34 - EVERLONG

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"If everything could ever feel this real forever

If anything could ever be this good again

The only thing I'll ever ask of you

You've gotta promise not to stop when I say when"

Everlong - Foo Fighters

POV Megan

Era estranho estar ali sentada com outro homem em um restaurante. Mesmo sabendo que não era um encontro eu sentia como se estivesse fazendo algo de errado, como se estivesse traindo o Taylor de alguma forma. Isso era ridículo e patético. Eu nem sei dizer se o que eu e o Taylor tínhamos era um relacionamento de verdade, mas entreguei meu coração de uma forma tão intensa pra ele que não me sentia confortável perto de nenhum outro homem.

"Depois de mim, você não vai conseguir ser de mais ninguém...". Foram essas as exatas palavras que Taylor me disse na primeira vez que me fez dele, em cima da mesa da sua sala... e o maldito não estava brincando. Merda, só de pensar nisso meu corpo inteiro se arrepia. Ele me estragou para todos os outros homens com aquela voz rouca sussurrando no meu ouvido, o sorriso devastador que jogava toda vez que me via, aqueles intensos olhos azuis me encarando maliciosos, as mãos safadas apertando o meu corpo. Deus, aquele homem era um pecado e eu queria cair em tentação todos os dias...

Eu tentava me concentrar nas coisas que Alan explicava. Eu precisava me concentrar! Mas meus pensamentos me traiam e me levavam de volta pra ele. Foram duas semanas infernais que passei longe de Taylor, tentando ao máximo me manter afastada para poder pensar, respirar. O que ele fez foi muito grave e me fez refletir se era isso que queria pra minha vida, me envolver com uma pessoa capaz de algo tão cruel. Ele podia me destruir, me machucar de uma maneira irreversível como tantos casos que estudei na faculdade de psicologia. Mas a verdade é que já estava chegando ao meu limite. Sentia uma saudade devastadora daquele homem.

O plano era me manter afastada até ele viajar para Los Angeles, só me sentiria segura com ele bem longe dali. Não confiava em mim mesma perto daquele homem. Ele tinha um efeito sobre mim que não era algo normal.

Resolvi finalmente me focar no trabalho. Desde quando iniciamos a faculdade e nos tornamos amigas, eu e Lucy planejamos abrir uma clínica de psicologia. Era uma ótima oportunidade para investir o dinheiro da herança que recebi dos meus pais. E foi então que chamamos o Alan para conversar, ele se formou antes de nós e montou seu próprio negócio. Era importante saber todas as informações necessárias sobre os próximos passos a serem tomados. Lucy não pôde vir comigo, pois veria o Zac se apresentar com os irmãos no pub pela última vez. Então eu decidi vir sozinha mesmo, assim me distraia e evitava cometer a loucura de aparecer no Carl para vê-lo de novo.

Alan era muito educado e gentil, mas percebi alguns olhares dele pra mim que me deixaram constrangida. E quando ele começou a perguntar sobre a minha vida pessoal e tocar muito em mim, soube que estava interessado em transformar aquele jantar de negócios em algo um pouco mais íntimo.

Ele era um homem bonito. Tinha um porte atlético, cabelos claros e os olhos castanhos, mas eu não conseguia tirar aqueles olhos azuis da minha cabeça e comecei a imaginar o que Taylor faria se nos visse ali. Não tinha ideia se ele fazia o tipo ciumento, mas abri um sorriso ao imaginá-lo assim.

Sabe quando as pessoas falam "cuidado com o que deseja"? Eu nunca tinha realmente pensado no significado dessa frase até aquela noite. Até eu olhar para a porta do restaurante e perder a capacidade de respirar. O que ele fazia ali?

- Você está bem? - Alan me encarava e colocou a mão no meu braço. Eu devia estar branca como um fantasma e saber que Taylor caminhava em nossa direção fez com que eu parasse de raciocinar - Megan, você está bem? Ficou pálida de repente! - agora as duas mãos de Alan estavam tocando os meus braços por cima da mesa. Merda, merda, merda.

DEPOIS DAQUELE BEIJO... (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora