Capítulo 4

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Clara Narrando

Sou acordada por um barulho horrível. Rolo na cama e desligo o despertador. Eu odeio acordar com barulho de despertador. Olho pela imensa janela que da pra varanda do meu quarto e noto que já anoiteceu. É claro que já, são 19:00 horas.

Forço meu corpo a levantar e entrar no banheiro. Escovo os dentes e tomo meu banho, coisa que eu deveria fazer quando entrei no quarto e não fiz.
Tiro minhas roupas da mala a procura de algo pra usar na festa. Quero algo mais do campo, e adivinha? Não tenho nada, primeira coisa que irei fazer será comprar roupas novas.

Opto por um vestido preto colado e um salto mais baixo que tenho. Faço umas ondas no cabelo com a chapinha . Não coloco muita maquiagem, apenas um rímel e um batom rosa claro. Me olho no espelho uma última vez, passo perfume e desço para a "festa de boas vindas".

Quando chego na escada eu paro automaticamente. A sala está lotada. Respiro fundo e desço com um sorriso no rosto.
Alguns olhos me notam e ficam me encarando, outros me notam e não ligam, simpatizei mais com esses. Avisto Heitor ao lado da minha mãe. Ela está linda em seu vestido longo na cor bege e seus cabelos presos em um alto rabo de cavalo. Heitor também está lindo. Está vestindo uma calça jeans e uma camisa xadrez preta manga curta, o que só ressalta seus músculos. É, parece que não dormi o suficiente.

Vou até os dois.

— Meu Deus, você está linda! — diz minha mãe toda orgulhosa.

— A senhora está deslumbrante. — falo sinceramente.

Ela abre um largo sorriso.

— Realmente está muito linda, Clara. — olho para ele. Seus olhos são tão azuis.

— Obrigada, Heitor. — falo educadamente.

Logo depois disso seguiu uma série de apresentações acompanhadas de muitas perguntas e muitos elogios. Eu sou uma pessoa que está acostumada com elogios. Sou modelo. Mas meu Deus! Eu estou me sentindo sufocada.
Me afasto um pouco assim que posso.

Fico olhando pela janela enquanto termino minha taça de champanhe.

— Está gostando? — tomo um belo de um susto e Viro-me tão rápido que derrubo um pouco de champanhe em sua camisa. — opa, não queria assustar.

— Me desculpa, sou tão desastrada! — coloco minha taça em cima de uma pequena mesa com uma jarra de flores. — meu Deus, me desculpa.

Fico tão constrangida que saio depressa em direção a cozinha. E pra piorar a situação ele vem atrás de mim.

— Clara, não se preocupa, foi só um pouco de champanhe. Eu te assustei. — fico de costas para ele.

— Desculpa, eu estou meio perdida. Acho que preciso me adaptar. — controlo minha respiração e viro-me para ele. Me arrependo imediatamente.

Ele está . Sem.camisa. Meu pai do céu.

— O que você está fazendo? — pergunto.

— Tirando a camisa molhada para vestir uma seca.
— ah, é claro. Eu vou voltar para a sala, minha mãe deve está sentindo minha falta.

— É, sua mãe. — diz ele.

Deixo ele na cozinha e volto para a sala.


Heitor Narrando

Hoje acordei logo cedo, sempre acordo cedo, mais hoje eu realmente me superei, ainda mais por causa da festa que acabou tarde ontem. Irei a cidade comprar umas coisas que estão faltando aqui na fazenda. Tomo meu banho matinal e já visto minhas roupas para assim que tomar meu café da manhã partir para a cidade. Suzanne ainda está dormindo, mas tenho certeza que daqui uns 10 minutos ela desce com sua cara de sono para me acompanhar no café como sempre faz.

Meu Padrasto SedutorOnde as histórias ganham vida. Descobre agora