Capitulo 7

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                       Heitor Narrando

Ao voltar para a sala de espera Pedi para João voltar para a fazenda e avisar a todos o que aconteceu, já faz uns 40 minutos que isso aconteceu. Eu continuo sentando esperando.
Depois de mais um bom tempo esperando, o médico finalmente vem falar comigo. Solto um suspiro de alívio ao vê-lo.

— Oi, como ela está? — falo levantando rápido quando o vejo em minha frente.

— Ela está bem.— sinto que um peso enorme foi tirado de cima de mim. — bom, está bem da queda, pois não teve nada grave, apenas machucou o braço esquerdo. Nada grave também. Mas ela está fraca, tudo indica que ela não se alimentou bem hoje, e nos últimos dias. Ela também contou já foi anêmica na infância e boa tarde da adolescência.

Penso no que ele diz. Clara realmente mal tem comido, sempre uma fruta aqui, um copo de suco ali. Hoje mesmo ela nem quis tomar café. Igual a mãe nesse aspecto, Suzane quase não comia no começo do nosso casamento, hoje continua não comendo muito, porém melhorou bastante a alimentação.

— Eu posso vê - la? — Pergunto ansioso.

— Sim. E daqui a pouco Ela já pode ter alta, vou apenas terminar o prontuário dela. Ela está no quarto 27 do segundo corredor. Só seguir adiante.

— Certo doutor, Obrigado. — sigo suas instruções e vou até o quarto onde ela está.

Ao entrar no quarto vi aquele rostinho angelical olhando para o teto, e ao perceber a minha aproximação parou o olhar em mim. Notei suas bochechas ficarem vermelhas ao me ver.

— Como se sente? --- pergunto me aproximando com cautela.

— Bem. Com um pouco de fome. — Sorri timidamente. — e uma dor de cabeça leve, meu braço também dói um pouco.

— Assim que sairmos daqui vou te levar pra comer. Você machucou o braço, mas graças a Deus não foi nada grave.

— Heitor, Obrigada, por tudo. — ela agradece. — minha mãe está aqui?

— Não precisa agradecer, fiz o que deveria fazer. E eu não avisei sua mãe... ainda. — Ela franze a testa. — Você conhece ela, fica toda empolgada com esses eventos, não queria deixá-la preocupada.

Não demorou muito e o médico entrou no quarto, deu uma receita para comprar para ela e depois disso saímos.

Depois que saímos do hospital, pegamos um táxi.
— Pra onde vamos?— Ela questiona.

— Você precisa comer. — afirmo. Ela apenas balança a cabeça.

                     Clara narrando

Depois que saímos do hospital, Heitor disse que iria me levar pra comer. Descemos do táxi em frente a um prédio enorme.

— Pra onde vamos? — pergunto novamente.

— Para meu apartamento.— ele responde rapidamente apertando o botão do elevador.

Penso no que pode acontecer se ficarmos a sós em um apartamento. Engulo em seco. Penso em voltar, mas estou faminta.

— Não sabia que você tinha outra casa. — digo quebrando o silêncio no elevador.

— Comprei assim que casei com sua mãe. Foi o presente de casamento dela.

Ouvir isso foi como um soco no estômago.

— Ah, entendi.

Saímos do elevador e entramos no apartamento, tudo é lindo, mobiliado elegantemente igual minha mãe. Muito chique.

Meu Padrasto SedutorWhere stories live. Discover now