Capítulo 8

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Primeira publicação: 10 de maio de 2014

Recente publicação: 16 de agosto de 2020


               — Ligar? – Tom brincava com meus dedos da mão que segurava a rosa. Ele os abria e percorria carinhosamente, como se estivesse distraído com eles. – Quer dizer, Anastácia, que você não lembra o que me disse? – e olhou diretamente para meus olhos.

Ficar perto do inglês acendia um alerta vermelho em mim, principalmente quando ele me fitava tão diretamente. Dei um passo para traz, tentando manter uma distância segura.

— Não... Eu disse alguma coisa?

— Te chamei para almoçar – colocou as mãos no bolso e sorriu – aí você ficou toda tímida e disse que tentaria falar comigo... Foi isso o que você me disse, Anastácia. Você me dispensou.

— Meu nome é Jackelina, Tom... Mas eu não lembro disso.

— No bar. Não lembra, no bar?

Aaaaaah!

— Mas isso foi antes... de, sabe, de nos bei... – e as palavras ficaram presas.

— Antes? – Jenny deu um pulo e me encarou, eufórica – antes do quê? Vocês já saíram? O que aconteceu? Quando foi isso? – e virou para mim – por que você não me disse?

Mas Tom ignorou a minha amiga grávida e tomou a frente.

— Eu achei que, sei lá, tivesse feito besteira. Como você não entrou em contato... Imaginei que não quisesse me ver. Só que eu não consegui ficar quieto. Eu precisava te ver, Anast... Jackie.

Por mais que eu tivesse tentado, não consegui disfarçar a minha cara de alívio. Fui tomada por uma sensação de alivio. Com todo o meu histórico de ser humano fracassado no amor, ver que alguém tinha ficado inseguro – mais que eu – era satisfatório. Não me julguem, mas eu me senti bem.

— Mas e como você sabia que eu estava aqui... neste exato momento.

— Intuição – Tom piscou para Jennifer que colocou as mãos nos quadris e sorriu para mim, satisfeita, como se tivesse salvado o mundo. – Então podemos ir almoçar?

— Mas a Jenny... – fitei minha amiga alcoviteira.

— Jackelina, eu sou uma mulher casada e futura mãe, não posso ficar de babá enquanto você almoça. E olha o tamanho das mãos dele – apontou fervorosamente – acho que estou te deixando em boas mãos, não é, Tom?

— Pode ter certeza. – Thomas estava adorando aquilo.

E eu também (mesmo que ele me deixasse sem jeito).

— Vamos – E Thomas me puxou pela mão.

E de mãos dadas andamos até o carro estacionado na frente do prédio.

— Pra onde vamos? – Perguntei, com a certeza de que havia repetido essa frase no mínimo 40 vezes, hoje.

— Jennifer me indicou alguns restaurantes que ela disse que você gosta, mas eu quero que você me conheça. Então, arrumei um programa perfeito aqui em Nova York.


               — Riverside Park? — Thomas estacionou próximo a um estabelecimento que estava não muito, mas um pouco cheio de gente que trajava capacetes, joelheiras e roupas de lycra.

Thomas - Tom Hiddleston (em revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora