Capítulo 12.

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"A primavera voltará algum dia? -Murmurou Wendy. 

Jack a abraçou apertado.

-Antes do que imagina. - E ela sorriu." 

-O Iluminado, Stephen King. 


  ❀ 


Harry


O estacionamento do Park's and latte está lotado.

São exatamente oito e trinta e cinco da manhã, e eu estou sentado no banco de passageiro da Picape de Louis, o esperando com mais fome do que o normal. Mais cedo, ele havia mandado uma mensagem de texto me avisando para não tomar o café de Robin (por mais tentador que fosse), mas não quis me dizer o porque. Quando entrei no carro, ele disse que eu deveria experimentar tomar o café daqui, protestando com unhas e dentes que era sua cafeteria preferida em Newcastle, e que qualquer imitação fajuta como a Starbucks não merecia seu dinheiro.

O dia estava bonito. Era maio, e mesmo que o sol estivesse tão fraco que a palavra 'calor' era praticamente impronunciável, o tempo estava agradável e fresco. Eu aproveitei a milagrosa falta de chuva, e tirei os meus shorts do armário. Hoje estava usando um short jeans de cintura alta, que tinha as barras largas. Louis disse que eu parecia uma dessas modelos do Pinterest, e eu ri da sua cara em resposta. Ele não precisava ficar sabendo que meu coração acelerou disparadamente por causa daquilo. Não mesmo.

Depois de longos 15 minutos de espera, vejo sua silhueta sair do café com sacos de papel e porta-copos de papelão. Ele entra no carro e me entrega as compras.

-Não sabia o que você queria então comprei um monte de muffins. Toma, seu café. -Ele me deu o copo, e eu senti o cheiro da cafeína me abraçando. Robin que me perdoe, mas era de fato uma bebida abençoada.

-Valeu. -Disse, e dei um gole demorado.

-Bom?

Fiz que sim com a cabeça, me dando o luxo de aproveitar aquele café morno descendo pela minha garganta. Nunca pensei que me sentiria tão à vontade no carro de alguém. Era aconchegante, quase familiar.

-Haz. -Louis me chamou, enquanto devorava um bolinho. Ele olhava pra mim curioso. -O que achou dos muffins?

Eu mordi um, e senti o gosto de blueberry invadindo minha boca.

-Incrível. -Respondi de boca cheia, e ele me olhou, orgulhoso. Como se o fato de eu ter gostado do bolinho fosse uma espécie de vitória. Louis Tomlinson era um cara muito, muito engraçado.

-Haz. -Ele me chamou de novo, agora olhando para frente. Ainda estávamos no estacionamento do Park & latte e o sol refletia na sua franja castanha com glória.

-O que?

-Você não está de batom hoje.

Eu comprimi os meus lábios um no outro, percebendo que ele tinha razão. Eu não havia passado meu gloss labial antes de sair de casa. Achei graça por ele ter confundido batom com gloss, mas era compreensível.

-Não, acho que esqueci de passar.

Ele franziu o cenho.

-Ah. Entendi. Gosto quando você passa. -Ele diz, e volta a comer como se aquilo não tivesse sido absolutamente nada demais. Para mim, tinha sido.

You flower, you feast ♦ [l.s] [finalizada]Where stories live. Discover now