Capítulo 74

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Com as mãos unidas e chorando, Roberto voltou a repetir.

Roberto – Por favor, eu suplico, me perdoe.

Daniel ficou totalmente sem ação, nem mesmo nos momentos que odiou aquele homem, quando brigaram, ele imaginou uma cena como aquela. O todo poderoso empresário, ali, de joelhos aos seus pés, implorando seu perdão.

Roberto – Me perdoe, me desculpa por tudo que fiz.

Roberto – Eu errei, já reconheci meus erros faz tempo, mas depois de hoje, acho que só posso fazer isso, me ajoelhar diante de você.

Alexandre queria resolver aquela situação, mas também ficou sem ação, sem saber que atitude tomar.

Daniel – Por favor, pare com isso.

Olhando para Roberto, Daniel lembrou quando fez o mesmo com ele, se jogando aos seus pés, implorando para ver Thiago na UTI.

Por um momento sentiu uma satisfação, que não durou nem milésimos de segundos. Por mais que tivessem brigado, se odiado, aquela cena não trazia nenhum tipo de mérito para Daniel.

Daniel – Levante-se, por favor.

Roberto – Não, lhe devo isso. Preciso do seu perdão.

Alexandre – Por favor tio, vem comigo.

Roberto resistiu, mas Alexandre conseguiu tira-lo do chão. Daniel não quis permanecer ali e foi para o quarto.

Alexandre – Calma pai.

Roberto – Meu filho me amava, ele nunca me odiou.

Roberto – O meu menino....

Alexandre – Claro que ele te amava, se eu que o conheço há poucos anos, o amo como se fosse meu pai, imagina ele então.

Roberto – Eu errei tanto...

Alexandre – Mas nunca é tarde para recomeçar.

Alexandre – Pai, a vida deu uma segunda chance para todos nós.

Alexandre – Acho que esta na hora de aproveitarmos e superar de vez as magoas do passado.

Roberto – Eu o humilhei tanto e justo ele me deu a maior felicidade que eu poderia ter, me deu a paz de espírito que eu não tinha desde a morte do meu Thiago.

Roberto – Porque ele fez isso? Ele poderia me deixar carregar essa amargura para sempre.

Alexandre – O Daniel fez isso porque ele é um cara fantástico.

Alexandre – Acho que não foi atoa que ele entrou no caminho meu e do Thiago.

Roberto – Será que um dia ele me perdoara?

Alexandre foi para o quarto e Daniel parecia estar com muita raiva, com os olhos vermelhos.

Daniel – Droga, por quê?

Daniel – Eu sempre sonhei em vê-lo se ferrando, mas agora não sinto nada.

Daniel – Não consigo me vangloriar com isso.

Alexandre – Ei, você não é assim. Não adianta querer sentir raiva, você é um cara bom meu amor.

Alexandre o abraçou, beijando seu rosto.

Alexandre – Daniel, sinto tanto orgulho de você.

Alexandre – O que você fez não tem preço, foi de uma nobreza sem tamanho.

Alexandre – Nem tente querer ser mal, ruim, você não irá conseguir nunca.

Roberto ainda estava na sala, despertando quando Alexandre voltou do quarto abraçado com Daniel.

Além da Vida (Romance gay)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora