Meu Padrasto Sedutor

45 - Tá Triste a guria!

        HEITOR

Cheguei a cidade e desci Onde Clara disse que estaria me esperando...
Entro no restaurante, procuro ela  e não encontro, um garoto acena e me chama, é lorenzo eu acho.

HEITOR - lorenzo?

LORENZO - senta aí, a Clara chega já - puxo a cadeira e me sento.

HEITOR - Onde ela tá?

LORENZO - não sei, um homem parou ela na rua e disse que queria conversar.

HEITOR - homem?

LORENZO - é, um homem - bebe um gole de suco - meio loiro de olhos verdes.

HEITOR - só pode ser o Joaquim.

LORENZO - não sei quem é.

HEITOR - bom, então vamos esperar ne.

LORENZO - é o que nos resta - levanta o copo de suco pra cima antes de tomar.

HEITOR - tem uma coisa que quero saber.

LORENZO - só é perguntar.

HEITOR - por que quis exatamente a Clara pra ser sua assistente?

LORENZO - fica tranquilo, não há segundas intenções, pelo menos da parte dela não.

HEITOR - e da sua?

LORENZO - se eu tenho segundas intenções?

HEITOR - é

LORENZO - eu sou homem ne, a Clara é uma garota linda, e sem falar que já namoramos.

HEITOR - você não respondeu minha pergunta.

LORENZO - relaxa, minha relação com a Clara é apenas trabalho, e amizade.

HEITOR - melhor assim.

LORENZO - por que? Não confia no seu taco?

HEITOR - confio não, me garanto!

LORENZO - uuuiuiii, olha só. O que será que você iria dizer desse seu taco, se eu e a Clara... Você sabe.

HEITOR - se você encostar nela eu te Mato! - falo brabo enquanto seguro na gola de sua camisa.

LORENZO - me larga!

HEITOR - o aviso tá dado!

Me retiro do restaurante, e fico encostado no carro esperando Clara...

           CLARA

depois que saí da sorveteria, comecei a caminhar pela cidade, pensando em chorando sem parar... Depois de mais ou menos uma hora caminhando me sentei em um banco de uma praça, e comecei a chorar....
Uma velhinha fofa senta do meu lado.

VELHINHA FOFA- por que está chorando menina bonita - fala com sua voz mansa e cansada.

CLARA - nada demais senhora - limpo as lágrimas e sorrio pra ela.

VELHINHA FOFA- Ninguém chora por nada. E conversar às vezes é bom... Não só conversar como também ouvir.

CLARA - e o que se fazer quando não quiser ouvir?

VELHINHA FOFA - um esforço, pois é sempre bom ouvir o que a outra pessoa tem a dizer, palavras mudam um futuro e a falta delas também. Sabe, eu perdi meu grande amor, por causa disso.

CLARA - por não falar?

VELHINHA FOFA- por não ouvir,  tivemos uma discussão, não quis ouvir o lado dele. E o destino acabou nos separando, eu casei com outro homem, não fui infeliz, mais também não fui totalmente Feliz, por causa desse erro.  Então menina, não cometa o mesmo erro que eu, se seu namorad...

CLARA - não, não é namorado.

VELHINHA FOFA - então Seja  lá o que é seu, eu só tenho um conselho, ouça, e dependendo do que ouvir você decide, e o mais importante de tudo, perdoar é sempre bom.

Abro um sorriso meio triste, e Abraço a velhinha fofa ♡

CLARA - Obrigada pelo Conselho, me ajudou muito, e sinto muito pela a senhora.

VELHINHA FOFA - não sinta, já passou, foi a muito tempo...

Só aí percebo que já demorei muito, e andei muito longe também... Me despeço dela e sigo  pra o restaurante...

          (...)

Quando estou chegando perto do restaurante, vejo Heitor encostado no carro... abro um sorriso por saber que tenho ele comigo... Quando ele me ver, desencosta do carro e vem até mim em passos largos, e me abraça forte...

HEITOR - Onde se meteu estou a duas horas esperando, quer me matar do que coração, eu sou cardíaco.  - sorrio de leve.

CLARA - Desculpas, mais é bom saber que se preocupa. - me afastei do Abraço, ele acaricia meu rosto.

HEITOR - como não irei me preocupar, meu Porto seguro some e não dá notícias por duas horas. - Abraço ele novamente. E começo a  chorar. - ei o que houve? - pergunta alisando meu cabelo.

CLARA - só me abraça...

HEITOR - desabafar é bom. - nos afasta - foi o Joaquim ne?

CLARA - foi.

HEITOR - eu mato aquele desgraçado.

CLARA - não, ele não fez nada. Ele quer que eu perdoe ele.

HEITOR - e você perdoou?

CLARA - eu disse pra ele não me procurar mais.

HEITOR - é isso que você quer?

CLARA - eu não sei.

HEITOR - vem cá, se acalma, ele não vai desistir assim tão fácil não, ele é pai, então você vai ter chance de pensar no que quer, agora vamos entra no carro.

CLARA - mais eu tenho que voltar pra o trabalho.

HEITOR - não nesse estado, vamos deixa aquele babaca se virar sozinho.

CLARA - quem?

HEITOR - Ninguém vida, ninguém - ele abre a porta do carro e eu entro...

Ele dá partida e seguimos pra fazenda...