11: O diário.

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"Querido diário, chegamos em casa.

Eu e a Annabelle estamos bem depois do enterro do falecido Dennis vulgo meu pai,

que graças a Deus partiu, Deus o tenha!

Após momentos fé angústias de muitos presentes, ainda consegui levar um tapa da minha avó delicada e sentir o ódio que os pais do papai tem da minha mãe.

Mas isso não foi o suficiente, batemos o carro e exatamente numa pessoa conhecida da minha mãe chamado William vulgo Amigos do infância da mamãe. Tenho que descobrir tudo!

Passarei um tempo longe do inferno vulgo escola, já que não estou bem para voltar a estudar depois de tantas perdas.

Aaah! Boas notícias... A mamãe nunca mais falou na psiquiatra, afinal o louco da história era meu pai. SQN!

Não sei bem o que significa "SQN" mas

o pessoal usa bastante e eu queria usar também, afinal de contas o diário é meu.

Estou feliz e pronto! Por hoje é só, dormir agora."

Era final da tarde, eu estava cansada e querida dormir um pouco.

Peguei a Annabelle e a coloquei perto de mim, apaguei sem notar.

Acordei com minha avó chamando para jantar.

- Allison! Banho e jantar. Já dormiu muito!

- Já vou. Estou quase levantando.

Ela me puxou da cama e me arrastou até o banheiro.

Tirou minha roupa e me jogou na banheira.

Estava fria. Ela olhava meus machucados da perna e acariciava.

- Como isso aconteceu? Ela perguntou.

- Eu caí! Respondi rápido.

- Cuidado minha pequena. Ela respondeu ainda acariciando.

Desci toda cheirosa, fazia tempo que não deixava ninguém me banhar.

A preguiça tinha me vencido.

Minha mãe estava lá, tinha preparado uma comida deliciosa como sempre.

Comi, todos comeram, ninguém falava na mesa.

- Mãe quem é aquele amigo? Eu soltei.

- É um amigo de infância. Crescemos juntos.

- Mas por quer ele te abraçou daquela maneira?

- Filha, amigos se abraçam.

Eu concordei com a cabeça e me retirei da mesa.

A vovó me olhava como se estivesse escondendo algo.

Era bem óbvio que não eram só amigos de infância.

A hora foi passando, e eu fui atingida pelo sono novamente, todos já dormiam.

Pela manhã, levanto e desço as escadas,

minha avó está lá. Minha mãe já tinha saído para o trabalho, então seria uma tarde tediosa com minha avó.

Um barulho, alguém tinha chegado.

A vovó foi abrir a porta, e lá estava a chata da Mary Lee e sua mãe.

- Onde está a monstrinha? Disse a mãe dela.

- Acho que você está na casa errada.

Minha avó respondeu.

Então Lee olhou para mim e tocou na mãe.

- Não! A sua filha bateu na minha. E desde então a procurei na escola mas não achei.

- Primeiro:ela é minha neta. Segundo: temos muitos problemas para resolver.

terceiro: fale mais baixo. Minha avó repondeu calmamente.

- Falar baixo? Sua neta espancou a minha filha.

- Algum motivo ela deve ter tido para agredir a sua filha.

- Vovó, ela vive me infernizando, tirando sarro comigo, me humilhando, eu apenas me defendi. Falei e chorei.

A mãe dela me olhava sem saber o que fazer.

- Viu? Ela teve motivos. E pelo jeito não bateu quase nada na sua inocente filha.

Agora estou ocupada, bom dia.

A vovó finalizou a conversa e as duas deram as costas e foram embora.

Fui na janela observar a Mary indo embora como perdedora, ela então olhou para mim, eu lógico mostrei meu dedo para ela e sorri. Depois me escondi para a mãe dela não voltar.

- Allison não pode brigar na escola.

Isso é feio até para meninos.

A velha começou a reclamar.

- Eu não gosto de brigar na escola.

Mas se bater eu bato também!

Falei seria e doce como sempre.

- Sua mãe não precisa de mais problemas, temos que ajudá-la.

Eu concordei e pedi meu cereal matinal.

Era ótimo não ter que ir para a escola.

Ficar em casa é bom.

Tirando a parte que tenho que ouvir a minha avó cantando na cozinha o dia todo. Ela seria ainda mais legal se fosse muda.

Peguei a Annabelle e fui brincar no quintal, tínhamos muitos o que conversar.

O tempo foi passando, eu entrei.

Tinha que escreve algo no diário daquele dia tão monótono.

Subi as escadas correndo, não via a vovó em quanto nenhum. Procurei meu diário é não o encontrava. Tinha escondido no mesmo local de sempre, e não estava lá.

Me desesperei! Onde estava elae?

Eu estava sozinha?

Então eu ouvi um choro de cachorro,

um latido baixo.

Segui o barulho, e lá quando cheguei lá estava o cachorro da minha vizinha.

Em estado de decomposição e com aqueles olhinhos meigos.

Ele começou a rosnar para mim, e veio em minha direção.

Eu corri para chegar até meu quarto e as portas se fecharam. Ele parou e ficou me encarando. Senti uma mão gelada no meu ombro direito e algo pingava na minha cabeça, era sangue.

Olhei para cima e vi meu pai morto.

- Olá filha? Sentiu saudades?

Então minha tia apareceu subindo as escadas se arrastando.

- Perdeu o diário Allison? Você será descoberta! Ela disse enquanto larvas e uma gosma preta saia de sua boca.

- É melhor você se preparar filhinha.

Vai matar a sua avó também? Todos vão desconfiar. É o seu fim!

Ele dizia. "É o seu fim" fora repetido por eles dobersas vezes até que eu tapei os ouvidos e fechei os olhos e dizia.

- Não é real. Não é real.

Despertei com a minha avó me chamado.

- Allison? Você está bem?

Olhei para ela e lá estava me diário.

Nas mãos dela e aberto.

Fiquei em choque, não respondi nada.

"Minha avó tinha descoberto tudo?"

Inocência.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora