9.5K 1K 1K
                                    

Jungkook sentia-se um tolo dos séculos antigos.

No romantismo, uma das características é idealizar a pessoa amada, coloca-la em um pedestal e imaginar que a perfeição é ela. Nos tempos atuais a gente ainda faz isso. Não só com a pessoa amada, com qualquer pessoa, desde a que a gente conhece na rua, na escola, trabalho ou internet, nós romantizamos ela.

Para termos um amor platônico, basta a pessoa ser bonita, ou gostar de uma coisa em comum. A palavra amor não esta exercendo seu real papel. Hoje em dia as pessoas e os sentimentos são substituíveis.

Romantizamos tanto até quebrar a cara, até cairmos no realismo. Outra 'casa' literária, na qual é a realidade. Depois de passar a fase do romantismo do tudo de melhor, de pessoa perfeita, a realidade aparece e "broxa" tudo.

Vemos como a pessoa é, se ela realmente é perfeita - muitas vezes não - e decidimos se devemos continuar amando e colocando-a em um pedestal. Jungkook fazia varias teorias, sobre isso enquanto Yoongi descobria as coisas, e com uma única informação passou do romantismo para o realismo.

— Ele é hétero e casado com uma mulher chamada Kang Seulgi – Yoongi disse e olhou para Jungkook.

— Eu podia imaginar – Jungkook disse e olhou para o computador — Continue.

Yoongi terminou as pesquisas, o moreno anotava tudo de mais importante. Já era madrugada quando os dois foram dormir. Jungkook não conseguia, ele tinha realmente se sentido atraído por Taehyung e a informação que ele tinha uma família - no caso só a parte da esposa - foi como um tapa.

O moreno esperou dar o turno da tarde, onde Dr. Donghae não estaria na CTE, e foi até a cela de Taehyung, abriu a grade, o menor olhou para ele e sorriu.

— Oi – Jungkook disse.

— Jungkook! O que você descobriu? – Taehyung perguntou.

— Calma. Primeiro, como passou a noite? – Jungkook riu e pergunto.

— Bem, mas por favor, me conte! – Taehyung quase implorava.

— Você é casado. Kang Seulgi – a tristeza na voz de Jungkook era evidente — Trabalhava como professor de musica e dava aulas de piano e violão para conseguir pagar a faculdade de musica. Era doador de sangue, acredito que por esse meio você veio parar aqui. Tem duas irmãs e um irmão. Morava em Busan, mas se mudou para Seul faz alguns anos.

Jungkook dizia tudo e Taehyung parecia assimilar, lembrar algumas coisas e ficar confuso com outras. O maior deu uma pausa pra Taehyung processar todas as informações que estava recebendo.

— Mais alguma coisa? – Taehyung disse.

— Isso é o mais importante e de alguma forma especial, se você tiver alguma duvida – Jungkook deu de ombros.

— Como ela é? – Taehyung perguntou.

— Seulgi? – O menor assentiu — Ah, ela é bonita, magra, alta, cabelos castanhos, tem bom gosto – Jungkook disse.

— Eu consigo lembrar de tudo, menos dela – Taehyung disse.

— Você lembrará – Jungkook disse e sorriu fraco.

Terminou a conversa com Taehyung e foi fazer suas obrigações, ele sabia que não deveria ficar feliz com isso mas, o fato de Taehyung não lembrar da esposa o deixou feliz, muito feliz. O moreno resmungo quando entrou na sala, tinha uma leva nova de pessoas para cadastrar.

Taehyung pov.

Eu me sentia um bicho. Um animal em cativeiro. Esse lugar é horrível, todas as pessoas são horríveis. Eu acredito que a minha vida está prestes a acabar.

Neophobia | TaekookWhere stories live. Discover now