3: A psiquiatra.

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"Querido diário, está um lindo dia hoje,

sinto cheio de panquecas!

A mamãe faz ótimas panquecas.

Por enquanto é só, hoje o dia será longo.

Tenho que ir ver a droga da psiquiatra."

Desci, fui logo comer as panquecas.

Estavam todos na mesa, minha mãe

e meu pai. E assim começa a chuva de "bom dia".

- Bom dia filha! Disse a mamãe primeiro.

- Bom dia querida! Disse o Dennis.

Eu respondo carinhosamente...

- Só se for para vocês! Odeio ir à psiquiatra.

- Filha, você sabe que é necessário,

é para seu bem. Minha mãe explicou.

- Certo mãe, se é para o bem de todos,

eu vou! Já tinha que me preparar para uma sessão de perguntas idiotas, tudo causado pela droga do meu pai e sua mancadas.

Como de costume, meu pai pega mais cedo no trabalho, ele sempre me leva para a escola. Ele é engenheiro civil,

trabalha em várias obras milionárias.

Minha mãe é médica, tem que chegar cedo no hospital mas pode sair para me buscar sem problemas, então ele me leva e ela vai me buscar, nos dias de ir para a psiquiatra, ela me busca e me leva lá.

Enfim, cheguei novamente no inferno,

entrei sem se despedir do meu pai.

Odeio aquele sorriso dele como se tudo estivesse bem, mas não está, nada está.

- Tudo bem, Allison? Está melhor? perguntou a professora Julia.

- Estou bem melhor, Sra. Julia.

- Fico feliz que esteja bem, seu pai está bem? Ela estava querendo saber algo.

- Sim. Ele está bem. Disse sorrindo.

Ela sorriu e me levou até a sala de aula.

A aula acabou, graças a Deus, até que hoje eu queria que durasse, assim não teria que ir naquela médica incompetente.

Minha mãe chegou, fechei a cara até chegar na clínica, ela nem perguntou nada porque já sabia o motivo.

Chegamos naquela merda!

- Ficarei aqui esperando por você querida,

e não fica com essa cara de enterro.

- Eu garanto que estaria mais feliz em um enterro mãe. A sensação mórbida é animadora. Falei e vi a expressão surpresa da minha mãe.

A sala da psiquiatra era cheia de quadros de arte, janelas com cortinas vermelhas,

era intimidador. Livros para todos os lados, livros com nomes estranhos,

tão estranhos quando a Dra. Sura Williams.

Ela era uma asiática velha, ela tinha um rosto cheio de rugas que quase cobriam

os seus olhos pequenos.

Cabelos curtos e grisalhos.

Ficava ainda mais estranha porque usava um óculos terrível.

Inocência.Where stories live. Discover now