Capítulo 14.

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PARTE III - The loving


Harry


Hoje, o céu estava dourado acima de mim.

Quarta-feira. Duas e quarenta da tarde. Estou sentado na segunda carteira na aula da senhora Gardenbell, e estou mais feliz do que nunca. Ela havia acabado de entregar os resultados das provas, e eu consegui tirar o meu tão batalhado e esperado A na avaliação mais importante do Semestre em Biologia. Eu respirei aliviado, e tudo parecia cintilar. Anastasia também havia conseguido uma nota excelente. Sabe quando você olha ao redor, ignora o lado ruim de tudo (porque sim, todas as coisas têm um lado ruim) e só se concentra nas partes boas? Tenho tido muito essa sensação hoje. Mas não era só pelo A que eu me sentia dessa forma, claro.

De cinco em cinco minutos eu paro o que estou fazendo e lembro do meu corpo e do de Louis dormindo juntos ontem, e sinto o meu interior se aquecer e gritar. As suas mãos na minha cintura. O modo como ele me beijou. Não havia sido nada demais, claro. Nós nos beijamos e caímos no sono, mas para mim, havia sido tudo demais. Louis e eu éramos astros. Nós não pertencíamos a esse planeta. E mesmo que eu tenha o visto pela manhã, quando ele me trouxe para a escola, eu já sentia a sua falta. Éramos peças de um quebra-cabeça, mas que foi esquecido na loja.

O sinal ressoa alto, me despertando. Sonhar acordado agora fazia parte da minha rotina.

Annie me chama, e nós finalmente saímos da aula. Caminhamos pelos corredores, e algumas pessoas olham para mim. Às vezes, cochicham algo. Não dou a mínima. Passo por elas com minha cabeça erguida, até chegarmos a saída do estacionamento.

Nos despedimos, e ela pega o caminho mais curto até o ponto de ônibus, enquanto eu corto caminho pelo estacionamento até a saída do metrô.

Assim que saio do prédio da Lemington, o estacionamento está parcialmente vazio. Vejo Louis na minha frente, com as mãos nas costas, sorrindo pra mim. Só dele estar ali, já se tornava a surpresa mais agradável de todas.

-Senhor Styles, estava esperando por sua inigualável presença. -Ele fala, imitando um sotaque forte e fazendo uma reverência.

Eu solto uma risada, balançando a cabeça, e desço as escadas para encontrá-lo.

-Oi, idiota. -Digo, e ele segura minha mão. Alisa meu anel por meio segundo (essa era nossa nova forma preferida de nos cumprimentarmos) e solta.

-Quer uma carona para casa?

-Você já me trouxe de manhã, agora, à tarde. O lance do chofer era sério, então?

-Não. Na verdade eu virei um Uber. E, você me deve aproximadamente... -Ele franze as sobrancelhas de um modo divertido. -495 libras.

Eu solto uma risada e ele me acompanha.

-Vai sonhando, jogador. -Digo, e me direciono a fim de abrir a porta da Picape. Ele se apressa, e abre a porta para mim na minha frente. Ele não sabe, mas acho isso a coisa mais doce do mundo.

Ele dá a volta, entra no carro, e logo, começa a dirigir. Olho para o seu rosto, e sinto que ele está tenso com algo. Não sei o que. Ele pigarreia, abrindo a boca diversas vezes, como se estivesse tentando falar alguma coisa pra mim. Sinto vontade de rir. Tento quebrar o silêncio e ajudá-lo:

-Lou?

-Oi. -Ele responde rápido.

-Você está bem?

You flower, you feast ♦ [l.s] [finalizada]Where stories live. Discover now