Jackelina Vicenza é uma cineasta muito famosa. Nascida de uma família extremamente tradicional Siciliana, ela acaba de sair de um casamento fracassado com o ator Matthew Perry. Ainda machucada, insegura e saturada, ela encontra aconchego nos braços...
- Quem disse que você vai para o aeroporto? Não invente.
- Eu tenho que ir para casa, Jon.
- Vai chover, Jackie. Veja - Indicou o céu pintado de roxo. - Você realmente acredita que vai conseguir algum voo com o céu fechado assim?
Ele tem razão.
- Então eu vou dormir em um hotel - afirmei.
- Para com isso, Jackelina. Você vem comigo. - Jon se aproximou e me segurou pelo quadril - Antes de tudo, somos amigos.
- Mas... - Tentei protestar
- Vamos fazer assim - cortou. - Deixo o carro no estacionamento do Quentin e nós vamos de táxi até o meu apartamento - sorriu - lá, assistimos alguns filmes e amanhã de manhã você volta para seu refúgio em Toronto. Claro, se o tempo melhorar.
Eu era extremamente suscetível ao charme de Jon Hamm, então, foi assim que fizemos.
Quer dizer, quase...
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-THOMAS-
Não entendi muito bem o que havia acontecido quando Jon Hamm apareceu do nada e saiu levando Jackelina para longe de mim. Completei meu copo de uísque e voltei para o meu antigo grupo, agora, além de Benedict e Andrew, Fassbender também ria alto de algo que eles não se esforçaram a me contar.
- E ai? - Andrew perguntou.
- O quê?
- Como foi lá? Nós todos te vimos indo falar com a Jackelina - insistiu.
- Fui só pegar mais bebida no bar - menti.
- Ah... - parecia decepcionado. - Mas onde ela está agora?
- Acho que já foi embora - Benedict respondeu.
Celebrada pela industria por seu trabalho como diretora, produtora e, por vezes, atriz, Jackelina Vicenza era uma mulher muito interessante. Seu nome ficou conhecido internacionalmente quando, aos 15 anos, integrou o grupo de roteiristas do premiado longa "Another".
Mesmo ansiando por esse momento, nunca tive a sorte de conhecê-la pessoalmente. Não que a vida não tivesse me dado oportunidades, mas nas premiações sempre estávamos rodeados de pessoas ou e, até mesmo no réveillon de 2011, quando Martin reuniu alguns amigos em sua casa, e ela estava lá, nada aconteceu. Eu sempre senti que aquele réveillon de 2011 era pra ser o dia que nos encontraríamos e começaríamos nossa história, porém, ela fora embora momentos depois da virada do ano e eu só consegui chegar lá às 3h da manhã do dia 01 de janeiro.
