「paradise or war.zone」+ ziam. au!action

𝙲.𝚃𝚁𝙴𝙽𝚃𝙰𝚂𝙴𝙸: 𝐚𝐧𝐜𝐡'𝐢𝐨 𝐭𝐢 𝐚𝐦𝐨.

O som de saltos batiam com força e rigidez no chão, alastrando pelos intensos corredores até que chegassem aos ouvidos do indesejável homem de pelos grisalhos em sua barba por fazer.

Os olhos verdes da garota encontrou com os castanhos quase pretos de Lorenzo, e Lauren permitiu que uma expressão nada suave desenhasse seu rosto levemente avermelhado pelo nervosismo.

Jauregui tinha uma pose delicada aos olhos dos terceiros, mas ninguém a conhecia bem. Lauren não era o que aparentava ser e Lorenzo, o mafioso parado no meio da sala de estar a olhando sobre o ombro, reconhecia muito bem como era a espécie feminina presente em seu recinto.

Lauren era felina; a típica passiva agressiva, e talvez fosse a única mulher que Lorenzo conhecia que tinha tamanha coragem de dar um belo tapa na cara de um homem quando ele realmente merecia. E foi daquela mesma forma, como o velho mafioso imaginou, que aconteceu.

A mulher de cabelos longos marchou até ele e em um piscar de olhos, um tapa estalado e ardido foi desferido em seu rosto, um tanto quanto agressivo e forte, que fez o rosto do homem pender para o lado o fazendo fechar os olhos com força.

- La sua grande merda, figlio di una cagna/ seu grande merda, filho de uma puta - Jauregui gritou, cuspindo todo o ódio presente em seu corpo em simples palavras, chamando atenção dos demais mafiosos que ousaram a se aproximar e tirá-la dali, mas todos haviam recebido a ordem muda de Lorenzo para não o fazerem - como você pode ser tão egoísta? Ele é o seu filho, seu desgraçado, você está causando sofrimento no seu próprio filho seu... seu grande imbecil.

A típica passiva agressiva - Lorenzo teve vontade de rir com seus próprios pensamentos, mas se conteve, não queria causar mais intriga com a morena de olhar feroz.

- Veio aqui apenas para me insultar? - perguntou o mais velho, recuperando sua pose e erguendo o queixo mostrando sua superioridade. Lauren estremeceu pelo asco e outro tapa, tão doloroso quanto o primeiro, foi desferido no rosto do mafioso que rosnou como resposta.

- Vim até aqui para colocar juízo nessa sua cabeça de merda - disse Lauren entre dentes - os seus filhos estão com medo, Lorenzo. Seu genro está entre a vida e a morte pelo o que sei, e o seu neto está assustado e você quer saber de quem é a culpa de tudo isso? - a mulher apertou os punhos antes de prosseguir - a culpa é inteiramente sua e daquele outro desgraçado. Dois homens egoístas que simplesmente queriam foder a mesma mulher. E sabe o que é mais irônico nessa história, D'Angelo? - Lauren apontou para o mafioso, dando um passo na direção do mesmo que voltou a inclinar o queixo - é irônico que o seu pai o perdoou quando soube da sua amizade com Fabrizio.

Lorenzo ofegou e deu um passo para trás, pego de surpresa pelo o que fora dito.

- Com... - o mafioso estremeceu, sentindo sua nuca soar com o nervosismo que havia o tomado - onde está o seu noivo?

Lorenzo tentou fugir do assunto, o suor frio descia por sua coluna e a ponta da sua língua umedeceu seus lábios secos.

- Não vim aqui para falar do meu noivo, Lorenzo - retrucou a mulher, sentindo-se vitoriosa pelo desconforto alheio - sabe, você era o cara mais foda que eu já conheci - Lauren maneou a cabeça, como se reprova-se qualquer conclusão passada que teve daquele homem - Liam sempre deu dor de cabeça, mesmo depois de ter se casado com Elena, afinal, ele era só um adolescente que se casou e virou pai cedo demais. Mas você sempre esteve ao lado dele, mesmo quando ele fazia merda. Você sempre o castigou como um pai deveria fazer, e depois voltava e o perdoava. Mas agora; depois que descobri aquilo que fez com eles, eu só consigo sentir nojo de você.

- Lauren...

Lorenzo tentou chamar atenção da morena, mas fora interrompido.

- Não consegue enxergar que eles se amam?