Capítulo 6

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Pov Thomas

— Lá vem ela! – Rose sorriu na direção de uma bela moça – tenho certeza de que você vai adorá-la.

Bom, e Rose, como sempre estava certa, ela parecia adorável mesmo. Seus cabelos eram uma chuva de lisos e dourados fios que desciam até a curva da cintura. Aparentemente, ela tinha  quase a minha altura e exibia esmeraldas no lugar dos olhos. Seu rosto era angelical e eu nunca diria que ela teria a idade que a prima havia me confidenciado.

— É tão bom te ver, Loren – Rose abraçou a prima. – Estou feliz que tenha aceitado meu convite.

— Estou precisando de uma distração – Loren forçou um meio sorriso – e nada melhor do que me distrair em Roma.

— Vai ser ótimo! – exclamou Rose.

Depois de Loren cumprimentar Stu, o namorado de Rose, ela me encarou.

— Esse aqui é o meu chefinho e amigo – me apresentou à loira – Thomas Hiddleston.

— Olá – estendi a mão – prazer.

— Oi – um frio sorriso surgiu em seus finos lábios.

Aparentemente Rose havia planejado tudo para que eu e Loren nos déssemos bem. Além de praticamente ter feito uma apresentação em Power point sobre as qualidades de sua prima, ela havia comprado as duas passagens uma ao lado da outra. Dessa forma, imaginei que a ideia da minha assessora era a de que eu e Loren nos conhecêssemos melhor durante o voo.

Não há nada de mais nisso, não é? E eu até me esforcei para puxar assunto com a moça, mas ela não estava aberta a novas amizades. Para todas as minhas perguntas, exclamações e, sei lá, suspiros de tédio, ela apenas meneava a cabeça para cima e para baixo como se fosse um boneco cabeçudo daqueles de posto. Em certo ponto, cansada de responder desanimadamente aos meus estímulos, ela apenas colocou os fones de ouvidos e se transportou para dentro da própria cabeça.

Ah, tudo bem.

Pelo menos eu havia tentado, não é.

____

Quando eu já não lembrava mais quem eu era, afinal, estava imerge nas páginas de um livro. Algo aconteceu.

Loren, a prima de Rose, simplesmente se derreteu em lágrimas.

— Eu não sei – disse – o que... eu faço...

Ela me fitou esperando alguma resposta.

E eu fitei a janela do avião, talvez também esperando uma resposta.

— Não foi minha culpa, Thomas... – me puxou pelo braço.

— Calma - larguei o livro e tentei acalmá-la no meu melhor modo ombro amigo – o que houve?

— Não... não me pergunte... Eu... dói.

Fiquei imaginando se eu havia feito alguma coisa para que ela estivesse chorando. Será que era o meu perfume? Ou mesmo será que ela era alérgica ao livro que eu estava lendo?

Eu não tinha resposta para explicar o choro descontrolado a qual Loren se entregou. E são nessas horas que a gente conhece o impulso de solidariedade do ser humano, pois todos, repito, todos no avião estavam encarando aquela mulher desesperada como se estivessem perdido alguma coisa ali - nenhum se deu o trabalho de levantar para saber o que estava acontecendo.

Principalmente quando ela deu um pulo e se jogou nos meus braços desolada.

O que é isso?

Thomas - Tom Hiddleston (em revisão)Where stories live. Discover now