Capítulo 15

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Alexandre acomodou Daniel no banco e guiou o mais rápido que pode para o Hospital onde trabalhava. Durante todo o percurso, dividia seus olhares entre a estrada e para Daniel, que parecia dormir como um anjo, livre de qualquer preocupação. Quando chegou, já havia alguns enfermeiros a sua espera na entrada que prontamente colocaram Daniel em uma maca e o levaram para a emergência. Mesmo sendo seu dia de folga, Alexandre trocou rapidamente de roupa e fez questão de examinar seu paciente desconhecido.

Sua preocupação logo foi desfeita, após detectarem que Daniel não havia sofrido nada grave, apenas uma batida na cabeça, que o deixou desmaiado, mas mesmo assim, acharam prudente pedir mais alguns exames, quando ele acordar.

Enquanto Daniel dormia, Alexandre se aproximou, limpando o ferimento em sua testa e de maneira delicada, aplicou um anestésico para evitar faze-lo acordar com dor e em seguida deu os pontos em seu ferimento, fazendo um curativo em seguida.

Alexandre – Ainda bem que não foi nada demais.

Enquanto Daniel permanecia deitado, dormindo, Alexandre abriu sua carteira, como se quisesse encontrar algum dado dele, um telefone pra avisar pra alguém. Mas a primeira coisa que descobriu foi o nome daquele estranho.

Alexandre – Daniel!!! Alexandre repetiu o nome, olhando para a carteira de motorista dele, mas voltou a se preocupar, mesmo sendo apenas uma pancada, ele já deveria ter acordado. Constatou também que Daniel trabalhava na fábrica que ele tinha ido visitar.

Voltou a passar a mão no rosto de Daniel, sentindo seus batimentos, sua pulsação. Sua preocupação só aumentava, mas em segundos tudo passou, Alexandre abriu um enorme sorriso quando Daniel começou a abrir os olhos diante dele.

- Ei, acorda ai.

Alexandre – Que susto cara!!!

André – Esta sonhando é?

Alexandre – Nossa, acho que cai no sono.

André – O que você esta fazendo aqui?

Alexandre – Ei, isso é jeito de falar com seu irmão?

André – Foi mal cara, mas o que você veio fazer aqui a essa hora? Esta de folga hoje?

Alexandre – Fui fazer um trabalho meio longe e cheguei cansadão.

Alexandre – Ah mamãe me ligou, pediu pra eu vir aqui, ver se você esta bem.

André – Sua mãe não tem jeito hein!!!

André – Ela também me ligou, pediu pra eu ir ao seu ape e ver se você esta bem.

André – Acabei de vir de lá, dei com a cara na porta né.

André – Vai dormir aqui hoje?

Alexandre – Não sei cara.

André – Vamos aproveitar que a mãe não está e vamos fazer uma festinha. Conheci umas gatas, cara é show de bola.

Alexandre – Nem vem cara, não vai transformar a casa em motel.

André – Deixa de ser chato Alexandre, você esta é precisando namorar, transar.

Alexandre – Eu estou é precisando é encher sua cara de uns tapas.

André – Sabe quem vem aqui perguntar direto de você? A Gabriela.

Alexandre – A mãe ainda não desistiu de me casar com ela?

André – Bom, se você não vai pegar, então larga o osso, porque eu quero.

Alexandre – Quando você vai crescer hein André? casou, separou, você não sabe o que quer.

André – E você sabe o que quer?

Além da Vida (Romance gay)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora