Capítulo 15

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Três meses depois

Tom sabia que eu amava vermelho, então vestia uma camisa vermelha que corria até o pulso deixando apenas o relógio prateado a mostra. Os cabelos estavam penteados para trás, quase caindo ao pescoço. Ele sorria enquanto me abraçava. No aparelho de som, Al Green cantava Love and Happiness, e a gente acompanhava a música em um gingado lento.

"Felicidade é quando você realmente sente-se bem com alguém"

Aquele era o nosso aniversário de um ano de namoro e era incrível o quanto eu me sentia diferente da Jackelina de um ano atrás. Eu me sentia amada. Me sentia confortável com ele e finalmente, depois de muitos anos, me imaginava em um futuro agradável, seguindo a vida com alguém. Uma vida cheia de surpresas. Enquanto dançávamos lentamente, ele percorria meus braços e brincava com os meus dedos. A luz estava baixa e eu me sentia levar por uma névoa inebriante. O tempo havia parado e ali, naquela sala, só existíamos nós dois.

Quando Green entoou Here I Am, Tom baixou a cabeça e sussurrou ao meu ouvido:

I can't believe that it's real,

the way that you make me feel.

A burning deep down inside,

a love that I cannot hide.

[TRADUÇÃO]: Eu não posso acreditar que é real o jeito que você me faz sentir. Queima no fundo e esse é um amor que eu não posso eu não posso esconder

Ele me tomou em um longo beijo e nos amamos ali mesmo mais uma vez como sempre fazíamos. Nosso amor sempre urgente sem tempo a perder.

Um pouco mais tarde, Tom me levou para jantar. Disse que seria uma surpresa e de verdade foi uma surpresa. Ele havia reservado uma mesa pra gente no Marea, o meu restaurante preferido de Nova Iorque, mas que eu havia deixado de frequentar desde que decidira me afastar de Jon. O Marea era o nosso lugar preferido, o meu, o de Jon, de Jennifer e de Orlando. Sempre que nos reuníamos, o Marea era nosso cenário preferido.

— Não gostou da surpresa? Foi a Jenny que me disse que esse era o seu restaurante preferido... — Tom perguntou ao ver meu sorriso nervoso.

— Gostei sim.

— Fiquei até confuso quando ela me falou dele porque você nunca havia sugerido que viessemos aqui...

— Ah, é... eu só não quis vir antes.

O inglês franziu o cenho, pensativo. Mas, como era de seu costume, respirou fundo e armou um sorriso no rosto.

— Você está linda — disse.

— Você podia parar um pouco com esses elogios... — Me sentia derreter com o cuidado de Tom e isso era ótimo quando estávamos a sós, mas quando saíamos não me sentia confortável em parecer frágil aos olhos dos de fora.

— Pode parar, Jackie, eu não sou do tipo que me privo de expressar os meus sentimentos e você sabe disso. — Ele deslizou a mão pela mesa e encontrou a minha. — Você é a mulher mais linda que eu conheço e me sinto o homem mais sortudo do mundo por estar ao seu lado. Nunca escondi o quanto quis estar com você mesmo antes de começarmos a namorar.

Tom era cinco anos mais novo que eu e por muito tempo acreditei que esse seu jeito caloroso se devesse a isso. Ele era um romântico e não havia passado por paixões destrutivas. Já eu havia vivido anos em um casamento destruído e logo depois me escondi por viver como amante de um dos meus melhores amigos. Amor bondoso pra mim só existia nos contos de fadas. Então, todo esse amor e dedicação de Thomas parecia surreal.

Thomas - Tom Hiddleston (em revisão)Where stories live. Discover now