4° Capítulo

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  Estava andando na rua, chutando as pedrinhas e brincando com a Mel, quando um cara me para na rua.

- Oi graçinha!_ Fala o homem.

- Oi!_ Falo e tento passar, mas o cara segura meu braço.

- Me solta!_ Mel começa a latir e eu tento me soltar do homem, que me segura com mais força.

- Você vem comigo.

  O homem coloca a mão na minha boca e eu começo a me rebater. Ele me agarra e coloca um pano branco na minha boca. Começo a ver tudo torto, aí tudo fica preto.

Sonho On

  Tudo esta tão calmo e parado. Olho em volta e vejo um laguinho e uma casa bem bonitinha azul. Uma lagoa cheia de peixinhos e outros animais. Aqui esta tudo tão bom, tão...perfeito!

Sonho Off

  Acordo com a cabeça doendo um pouco. Tento me mexer, mas não consigo. Me analiso e vejo que estou presa em uma cadeira. Minhas mãos e pés estão amarradas. Olho em volta e eu estou em um quartinho escuro, o chão e a parede estão cheias de bicho e eu não consigo respirar direito, onde estou? cade a Mel? Nesse mesmo momento um homem entra no quarto e se aproxima de mim.

- Olha como ela é bonitinha. Seria perfeita!_ Fala o homem, e nesse mesmo segundo, um outro cara apareçe na porta.

- É bonitinha, mas espero que seje prática. Vamos!

  O cara desamarra meus pés, e eu tento chuta-lo, mas é inútil. Ele desamarra minhas mãos e eu tento levantar e correr, mas ele me segura com força e tenta torçer meus braços. Eu grito de dor e ele me empurra em direção a porta, ainda segurando meus braços.

- Onde ta me levando?_ Falo quase chorando.

  Ele me ignora e continuamos a andar. Eu só consigo pensar na Mel e o fizeram com ela. Se ela ainda esta lá fora solta, ou se pegaram ela. O cara me empurra para dentro de um quarto, me tirando dos meus pensamentos. E logo em seguida um outro cara apareçe. Ele é feio. Tem uma barba suja e é careca. O cara segura meus braços e me puxa até umas caixas.

- Você vai levar essas caixas, lá pra fora._ Fala o homem segurando uma prancheta.

- O quê?

- Você é surda? Leva a porra dessas caixas lá pra fora.

- Não!

  No que eu falei isso, o homem se aproximou de mim e me deu um tapa muito forte na cara. Senti lágrimas escorrerem sobre meu rosto, e um sentimento de raiva e revolta. Mas o que eu iria fazer? Segundos depois uma porta se abriu atrás de mim, e eu vi que na verdade, eu estava numa garagem. Eu até tentei correr, mais uns caras gordos me empurraram pra dentro de novo.

- Pega essas caixas e coloca dentro desse caminhão._ Fala o homem feio.

  Ele sai da garagem e me deixa sozinha com os dois homens gordos. Eu um dos caras pega uma corda e segura na mão. E o outro me lança um olhar muito assustador. Eu começo pegando a caixinha pequena e vou andando até o caminhão que havia do lado de fora. Olho pro lado e vejo outras crianças. Dou um sorriso, mas aí eu vejo a situação. As crianças estavam gritando e apanhando e outras estavam carregando outras caixas e fazendo outros tipos de coisas.

- Ô! Bora logo aí!_ Fala o gordo.

Eu coloco a caixa dentro do fundo do caminhão e saio para pegar as outras. O sol esta quente e o calor é insuportavel. E as caixas não acabam. Algumas eram leves e outras eram muito pesadas. Os caras me bateram várias vezes com a corda e o meu braço esta inchado e sangrando.

  Depois de muito tempo, eu terminei de colocar as caixas no caminhão. Eu estava suando e meu braço dói muito. Depois de alguns minutos, um sinal bateu e os gordos me levaram até uma tal sala grande com mesas e tinha crianças comendo. Os caras me empurraram dentro da sala e eu entrei em uma tal fila que era pra comida. Enquanto a fila lerdamente andava, eu pude ver que algumas crianças da sala havia a cara inchada, outras estavam muito sujas, e várias estavam sangrando. Quando chegou a minha vez eu peguei um prato e uma colher. Sentei um uma mesa e analisei a comida. Era arroz ( Acho ) com uma...hã...ok, na real, eu não sei o que é isso, mas é comida, então ta valendo.

- Nossa, seu braço esta muito machucado._ Olho pro lado e vejo que um garoto estava falando comigo.

- Tem gente pior!

- Deix Eu te ajudar.

  Ele tira um "pano" do bolso e enrola no meu braço. Depois amarra e guarda de novo o "pano"

- Sou Jeny!

- Sou Keven!

  Nesse momento, eu me virei para terminar de comer. Mesmo eu estando presa com essas crianças, e os caras me batendo, eu só consigo pensar na Mel. Onde ela esta? Será que ela esta bem?

  Olho para uma janela que havia no local e vejo a chuva caindo.

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Oois, deculpa pela demora!!
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A menina das ruasOnde as histórias ganham vida. Descobre agora