Inocência.

10: O Mal De Ter Uma Família.

"Querido diário, meu pai morreu. (ihuuu!)

A morte foi a única saída, estou começando a gostar de como a morte resolve as coisas para mim.

Minha mãe está grávida, acredito que a morte desse bebê seja também a saída.

Mas como fazer isso sem machucar minha mãe?

Hoje tenho que ir em um novo velório,

pela manhã a polícia encheu a minha mãe e eu de perguntas, todos acham que o meu pai é um monstro pervertido.

Minha mãe ainda está chocada por ter casado com um psicopata.

Eu devo bater palmas para mim!

É só isso por enquanto, mais novidades mais tarde! Agora me fingir de filha sofrida e chorar."

Peguei a Annabelle, ela adorava enterros.

Minha mãe me vestiu com um vestido preto, me deixou toda bonita e gótica.

Eu estava realmente feliz com esse evento, eu tinha esperado muito para me livrar do meu pai.

Já estava com meu visual luto, agora irei pegar o celular da minha mãe para ouvir uma música que me faça comemorar essa ocasião, e lá estava a banda que fazia músicas perfeitas sobre isso: Evanescence! Coloquei meu fone de ouvido, agarrei a Annabelle e desci,

minha mãe já estava esperando.

Enquanto ouvia a voz da Amy Lee cantarolando letras tristes e pesadas,

eu ficava pensando na minha vitória.

Chegamos no cemitério, o caixão estava fechado, ele tinha ficado bastante machucado.

Amigos do trabalho dele estavam lá, chorando, e todos consolando a mim e a minha mãe.

Estava bem lotado o local, não sabia que ele era tão popular.

E lá estavam eles, meu avós!

Diana e Sérgio Clint, dois velhos babacas e nojentos. Bem que eu poderia ter o sobrenome de minha mãe, mas como ela mudou quando casou... Deixa para lá.

Eles odiavam a minha mãe, sempre foram contra o casamento dos dois.

Diziam que ele merecia algo melhor,

falava isso antes de minha mãe se tornar uma médica renomada na sua área.

E a mamãe nunca precisou deles para nada.

- Então você conseguiu não é? Depois de torturar meu filho por anos, o transformou em um assassino.

Falou a minha avó.

- Eu nunca fiz nada contra o sei filho,

ele quem fez contra mim e contra minha filha. Com licença. Mamãe respondeu.

Ela pegou minha mãe pelo braço e a puxou.

- Você acha que eu não sei? Você fez isso. Você quem matou a sua irmã e ele levou a culpa. Eu conheço meu filho e ele jamais faria algo assim.

- Seu filho inocente e bom, matou minha irmã, abusou fisicamente de minha filha

e não achando pouco, tentou matá-la.

Será que eu também estou por trás de tudo isso? Agora pare de me insultar ou eu te darei motivos para me odiar.

Nossa! Eu estava vendo tudo de perto.