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Minha boca começou a tremer, querendo deixar os soluços escaparam, e me vi correndo novamente, dessa vez para a sala de interrogações.

Minha boca começou a tremer, querendo deixar os soluços escaparam, e me vi correndo novamente, dessa vez para a sala de interrogações

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Os dedos tocando a fechadura, o coração gelado.
Girei a maçaneta, e ele me viu. Levei a mão aos lábios, as lágrimas escorrendo em minhas bochechas.
—Yoongi...me perdoa...

Ele permaneceu em silêncio, olhando em meus olhos.
Abriu a boca lentamente e sussurrou de forma audível:
—Nunca.

Parei no canto da sala de interrogações, olhar para Suga preso em algemas doía, o garoto livre estava atras das grades. Por muito tempo não tive coragem de prendê-lo, ver ele preso agora sendo interrogado na minha frente é uma sensação mais esmagadora do que o imaginável, amassa o peito como se fosse posto embaixo de caminhões  pesados, tritura como se tivesse sido moído em um triturador de carne, a respiração acelera como se não tivesse mais ar, e eu não tenho, não tenho ar para ver Min Yoongi assim, ali.
Ver Suga preso e interrogado em minha frente, é a pior sensação já experimentada pelo meu corpo.

—Abra o jogo, Sr. Min— Simon mandou, entrando na sala branca.
—Suga— corrigi —Chame ele de Suga.
—Não importa mais meu nome para você, espião do governo— como uma cobra o veneno das palavras do garoto doeram, apenas pressionei os olhos, fechando fortemente para me manter em pé, até Suga começar a falar novamente —Eu era o líder de uma gangue, eu era importante, era obedecido e temido. Mas eu larguei tudo, sabe? Conheci uma pessoa da lei por quem valia a pena mudar.

Meus olhos aos poucos encheram-se de lágrimas, e engoli em seco, ele não podia continuar a falar sobre nós ou eu desabaria ali mesmo e imploraria a Simon para esquecer tudo isso e deixar Yoongi ir, irônico não? Eu, que preferi a lei ao garoto, iria contra a lei por ele.
—Continue, Sr. Min— pediu Simon Cowel.
—Eu iria me entregar por ele, ele ainda não fazia ideia, mas acabou por descumprir a nossa promessa, não merece nem mesmo meu respeito mais.

Minha mão foi de encontro a parede ao meu lado, me mantendo em pé mesmo que meu futuro destino seja o chão.
—Poderia nos falar mais sobre a promessa?— meu pai questionou. Engoli em seco.
—A promessa...— interrompi. Olhei nos olhos de Suga, que não tinha nada além de repulsa, mas tornei a engolir em seco ao continuar as palavras que proferia a seguir —Era de nunca esquecermos um do outro, de nunca entregarmos nossos erros e nunca abandonar, mesmo que nossas carreiras quisessem nos por um contra o outro.
—E você fez tudo isso— a voz morta e entediada disparou, comecei a negar com a cabeça e antes de Suga continuar eu já havia derramado as tão temidas lágrimas —Eu. Prometo. Nunca. Te amar, de novo.

O mundo pareceu parar de girar, congelado no mesmo lugar. Um soluço escapou de meus lábios, e Simon observava a distância, tão distante que eu não conseguia sequer prestar a atenção em sua presença, só os olhos frios de Min já eram capazes de acabar comigo.
Eu sai correndo.

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