Inocência.

17: Segredos Fatais.

A vovó desmaiou friamente o William.

Uma só pancada e ele caiu.

Mas quando ela disse que leu meu diário,

eu não sabia o que dizer. A única coisa que se passou na minha cabeça foi um:"FODEU!"

- O que está falando? Eu perguntei perplexa.

-Eu li tudo em seu diário, tudo o que você fez, todos os crimes. Tenho que confessar Allison, você é extremamente inteligente e isso lhe torna muito perigosa.

Eu não estava entendendo nada, eu não sabia o que ela queria dizer.

-Acho melhor entrarmos, antes que alguém veja o William caído aqui no chão.

Ela se abaixou e começou a arrastar o cara como se fosse um saco de lixo.

Eu vi nos olhos dela, vi a verdade.

Ela estava satisfeita ao saber das coisas que eu cometi.

E isso eu não entendia!

Entramos, a vovó amarrou o William com uma fina corda na cadeira na sala de estar, ele ainda estava desacordado.

-O que você está fazendo?

A questionei.

-Estou o amarrando. Disse cínica.

-Sabe muito bem que não falei disso.

Você leu me diário, isso não lhe chocou?

Você viu tudo?

-Sim, Allison. Tudo. Palavra após palavra, cada ato seu. Só discordei de uma coisa... Não é legal matar os animais.

São melhores que os humanos milhões de vezes, são verdadeiros.

Eu não estava interessada no discurso ativista de minha avó. O cachorro me incomodava e não sinto falta.

-E você não chamou a polícia? Não disse nada a mamãe? Por quê?

Era isso o que eu queria saber.

-Porque eu sabia, pelo menos desconfiava, de seu instinto.

Eu via nos seus olhos o seu lado assassino, é de sangue Allison.

Eu estava chocada. Minha avó era uma assassina, e estava revelando isso para mim.

-Desde nova, quando a minha melhor amiga e mãe da Larissa não pode ficar com a mesma por falta de condições, eu quis criá-la, eu queria uma filha, uma pessoa para ficar com meu filho, éramos sozinhos, eu fui abandonada desde cedo, ainda grávida. Me virei para criar meu filho, para ter meu próprio dinheiro.

Eu tive que fazer coisas erradas, muitas coisas para chegar onde cheguei.

Eu me sacrifiquei e consegui! Quando a Larrisa chegou lá, eu a aceitei de braços abertos, ela tinha 2 anos, eu a criei como uma filha, eu fui sua verdadeira mãe, mas sabe o que ela fez quando descobriu tudo? Voltou para a mãe que a abandonou, foi viver com sua família de verdade, me deixou junto com meu filho.

Ela sempre ia lá, sempre me chamou de mãe, mas não estava lá de verdade.

Deu as costas para a sua família real.

Eu sabia que meu filho a amava, não como irmã, amava como mulher.

Ela passou a se envolver com o William na época de escola, deu as costas para meu bebê e ele sofria muito.