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Todos viraram para encarar o rapaz que usava uma calça preta e uma camisa da mesma cor. O contraste da roupa com sua pele branquinha lhe caiu muito bem. Jimin nada disse, embora sua cabeça formulasse milhões de respostas para a ocasião. Tamanha não foi a surpresa quando Taehyung verbalizou a melhor delas.

— Como sabe que essa é a sua filha? Por acaso você a conhece?

Dahyun levou a mão á boca novamente, dessa vez para conter o riso. Hoseok e Taeyang entreolharam-se e desviaram o olhar. O moreno não teve reação e acabou por quase repetir a pergunta para si mesmo mentalmente.

É ela?

— Eu... Eu... — Jungkook tentou se explicar. — Me desculpe, eu só...

— É a sua filha sim, mas não irei tirar as minhas mãos dela. Estou cuidando para que ela não morra, fazendo um procedimento que você como pai deveria fazer e não faz. Agora saia daqui. Quem te deixou vir para cá? A visita é só a partir das 10h. — o loiro disparou.

— Que procedimento é esse que não inclui as suas roupas? — o moreno rebateu, ignorando o pedido de Jimin.

— Park está transmitindo o calor do corpo dele par SunHee. Isso deveria ser feito pela mãe, mas já que ela não está aqui... — Taeyeon explicou.

"E você é um ridículo negligente..." Jimin se limitou a pensar.

— Você pode fazer isso, se quiser. É até melhor, para que ela se acostume com a presença do pai. — a moça sugeriu.

Jungkook sentiu as mãos gelarem e as pernas praticamente cederem. Não estava pronto, não ainda, não podia fazer isso. Ele não sabia como fazer e não se sentia preparado para descobrir. O silêncio se instalou no ambiente, trazendo com ele a tensão. Todos esperavam a resposta de Jeon que abriu a boca várias vezes, na mesma frequência em que olhava para os lados, talvez procurando alguma forma de sair daquela situação.

— SunHee teve algumas paradas cardíacas essa semana e ainda assim está aqui conosco. É uma guerreira, tem do que se orgulhar. — Hoseok disse, fazendo o outro esboçar um pequeno sorriso.

— Se continuar assim, pode sair daqui antes do que imagina. — Taehyung complementou. — Ela não teve mais hemorragias desde a última vez que a vi. E duvido muito que tenha mais alguma complicação grave já que Park assumiu os cuidados por completo.

Jimin viu a feição do homem mudar. O traço de sorriso que havia em seus lábios sumiu e o olhar — quase — intimidador estava de volta. Funcionou, afinal. Jungkook estava com ciúmes da filha e foi exatamente isso que o fez deixar a UTI a passos pesados.

— Ele é pior do que eu pensei. — Taeyeon comentou fazendo uma expressão de surpresa.

— Não entendo porque essa resistência em conhecer a própria filha. — Hoseok comentou inconformado. — Mas cá pra nós, não é todo dia que vemos uma cena dessas, não é mesmo? — o moreno apontou para o loiro e em seguida passou a mão pelo próprio peitoral.

— Vai se ferrar você também. — Jimin riu. — Tem coisas melhores para serem vistas por você aqui nessa sala.

Dessa vez foi Taehyung que mudou o semblante, suas bochechas coraram e ele murmurou alguma coisa. Teria deixado o local se o pager de Hoseok não tivesse apitado, fazendo-o sair.

— Eu vou te odeio, Park Jimin. — o ruivo disse. — Sua sorte é o bebê que está em seus braços.

— Hm, por acaso estou perdendo alguma coisa? — Taeyeon perguntou, alternando o olhar entre os dois amigos.

— Não exatamente... — Park limpou a garganta, discretamente apontando com a cabeça para Dahyun que anotava algo em seu caderninho. — Estou apenas implicando com Taehyung.

little hands ♡ jikookOnde as histórias ganham vida. Descobre agora