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Depois de saírem vitoriosos do tribunal, Seokjin sugeriu que todos se reunissem para comemorar e assim fizeram, com exceção de Jimin. Este sumiu logo após o veredicto, sem chances para perguntas ou questionamentos.

Jungkook era só sorrisos para todo o canto, sabia disfarçar muito bem. Quem o via daquele jeito, não imaginava que por dentro estava devastado. Se sentia feliz por estar ao lado da filha e pela maldade de Hyejin não ter conseguido separá-los, mas por outro lado, sentia falta do baixinho de cabelos loiros.

Após um brinde para comemorar o casamento de Namjoon e Seokjin que havia acontecido às escondidas durante a viagem, o moreno isolou-se na varanda do apartamento do pintor e ali ficou por algum tempo. Pensou que as pessoas estavam distraídas o suficiente para sequer notar sua tristeza.

— O que houve com vocês? — se assustou ao ouvir a voz de Taehyung próxima a si.

— Como assim?

— Você e o Jimin... Estavam tão bem e de uma hora para a outra ele resolveu ir embora. — o ruivo debruçou-se no parapeito, olhando para frente.

— Ele acha que eu sou interesseiro. — tomou um gole da bebida em seu copo. — Que me aproximei dele para ter benefícios ou coisa assim.

— O Jimin é um idiota, mas eu meio que o entendo. Depois de tudo que aconteceu com o Minho, ele ficou fechado por muito tempo, com medo de sentir, de confiar. Essas atitudes são meio que um mecanismo de defesa...

— Eu jamais o usaria, só aceitei que ele pagasse a conta do hospital porque era isso ou ver minha filha morrer. Será que ele pensou nessa possibilidade? Não tinha como ser orgulhoso naquele momento...

— Mas vocês se aproximaram depois disso, não foi? Na festa da Jihyo. — Taehyung o olhou apreensivo.

— Porque eu quis, porque eu me senti atraído... Porque ele tem uma coisa que... — Jungkook encheu os pulmões para dizer algo, mas não conseguiu.

Não sabia dizer o que Jimin tinha feito para ganhar seu coração tão rápido. Não sabia se eram os olhos que se fechavam numa linha quando ele sorria ou se era o próprio sorriso largo que mostrava os dentinhos tortos e adoráveis que ele tinha.

Talvez fosse a gargalhada contagiante ou a expressão fofa que ele fazia toda vez que estava envergonhado. Podem ter sido também os lábios pequenos e carnudos, rosados e convidativos que o deixavam tão desnorteado.

Ou teria sido a personalidade? Seu jeito doce e calmo de lidar com situações estressantes e complicadas? O jeito único que ele tem de tranquilizar cada criança e mãe aflita naquele hospital. A paciência que ele usa para encarar horas de plantão e ainda sair sorrindo.

Jimin era especial demais e Jungkook sabia disso. Tinha um coração que não cabia no peito, mas este estava machucado demais. Ele só gostaria de ter a oportunidade de consertá-lo, assim como Jimin estava o ajudando a curar o seu.

— Por que não tenta falar com ele? De novo? — Tae sugeriu.

— Porque não vai adiantar. — Jihyo se aproximou dos dois. — Jimin precisa enxergar sozinho. Precisa se tocar que se ele continuar recuando na primeira oportunidade que aparece, pode acabar perdendo pessoas que realmente estão dispostas a ficar com ele. — a morena concluiu, roubando a garrafa da mão de Taehyung e voltando para a sala novamente.

Jimin rolou os olhos pela terceira vez em menos de quinze minutos. Conversava com sua mãe por chamada de vídeo no notebook e agora estava tendo que aguentar suas broncas e sermões por conta da quase viagem que não aconteceu.

little hands ♡ jikookWhere stories live. Discover now