Meu Padrasto Sedutor

76 - Ñ sei se sorrio ou se choro

Subi as escadas, tentando não chorar tanto, nem bati na porta, fui logo invadindo mesmo. Meu Gaúcho, estava sentado na cama com os cutuvelos apoiado na coxa, e as mãos apoiando a cabeça.
Subi na cama por trás dele, e o abracei forte pela costa.

CLARA - sinto muito pelo que aconteceu, sinto muito. - falo chorando.

HEITOR - por que só acontece com as pessoas boas? Por que as pessoas ruins se dão tão bem!?- diz bravo e triste ao mesmo tempo.

CLARA - não pensa assim, deus quer ele lá com ele, talvez já fosse a hora dele. Deus sabe o que faz.

HEITOR - quem eu vou pedir conselhos agora? Quem vai ser meu melhor amigo? Ele era como um irmão mais velho pra mim.

CLARA - eu sei disso meu amor, eu sei. - Beijo a costa dele. - ele tá em um lugar bom.

HEITOR - tá sim, eu nunca vi um homem tão generoso e bom como ele, eu sempre sentirei sua falta.

CLARA - todos nós. Ele era muito querido por todos, mais meu amor, não chora mais, eu fico mais triste ainda. - ele vira pra mim, me olha nos olhos, e alisa meu rosto, colocando uma mexa de cabelo minha atrás da orelha.

HEITOR - Obrigada por está aqui comigo, me sinto melhor com você por perto, de alguma forma não me sinto sozinho.

CLARA - eu sempre vou está, nunca que vou te deixar sozinho, e eu também preciso de você.

HEITOR - pra não se sentir sozinha?

CLARA - pra ser feliz. - ele coloca a mão em minha nuca, e puxa minha cabeça, encostando nossas  testas, e nossos narizes relam um no outro, consigo sentir a respiração dele.

HEITOR - não sei se esse é o momento certo, mais... Mesmo não lembrando de nós dois, eu te quero tanto. - fala quase sussurrando.

CLARA - e eu te amo tanto. - coloco minhas duas mãos em seu ombro.

Ele põe a outra mão em minha cintura e puxa meu corpo pra perto do dele.

HEITOR - nunca sei como agir quando você diz isso.

CLARA - só faça o que você tem vontade de fazer. - ele cola nossos lábios, e começamos um beijo lento com carinho.

Sua língua invade minha boca, e lentamente ele me deita na cama junto ele... Nos beijamos com tanto desejo, mais com delicadeza... A mão dele aperta minha cintura, e quando eu começo a subir sua camisa, ele para o Beijo, e senta na cama de novo.

CLARA - eu fiz algo errado?

HEITOR - não, me Desculpa.

CLARA - você sabe que não precisa pedir desculpas - acaricio seu rosto - depois falamos sobre isso. Agora vem deita aqui.

Ele deita na cama com a cabeça em meu colo, faço Cafuné nele, e canto uma música baixinho.

Ficamos lá por horas, acabamos adormecendo... Fomos acordados por Magda, que entrou no quarto avisando que já estava na hora da cremação... Sim,  o corpo dele vai ser cremado.